J. Bras. Nefrol. 2008;30(1 suppl. 1):51-6.

Paratireoidectomia: atualização para o nefrologista

Leandro Junior Lucca, Luiz Carlos Conti de Freitas

Parathyroidectomy: Up-to-date to the Nephrologist

Resumo:

O hiperparatireoidismo secundário é uma complicaçao comum nos pacientes com doença renal crônica(DRC), influenciando a morbidade e a mortalidade desses pacientes. Estratégias clínicas de tratamento nem sempre alcançam o resultado esperado, e freqüentemente recorre-se ao tratamento cirúrgico, a paratireoidectomia. Os avanços no conhecimento da fisiopatologia do hiperparatireoidismo secundário influenciam as condutas clinicas e cirúrgicas. O número de pacientes necessitando de tratamento cirúrgico tem aumentado assustadoramente. A paratireoidectomia cirúrgica tem sido utilizada amplamente, entretanto, é necessário definir o melhor tratamento baseando-se em evidências. A paratireoidectomia farmacológica representa uma nova possibilidade terapêutica, porém, com resultados ainda bastante controversos. Este trabalho apresenta um panorama histórico da literatura vigente, visando melhor padronizaçao das condutas e do seguimento dos pacientes, além de estimular novos centros e grupos de estudo a se lançarem no tratamento cirúrgico.

Descritores: Insuficiência renal crônica. Hiperparatireodismo Secundário. Paratireoidectomia.

Abstract:

The secondary hyperparathyroidism is a common complication of chronic kidney disease, having an influence on mortality and quality-of life of patients. Clinical strategies of treatment not always reach the expected results, and the surgical treatment, parathyroidectomy, is frequently necessary. The progress in knowledge of pathogenesis, histopathology and pathophysiology of secondary hyperparathyroidism in chronic kidney disease has substantially influenced the decisions regarding the surgical procedures. The number of patients demanding surgical treatment increased considerably. The surgical parathyroidectomy has been broadly described, however, an evidence based best way of treatment is still missing. Nowadays, the pharmacological parathyroidectomy appears as a new possibility of treatment, but data are still very inconsistent. This paper presents a brief historical report with a focus on the best way to treat patients based on the literature suggesting a better standardization of follow-up and treatment. It also encourages new centers to assemble groups devoted to study the subject and to accomplish the surgical procedures.

Descriptors: Chronic kidney disease. Secondary hyperparathyroidism. Parathyroidectomy.

 

INTRODUÇAO

O hiperparatireoidismo secundário (HPTS) é uma complicaçao da doença renal crônica (DRC), influenciando a mortalidade e a morbidade dos pacientes1. Estratégias de tratamento do HPTS estao descritas na figura 1. A paratireoidectomia (PTX) é considerada como a terapia gold standard, contudo, nao é isenta de risco2. Aproximadamente 10 % dos pacientes com mais de 10 anos de tratamento dialítico e 30% daqueles com mais de 20 anos desenvolvem HPTS e necessitam de PTX3.


Figura 1. Modalidades de Tratamento para o Hiperparatireoidismo Secundário na DRC

PATOGENESE E FISIOPATOLOGIA DO HPTS

Os fatores que participam da fisiopatologia do HPTS na DRC4 estao descritos na tabela 1 e sao abordados nas páginas 6 a 10 deste suplemento.

IMPLICAÇOES CLINICAS E REVERSAO DA HIPERPLASIA DAS GLANDULAS PARATIREOIDES

Mais de 85% das glândulas paratireóides com peso >500mg exibem hiperplasia nodular e, pacientes com no mínimo uma glândula maior que 0,5cm3 ou 1cm de diâmetro, sao refratários a pulsoterapia com calcitriol4. Uma vez refratário ao tratamento, a PTX é indicada.

Até o presente momento nao se demonstrou que, uma vez estabelecida a hiperplasia nodular, ela possa ser revertida. Canella e col.6 estudaram pacientes urêmicos e, após tratamento com calcitriol, notaram diminuiçao da captaçao do 99m-sestamibi pelas glândulas paratireóides. Entretanto, isto nao reflete obrigatoriamente involuçao da hiperplasia. Parfitt7 observou que o volume das glândulas paratireóides continuava a aumentar mesmo após 10 anos de transplante renal, sugerindo nao ocorrer involuçao.

LOCALIZANDO AS GLANDULAS PARATIREOIDES

Pacientes com quatro glândulas paratireoideas é o achado mais comum. Entretanto, glândulas supranumerárias ocorrem em 13% dos casos, podendo-se notar seis ou mais4,8. Glândulas rudimentares ocorrem em 24,8%, com localizaçao mais freqüente no timo (46,2%)4.

Devido à variabilidade de localizaçao é necessária a exploraçao da regiao cervical, do mediastino superior, da glândula tireóide, da bainha carotídea e das áreas retroesofageanas9. Se 4 glândulas nao forem localizadas, o HPTS persistente ou recorrente ocorre em 14% dos casos, justificando como rotina a timectomia10.

Glândulas pesando mais de 200mg (normal 30-40mg) podem ser reconhecidas pela Ultrasonografia(US), técnica capaz de localizá-las próximas ou dentro dos lobos tireoidianos4. Ao medir o tamanho das glândulas a US pode predizer a presença de hiperplasia nodular, porém, essa confirmaçao é anatomo-patologica. O Doppler US colorido é fundamental para a avaliaçao quantitativa do suprimento sangüíneo para a glândula paratireoidea com hiperplasia nodular11. Medindo-se as três dimensoes da glândula (a,b,c) pode-se estimar o volume através da fórmula18 (a*b*c*л/6). Comparando o volume a US e a cirurgia, Matsuoka e col.13 notaram que um volume de 330mm3 era equivalente a 500mg de peso. Portanto, glândulas >300mm3 ou 1cm de diâmetro têm grande probabilidade de apresentarem hiperplasia nodular e refratariedade ao tratamento clínico11.

A cintilografia é outra técnica de localizaçao préoperatório geralmente realizada com o traçador Sestamibi e que tem uma sensibilidade de 77-91% na localizaçao das glândulas aumentadas14,15. A sensibilidade aumentou para 88% quando a US e a cintilografia foram associadas, resultando em um sucesso cirúrgico de 99%16.

INDICAÇOES CIRURGICAS

A tabela 2 descreve as indicaçoes para a PTX4. A Association of European Dialysis Transplantation (EDTA)17 considera o tamanho das glândulas como um fator decisivo na indicaçao de PTX. Sabendo que acima de 85% das glândulas pesando mais que 500mg apresentam hiperplasia nodular, e que a resposta ao tratamento clínico nestes casos é baixa, Tominaga e col5 advogam a PTX precocemente uma vez que o HPTS aumenta a morbidade e a mortalidade dos pacientes com DRC.

Nao existem estudos controlados avaliando os riscos, em longo prazo, nos pacientes com HPTS moderado (PTH entre 200-800pg/mL), justificando assim, a opçao pelo manejo clínico18.

A intoxicaçao por alumínio deve ser descartada antes da PTX, uma vez que pode ocorrer exacerbaçao de seus efeitos no tecido ósseo. Entretanto, a biópsia óssea nao é recomendada para todos os pacientes antes da PTX, especialmente naqueles sem história de exposiçao significante ao metal e com PTH elevado. Pacientes com intoxicaçao devem primeiro ser tratados com desferoxamina18.
Entretanto na nossa experiência, o tratamento concomitante, ou seja, logo após o procedimento cirúrgico, nao tem sido prejudicial aos pacientes.

TIPOS DE PROCEDIMENTOS CIRURGICOS

Os principais tipos de PTX sao a subtotal, total e total com auto-implante. Na PTX subtotal retira-se 3 glândulas e 3/4 da menor glândula (deixa-se 40-60mg), resultando em um substancial risco de persistência ou recorrência da doença, e elevado risco de morbidade em caso de re-exploraçao cirúrgica18.

A PTX total com autotransplante de pequenos fragmentos de tecido paratireoideo no músculo braquiorradial do antebraço é a preferida, mas também se pode implantá-los no músculo esternocleidomastoideo, no tecido subcutâneo do antebraço, na área préesternal ou na gordura abdominal. A vantagem deste procedimento é a fácil exerese de fragmentos sob anestesia local em caso de recorrência4, sem a morbidade da re-exploraçao cervical.

A PTX total sem autotransplante tem sido pouco utilizada devido ao: desenvolvimento de doença óssea adinâmica,osteomalácia intratável, hipoparatireoidismo permanente, piora da remodelaçao óssea e ausência dos efeitos anabólicos do PTH, além da necessidade de uso prolongado de vitamina D e cálcio4.

Nao existem evidências suficientes para recomendar um determinado tipo de PTX, contudo, nos parece pouco recomendável a PTX total sem autotransplante.

Para evitar-se a re-operaçao é fundamental executar a primeira PTX reconhecendo-se todas as glândulas, especialmente as ectópicas ou supranumerárias. Apesar desta estratégia cirúrgica detalhada, o HPTS persistente foi de 4%, e a recorrência 10% no terceiro, 20% no quinto e 30% no sétimo ano19.

A remoçao de tecido paratireoideano hiperfuncionante do enxerto nem sempre é seguido da reduçao dos níveis de PTH, uma vez que nem sempre é fácil a localizaçao do mesmo no local da implantaçao20. A criopreservaçao de tecido paratireoideano nao tem sido indicada, uma vez que, com a técnica descrita, a necessidade de reimplante é rara4.

Tominaga buscando retirar todas as glândulas na primeira intervençao cirúrgica confirma no intra-operatório, através de técnica histológica, a presença do tecido. Esse procedimento dura em média 10-15 minutos e o autor obtêm uma precisao de 100%. A dosagem de PTH no intra-operatório é método promissor4.

ESCOLHA DO TECIDO PARA AUTOTRANSPLANTE E RECORRENCIA DO HPTS

As glândulas retiradas sao colocadas em soluçao salina resfriada até a confirmaçao histológica da hiperplasia difusa. Glândulas com padrao nodular sao descartadas para implante. Trinta fragmentos de 1x1x3mm sao implantados isoladamente em bolsas no músculo braquiorradial do membro superior contralateral ao da fístula arteriovenosa, totalizando 90mg de tecido4.

Avaliando os níveis de PTH um dia após a PTX, Tominaga4 considerou que: 1) se o PTH era superior ao limite superior do normal, existia glândula(s) remanescente( s); 2) se o PTH era menor que o limite superior do normal e aumentava a seguir, existia recorrência do HPTS. Nesta série a recorrência foi de 4%, sendo que 1,6% dos pacientes necessitaram de re-operaçao.

A incidência de re-operaçao no HPTS moderado a severo é semelhante em ambas técnicas, variando entre 6-14%21,22. A recorrência é de 33% com implante de tecido de glândula nodular e de 4% com tecido apresentando hiperplasia difusa21.

Cerca de 50% das recorrências tem origem no enxerto, e o restante em tecidos remanescentes na regiao cervical ou no mediastino23, em metástases paratireoideanas no pulmao ou na implantaçao de tecido paratireoideo rodeando a paratireóide após manipulaçao da mesma (paratiromatose)4. Tominaga observou 1,4% de recorrência nao dependente do enxerto, e aumento gradual do HPTS enxerto-dependente, atingindo 21,4% dez anos após a PTX4.

Estudo retrospectivo mostrou que tanto a PTX subtotal quanto a total com autotransplante, têm excelentes resultados em curto-prazo, e satisfatório em longoprazo em aproximadamente 1/3 dos pacientes. Cerca de 2/3 dos pacientes permaneceram com hipoparatireoidismo ou desenvolveram HPTS recorrente, mais comum quando se enxerta glândula nodular21.

Quando ocorre recorrência, a sua origem deve ser determinada e, os procedimentos sao: 1) determinar a presença de gradiente venoso entre os antebraços sugerindo o enxerto como causa, e a perda desse gradiente sugerindo que a origem esta na presença de tecido paratireoideano na regiao cervical ou no mediastino; 2) Teste de Casanova24 – técnica do bloqueio isquêmico total circulatório por 10-20minutos no membro do enxerto, sendo considerado enxerto hiperfuncionante quando ocorre reduçao de 46-87% no PTH sérico; 3) Avaliaçao de tecido ectópico cervical por US, cintilografia com Sestamibi ou ressonância magnética4.

RECONHECIMENTO DO TECIDO FUNCIONANTE

Dosando-se o PTH proximal e distal ao enxerto, ou no membro contralateral, a presença de um gradiente entre as duas dosagens superior a 1,5 significa que o enxerto é funcionante25.

RESULTADOS E COMPLICAÇOES POS PARATIREOIDECTOMIA

A melhora clinica dos sintomas após a PTX é acentuada19. Estudo com biópsia óssea mostrou imediata supressao da reabsorçao e acelerada formaçao óssea26. A cardiomiopatia dilatada-like, definida como uma disfunçao ventricular esquerda difusa, nao isquêmica e sem doença valvular, apresenta melhora acentuada27. A mortalidade após a PTX, definida como morte no primeiro mês, foi de 0,15% conforme Tominaga4 e, 3,1% segundo Kestembaum e col.28. 80% dos pacientes estavam vivos após 10 anos da PTX, e com boa qualidade de vida29. Voz rouca por lesao do nervo recorrente ocorre em 2% dos casos, e sangramento com necessidade de reoperaçao em menos que 0,3%. Em 25% dos casos observam-se concomitantemente tumores de tireóide sendo 5,8% por câncer30.

O PTH cai rapidamente após a PTX, uma vez que o enxerto somente é viável após 2-3 semanas da cirurgia4. Entretanto, estudo em nossa unidade, com objetivo de avaliar a reserva secretora e a supressibilidade do tecido paratireoideo autotransplantado em músculo braquiorradial através de testes dinâmicos, observou que estes pacientes apresentavam anormalidades da funçao secretora do enxerto durante o primeiro ano após a cirurgia e, incapacidade de supressao glandular no pósoperatório tardio e perda da resposta secretora ao estímulo no pós-operatório recente, com recuperaçao parcial no pós-operatório tardio31.

PARATIROMATOSE E CARCINOMA DE PARATIREOIDE

Paratiromatose é definida como a presença de múltiplos focos de tecido benigno paratireoideo hiperfuncionante na regiao cervical ou mediastino, secundários a ruptura da cápsula paratireoideana durante a exploraçao cirúrgica ou tratamento com injeçao percutânea de etanol (TIPE), PTX subtotal e aspiraçoes com agulhas finas para diagnóstico. O diagnóstico geralmente é feito durante reexploraçao cirúrgica, na qual se propoe ressecçao radical de tecidos, entretanto a recorrência da doença é elevada4. O carcinoma de paratireóide é raro em pacientes com HPTS.

PARATIREOIDECTOMIA FARMACOLOGICA

Fukagawa e col.32 descreveram o TIPE como “paratireoidectomia farmacológica”, sugerindo seu uso em pacientes com 1 ou 2 glândulas com provável hiperplasia nodular(glândulas maiores que 0,5cm3 no US). A reduçao do PTH ocorreu nos 600 pacientes e o manejo clínico foi possível em 75% dos mesmos. O risco de hipoparatireoidismo foi mínimo. Já Tominaga4 indica o TIPE somente em pacientes com apenas uma glândula aumentada devido o risco de lesao do nervo recorrente e dificuldade de intervençao cirúrgica pela fibrose pós TIPE. Nakanishi e col.33 descreveram a injeçao percutânea de calcitriol em 9 pacientes, com resultados semelhantes ao TIPE, e sem complicaçoes.

PARATIREOIDECTOMIA APOS TRANSPLANTE RENAL (TxR)

A PTX é indicada nos pacientes transplantados renais com HPTS persistente e hipercalcemia e/ou insuficiência renal progressiva e inexplicada. Nao há consenso se a PTX deve ser realizada antes do TxR, visto que em 96% dos casos a evoluçao do HPTS é favorável.
Entretanto, piora inexplicada da funçao renal tem sido observada após PTX, ou mesmo com a persistência do HPTS18, o que dificulta a escolha do melhor tratamento.

Evenepoel e col.34 observaram que: a)HPTS persistente após TxR requerendo PTX é comum (8,89/1000/pacientes/ano); b)o risco é maior em mulheres com PTH elevado e hipercalcemia; c)embora a funçao do enxerto piore após a PTX, a sobrevida do enxerto nao é diferente dos controles. Calcimiméticos facilitam o controle antes da PTX, devendo ser suspensos após o TxR em vista da sua nao aprovaçao para uso neste caso34. É possível que se tenha melhor controle do HPTS com calcimiméticos, e que isto resulte em diminuiçao dos casos de PTX no pós-transplante.

CONDUÇAO CLINICA APOS PARATIREOIDECTOMIA

A reposiçao de cálcio é necessária quando os níveis séricos desse elemento forem inferiores a 8,0mg/dL. O ideal é manter os níveis de cálcio entre 8,0- 9,0mg/dL. Se a fosfatase alcalina total (FAT) for superior a 500UI/L antes da PTX, espera-se uma síndrome da fome óssea intensa e prolongada. Recomenda-se nesses casos que o cálcio seja administrado endovenoso (1200mg/dia) além de oral (carbonato de cálcio 12g/dia), associado ao calcitriol (3µg/dia). Se a FAT for inferior a 500UI/L, geralmente só a suplementaçao oral de cálcio é necessária4. Os pacientes submetidos a PTX em nossa unidade, tem sido, na sua grande maioria, os portadores de HPTS muito severo, requerendo doses elevadas de cálcio endovenoso, carbonato de cálcio e calcitriol de até 2g/dia, 20g/dia e 7 µg/dia, respectivamente.

CONCLUSOES

O tamanho das glândulas paratireóides é decisivo no tratamento do HPTS. Hiperplasia nodular raramente responde ao tratamento com calcitriol. Intervençao cirúrgica ou farmacológica é preconizada antes do desenvolvimento de complicaçoes irreversíveis e que comprometem a qualidade de vida dos pacientes com DRC. A PTX é eficaz no tratamento do HPTS. É necessário retirar todas as glândulas sem ruptura da cápsula.

REFERENCIAS

1. Hruska KA, Teitelbaum SL. Renal Osteodystrophy. N Engl J Med. 1995;333:166-74.

2. Fukagawa M, Nakanishi S. Role of parathyroid intervention in the management of secondary hyperparathyroidism. Nephrol Dial Transplant. 2003;18(Suppl 3):iii23-26.

3. Japanese Society for Dialysis Therapy. An overview of dialysis treatment in Japan. 1997; Dec, 31.

4. Tominaga Y. Surgical treatment of secondary hyperparathyroidism due to chronic kidney disease. Upsala J Med Sci. 2006;111:277-92.

5. Tominaga Y, Tanaka Y, Sato K, Nagasaka T, Takagi H. Histopathology, pathophysiology and indications for surgical treatment of renal hyperparathyroidism. Seminar Surg Oncol. 1997;13:78-86.

6. Canella G, Bonucci E, Rolla D, Ballanti P, Moriero E, De Grandi R, et al. Evidence of healing of secondary hyperparathyroidism inchronically hemodialyzed uremic patients treated with long-term intravenous calcitriol. Kidney Int. 1994;46:1124-32.

7. Parfit Am. Hypercalcemic hyperparathyroidism following renal transplantation: diferencial diagnosis, management, and implications for cell population control in the parathyroid gland. Mineral Electrolyte Metab. 1982;8:92-112.

8. Arkestrom G, Malmaers J, Bergstrom R. Surgical anatomy of human parathyroid glands. Surgery. 1984;95:14.

9. Wells SA Jr, Asheley SW. The parathyroid glands. In: Sabiston DC Jr, ED, editor. Textbook of surgery. 14. ed. Philadelphia: Saunders; 1991. p.598-615.

10. Takagi H, Tominaga Y, Uchida K, Yamada N, Kawai M, Kano T, et al. Subtotal versus total parathyroidectomy with forearm autograft for secondary hyperparathyroidism in chronic renal failure. Ann Surg. 1984;200:18-23.

11. Fukagawa M, kitaoka M, Inazawa T, Kurokawa K. Imaging of the parathyroid in chronic renal failure: diagnostic and therapeutic aspects. Curr Opin Nephrol Hypertens. 1997;6:349-55.

12. Giangrande A, Castiglione A, Solbiasti L, Allaria P. Ultrasound- guided percutaneous fine-needle ethanol injection into parathyroid glands in secondary hyperparathyroidism. Nephrol Dial Transplant. 1992;7:412-21.

13. Matsuoka S, Tominaga Y, Ueki T, Gotou N, Akio Katayama A, Haba T, et al. Relationship between size estimate by ultrasonography and hyperplastic pattern of parathyroid glands in patient with renal hyperparathyroidism. Nephrol Dial Transplant. 2003;18(Suppl4):139. [Apresentado no World Congress of Nephrology; 2003; Berlin, Germany].

14. Neumann DR, Esselstyn CB, Madera A, Wong CO, Lieber M. Parathyroid detection in secondary hyperparathyroidism with 123I/99mTc-sestamibi subtraction single photon emission computed tomography. J Clin Endocrinol Metab 1998;83:3867-71.

15. Hindie E, Ureña P, Jeanguillaume C, Mellière D, Berthelot JM, Menoyo-Calonge V, et al. Preoperative imaging of parathyroid glands with technetium 99m-labeled sestamibi and iodine-123 subtraction scanning in secondary hyperparathyroidism. Lancet. 1999;353:2200-4.

16. Perie S, Fessi H, Tassart M, Younsi N, Poli I, St Guily JL, et al. Usefulness of combination of high-resolution ultrasonography and dual-phase dual-isotope iodine 123/technetium Tc 99m sestamibi scintigraphy for the preoperative localization ofr hyperplastic parathyroid glands in renal hyperparathyroidism. Am J Kidney Dis. 2005;45:344-52.

17. Clinical algorithms on renal osteodystrophy. Nephrol Dial Transplant. 2000;15(Suppl 5):39-57.

18. Berkoben M, Cronin RE, Quarles LD. Indications of parathyroidectomy in end-stage renal disease [acesso em 15 março 2008]. Disponível em: http://www.utdol.com/utd/content/topic.do?topicKey=dialysis/10919&view=text.

19. Tominaga Y, Numano M, Tanaka Y, Uchida K, Takagi H. Surgical treatment of renal hyperparathyroidism. Semin Surg Oncol. 1997;13:87-96.

20. De Francisco ALM, Fresnedo GF, Rodrigo E, Piñera C, Amado JA, Arias M. Parathyroidectomy in dialysis patients. Kidney Int Suppl. 2002;(80):S161-6

21. Cagne ER, Ureña P, Leite-Silva S, Zingraff J, Chevalier A, Sarfati E, et al. Short- and long-term efficacy of total parathyroidectomy in hemodialysis pacients. J Am Soc Nephrol. 1992;3:1008-17.

22. Llach F. Parathyroidectomy in chronic renal failure: indications, surgical approach and the use of calcitriol. Kidney Int Suppl. 1990;(29):S62-8.

23. Cattan P, Halimi B, Aidan K, Billotey C, Tamas C, Drüeke TB,et al. Reoperation for secondary uremic hyperparathyroidism: are technical difficulties influenced by initial surgical procedure? Surgery. 2000;127:562-5.

24. Casanova D, Sarfati E, De Francisco A, Amado JA, Arias M, Dubost C. Secondary hyperparathyroidism: diagnosis of site of recurrence. World J Surg. 1991;15:546-9.

25. Takagi H, Tominaga Y, Tanaka Y, Uchida K, Orihara A, Yamada N, et al. Total parathyroidectomy with forearm autograft for secondary hyperparathyroidism in chronic renal failure. Ann Surg. 1988;208:639-44.

26. Yajima A, Ogawa Y, Takahashi HF, Tominaga Y, Inou T, Otsubo O. Changes of bone remodeling immediately after parathyroidectomy for secondary hyperparathyroidism. Am J Kidney Dis. 2003;42:729-38.

27. Goto N, Tominaga Y, Matsuoka S, Sato T, Katayama A, Haba T, et al. Cardiovascular complications caused advanced secondary hyperparathyroidism in chronic diálisis patients; specifical focus on dilated cardiomyotpathy. Clin Exp Nephrol. 2005;9:138-41.

28. Kestembaum B, Andress DL, Schwartz SM, Gillen DL, Seliger SL, Jadav PR, et al. Survival following parathyroidectomy among United States dialysis patients. Kidney Int. 2004;66:2010-6.

29. Tominaga Y, Ueki T, Goto N, et al. Long-term results of parathyroidectomy for advanced renal hyperparathyroidism. J Am Soc Nephrol 2003;14:685A.

30. Tominaga Y, Uchida K, Haba T, et al. Thyroid lesions in patients with renal hyperparathyroidism. Thyroid Clin Exp. 1998;10:275-7.

31. Freitas LCC. Dinâmica da secreçao de paratormônio após paratireoidectomia total e autotransplante [tese de doutorado].
Ribeirao Preto: Faculdade de Medicina de Ribeirao Preto da Universidade de Sao Paulo; 2007.

32. Fukagawa M, Tominaga Y, Kitaoka M, Kakuta T, Kurokawa K. Medical and surgical aspects of parathyroidectomy. Kidney Int Suppl. 1999;(73):S65-9.

33. Nakanish S, Yano S, Nomura R, Tsukamoto T, Shimizu Y, Shin J, et al. Efficacy of direct injection of calcitriol into parathyroid glands in uraemic patients with moderate to severe secondary hyperparathyroidism. Nephrol Dial Transplant. 2003;18(suppl 3):iii47-9.

34. Evenepoel P, Claes K, Kuypers DR, Debruyne F, Vanrenterghem Y. Parathyroidectomy after successfull kidney transplantation: a single center study. Nephrol Dial Transplant 2007;22:1730-7; Epub 2007 Mar 19.

1. Departamento de Clínica Médica, Disciplina de Nefrologia, Unidade de Osteodistrofia Renal;
2. Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço/Faculdade de Medicina de Ribeirao Preto da Universidade de Sao Paulo (FMRPUSP), Ribeirao Preto/SP.

 

Paratireoidectomia: atualização para o nefrologista

Comentários