J. Bras. Nefrol. 2007;29(3 suppl. 2):21-5.

Fisiopatologia

FP 001

INFLUENCIA DA SOBRECARGA DE SODIO NO PERIODO PRÉ-NATAL NA EVOLUÇAO DA NEFRECTOMIA 5/6 EM RATOS.

MARIN, E. C. S.1; BALBI, A. P. C.1; SILVA, C. G. A.1; COSTA, R. S.2; COIMBRA, T. M.1;

1. DEPARTAMENTOS DE FISIOLOGIA E PATOLOGIA
2. FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRAO PRETO. USP. RIBEIRAO PRETO, SP.

Filhotes de ratas submetidas à ingestao elevada de sódio na gravidez apresentam ausência da resposta do sistema-renina-angiotensina (SRA) à sobrecarga de sódio. O SRA contribui para evoluçao da lesao renal no modelo de nefrectomia 5/6 (NE 5/6). Esse estudo avaliou o efeito do aumento de sódio na gravidez e lactaçao na evoluçao da lesao renal nos filhotes após a NE 5/6. Ratos Wistar machos de 60 dias de idade (n=48), cujas maes receberam água ou salina (NaCl 0,15M) em substituiçao a água na gravidez e lactaçao, foram submetidos à NE 5/6 ou cirurgia fictícia e divididos: Ssham, maes receberam água; SSsham-salina, maes receberam salina; NE: nefrectomizados, maes receberam água; NES: nefrectomizados, maes receberam salina. A pressao sistólica (PS) e albuminúria foram avaliadas antes e após a cirurgia. A taxa de filtraçao glomerular (TFG) foi determinada aos 120 dias da cirurgia e os rins retirados para histologia. Os filhotes de maes que receberam salina apresentaram aumento da PS (mmHg, Média±EPM) aos 60 dias de idade em relaçao ao controle (131±3; 114±3, respectivamente). Contudo, nao houve diferença na PS até 90 dias da cirurgia entre os grupos S e SS (124±4 e 133±2, respectivamente) e entre os NE e NES (182±12 e 189±23, respectivamente). Nao houve também diferença entre os grupos S e SS, aos 120 dias na albuminúria (mg/24h, mediana: 0,67 e 0,82, respectivamente), assim como entre os NE e NES (126 e 98, respectivamente). A TFG (ml/min/100g) do grupo S foi semelhante a do SS (0,44±0,04 e 0,52±0,03, respectivamente), assim como do NE e do NES (0,15±0,04 e 0,15±0,03, respectivamente). O escore para esclerose glomerular e lesoes túbulo-intersticiais do grupo SS foram maiores do que do S e entre os grupos NE e NES nao houve diferença. A sobrecarga de sódio na gravidez e lactaçao pode provocar alteraçoes estruturais nos rins dos filhotes adultos. Contudo, a evoluçao da NE 5/6 foi semelhante nos dois grupos, sugerindo que a regulaçao renal local da angiotensina II pode envolver mecanismos diferentes da sistêmica.


FP 002

MORFOMETRIA DA FIBROSE NO COMPARTIMENTO INTERSTICIAL RENAL DURANTE O ENVELHECIMENTO

LEMOS, JRD; CHICA, JEL; PIZARRO, PP; SOUSA, GLC; REIS, MA; TEIXEIRA, VPA.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO – UFTM/UBERABA-MG

O interstício renal ao sofrer açoes diretas, que alteram estruturas do parênquima, ou indiretas, com liberaçao de citocinas inflamatórias, pode iniciar o processo de fibrose no compartimento intersticial. O objetivo do estudo foi avaliar o aumento da intensidade da fibrose no compartimento intersticial com o envelhecimento em 38 pacientes ausentes de nefropatias primárias e secundárias na faixa etária de 20 a 79 anos, através de material de autópsia contendo fragmentos de córtex renal nos três terços, superior, médio e inferior, corados pelo Picro sírius. Os resultados mostraram que a porcentagem de fibrose foi de 23,5 e 24,5%, respectivamente no rim direito e no rim esquerdo, sendo que o rim esquerdo apresentou maior porcentagem de fibrose em relaçao ao rim direito. Os terços do rim esquerdo apresentaram maior porcentagem de fibrose intersticial com porcentagem de 8,19%. Mas, comparando-se os terços do rim direito e esquerdo observou-se que o terço inferior foi o que apresentou maior porcentagem de fibrose intersticial, acima de 8%. Houve correlaçao positiva entre a fibrose no compartimento intersticial e a idade, porém nao significativa, tanto para o rim direito quanto para o rim esquerdo. Houve correlaçao positiva e significativa entre a porcentagem de fibrose intersticial nos terços superior, médio e inferior dos rins direito e esquerdo. Assim, concluímos que há fibrose no compartimento intersticial durante o envelhecimento, além de outras alteraçoes já esperadas, porém com intensidades variáveis entre as décadas, mas que sao responsáveis por acarretar mudanças importantes na arquitetura renal e até desencadear o processo de fibrogênese.


FP 003

EFEITOS DA GRAVIDEZ NA REGULAÇAO DA VASODILATAÇAO E DA EXPRESSAO DE RECEPTORES EM CÉLULAS MESANGIAIS DE RATO E NA VASCULATURA SISTEMICA E RENAL

VANESSA MEIRA FERREIRA; LUCIANA APARECIDA REIS, MIRIAN APARECIDA BOIM

UNIFESP – EPM

A gravidez normal afeta a funçao renal. Células mesangiais (CM) influenciam a área de filtraçao glomerular (FG) através de suas propriedades de contraçao e relaxamento, em resposta às substâncias vasoativas. Este trabalho propoe avaliar a funçao das CM provenientes de ratas prenhes, bem como a participaçao de substâncias vasoativas como a AII, o óxido nítrico e a relaxina na CM, no rim e nas artérias renal e aorta. CM foram obtidas de ratas virgens (V) e prenhes (P) de 14 dias. Foram avaliadas a concentraçao intracelular de cálcio [Cai] e a presença do receptor de relaxina LGR7 (imunocitoquímica e imunohistoquímica). O nível de RNAm dos receptores AT1, AT2, LGR7 e da enzima iNOS foi analisado em CM, nas artérias renal e aorta dos grupos V e P. A [Cai] basal em CM foi similar entre os grupos V e P, entretanto, o estímulo com AII induziu menor elevaçao na [Cai] no grupo P. As CM do grupo P apresentaram um aumento na expressao de RNAm para os receptores AT2, LGR7 e iNOS. Nenhuma diferença foi detectada na expressao de RNAm do receptor AT1. Houve também um aumento na expressao dos receptores AT2 e LGR7 nas artérias aorta e renal. O LGR7 nao foi detectado em CM do grupo V mas houve intensa marcaçao em CM do grupo P. No tecido renal, a marcaçao foi observada em ambos os grupos principalmente na membrana luminal, sendo que a marcaçao mais intensa ocorreu no grupo P. Esses resultados sugerem que alteraçoes no controle da Cai e o aumento de receptores cuja ativaçao leva ao relaxamento da CM podem contribuir para a vasodilataçao sistêmica e renal, bem como para o aumento da FG.


FP 004

EFEITO CENTRAL DA INSULINA NA PROGRESSAO DA INTOLERANCIA A GLICOSE EM RATOS

PAULO CÉSAR DE OLIVEIRA; JOAO BATISTA MICHELOTTO; JOSÉ ANTONIO ROCHA GONTIJO

NMCE/FCM/UNICAMP-CAMPINAS SP E FAMED/UFU-UBERLANDIA MG

Introduçao: A participaçao Sistema Nervoso Central (SNC) no controle hidrosalino, regulaçao da Pressao Arterial e resistência à insulina é conhecida há longo tempo, enquanto que o efeito da microinjecçao central de Insulina isolada sobre resistência à insulina permanecem obscuros. Objetivo: Foi testada a hipótese de que uma possível açao central da Insulina pode modular a sensibilidade periférica da insulina causada pela atividade antagonística central da sinalizaçao da insulina. Metodologia: Foram avaliados os seguintes grupos: Insulinemia: Controle (C): C=Salina (n=5) e Grupo Experimental (E): 1,26=1,26µg insulina (n=5); 12,6=12,6µg insulina (n=7) quantificado com aliquotas de sangue coletadas nos grupos C e E aos 0, 15, 30, 60 e 120min após microinjeçao icv. Funçao Metabólica: C (n=12) e E: 1,26 (n=7) e 12,6 (n=7) e 12,6+S=12,6µg de Insulina+Salina (n=8), quantificados pela glicemia, com alíquotas de sangue coletadas nos grupos C e E aos 0, 15, 30, 60 e 120min após microinjecçao icv. Resistência à Insulina avaliada pela glicemia no ITT e a captaçao periférica de glicose através da Kitt: Controle (S/I)=Salina icv/625µg/0,5mL de Insulina na veia cava (n=19). Experimental (Ex): 12,6/I=12,6µg de Insulina icv/625µg/0,5mL de Insulina na veia cava (n=21) e 12,6+S/I=12,6µg de Insulina+Salina icv/625µg/0,5mL de Insulina na veia cava (n=11) quantificados em animais com alíquotas de sangue coletados aos 0, 33, 36, 39, 42 e 45min após infusao icv. Os dados mostrados em média±epm em Area Total Sob Curva versus o tempo (TAUC), avaliado pelo ANOVA quando p< 0,05 foi considerado significante. Resultados: Normoinsulinemia após insulina icv no E vs C, variando de 18,1±2,4 e 18,5±2,0mg%.min respectivamente vs 13,6±2,8mg%.min. Hipoglicemia significativa (p<0.05) após infusao icv no E: 1,26 (n=7); 12,6 (n=7) vs C, de 409,5±23,0 e 298,0±27,0mg%.min, respectivamente vs C de 392,1±20,5mg%.min. normoglicemia no Ex: 12,6/I (n=21) vs S/I (n=19) no ITT de 295,7±30,5mg%.min, vs 249,6±13,9mg%.min seguido de uma inalterada remoçao de glicose periférica através do Kitt, variaçao do Ex de 0,85±0,05%/min vs S/I de 0,93±0,04 %/min. Conclusao: No presente estudo, a hipoglicemia normoinsulinêmica Insulina central induzida promovida provavelmente, pela açao central predominante da Insulina após microinjeçao icv e pode também ser uma mediadora neural, principalmente, por possíveis alteraçoes promovidas pela Insulina no SNC (receptores hipotalâmicos de insulina alterados) nao associada à resistência insulínica.


FP 005

EFEITO CENTRAL DA INSULINA E LEPTINA NA PROGRESSAO DA INTOLERANCIA A GLICOSE EM RATOS

PAULO CÉSAR DE OLIVEIRA; JOAO BATISTA MICHELOTTO; JOSÉ ANTONIO ROCHA GONTIJO

NMCE/FCM/UNICAMP-CAMPINAS SP E FAMED/UFU-UBERLANDIA MG

Introduçao: A participaçao Sistema Nervoso Central (SNC) no controle hidrosalino, regulaçao da Pressao Arterial e resistência à insulina é conhecida há longo tempo, enquanto que o efeito da microinjecçao central de Insulina e Leptina isoladas e associadas sobre resistência à insulina permanecem pouco clara. Objetivo: Foi testada a hipótese de que uma possível açao central da Insulina e Leptina pode modular a sensibilidade periférica da insulina causada pela atividade antagonística central da sinalizaçao da insulina. Metodologia: Foram avaliados os seguintes grupos: Funçao Metabólica: Grupo Controle (C): C=Salina (n=12) e Grupo Experimental (E): 12,6+S=12,6µg de Insulina+Salina (n=8) e 12,6+3=12,6µg de Insulina+3µg Leptina (n=7), quantificados pela glicemia em animais que tinham recebidos icv, Salina (NaCl 0,15M), Insulina+Salina e Insulina+Leptina, com alíquotas de sangue coletadas nos grupos C e E aos 0, 15, 30, 60 e 120min após microinjecçao icv. Resistência à Insulina avaliada através do Teste curto de Tolerância à Insulina (ITT) e da captaçao periférica de glicose através da curva de Desaparecimento Constante da glicose (Kitt): Grupo Controle (S/I)=Salina i.c.v./625µg/0,5mL de Insulina na veia cava (n=19). Grupo Experimental (Ex): 12,6+S/I=12.6µg de Insulina+Salina icv/625µg/0,5mL de Insulina na veia cava (n=11) e 12,6+3/I=12.6µg de Insulina+3µg de Leptina icv/625µg/0,5mL de Insulina na veia cava (n=12) quantificados em animais que receberam Salina, Insulina+Salina e Insulina+Leptina centralmente e perifericamente de insulina na cava de veia, com alíquota de volume de sangue coletados aos 0, 33, 36, 39, 42 e 45min após infusao i.c.v. nos ratos Wistar-Hannover masculinos (250-300g) através de uma cânula guia de aço inoxidável implantada no Ventrículo Cerebral Lateral direito através do aparelho estereotáxico. Os dados sao mostrados em média±epm em Area Total Sob Curva versus o tempo (TAUC), avaliado pelo ANOVA quando p< 0,05 foi considerado significante. Resultados: Após infusao icv, Hipoglicemia significativa (p< 0.05) no E: 12,6+S (n=8) e 12,6+3/I (n=7) de 271,6±11,7 e 272,3±13,9 vs C (n=12) de 392,1±20,5mg%.min. Normoglicemia no ITT e remoçao inalterada de glicose periférica Ex: 12,6+S/I (n=11) e 12,6+3/I (n=12) vs S/I (n=19). Conclusao: No presente estudo, a hipoglicemia Insulina central induzida tanto isolada, quanto associada promovida provavelmente, pela açao central predominante da Insulina após microinjeçao icv e pode também ser uma mediadora neural, principalmente, por possíveis alteraçoes promovidas pela Insulina no SNC (receptores hipotalâmicos de insulina alterados) nao associada a uma resistência insulínica.


FP 006 (TL 002)

EFEITO DA MODULAÇAO NITRÉRGICA CENTRAL APOS INFUSAO INTRACEREBROVENTRICULAR DE INSULINA E L-NAME NA PROGRESSAO DA INTOLERANCIA A GLICOSE EM RATOS

PAULO CÉSAR DE OLIVEIRA; JOAO BATISTA MICHELOTTO; JOSÉ ANTONIO ROCHA GONTIJO

NMCE/FCM/UNICAMP-CAMPINAS SP E UFU-UBERLANDIA MG

Introduçao: A participaçao Sistema Nervoso Central (SNC) no controle hidrosalino, regulaçao da Pressao Arterial e resistência à insulina é conhecida há longo tempo, enquanto que o efeito da microinjecçao central de Insulina e L-NAME associadas sobre resistência à insulina permanece obscura. Objetivo: Foi testada a hipótese de que uma possível açao central da Insulina e L-NAME pode modular a sensibilidade periférica da insulina causada pela atividade antagonística central da sinalizaçao da insulina. Metodologia: Foram avaliados os seguintes grupos: Funçao Metabólica: Controle (C): C=Salina (n=12) e Experimental (E): 12,6+S=12,6µg de Insulina+Salina (n=8) e 12,6+600=12,6µg de Insulina+600µg de L-NAME (n=7), quantificados pela glicemia com alíquotas de sangue coletadas nos grupos C e E aos 0, 15, 30, 60 e 120min após microinjecçao icv. Resistência à Insulina avaliada através do Teste curto de Tolerância à Insulina (ITT) e da captaçao periférica de glicose através da curva de Desaparecimento Constante da glicose (Kitt): Controle: (S/I)=Salina i.c.v./625µg/0,5mL de Insulina na veia cava (n=19). Experimental (Ex): 12,6+S/I=12.6µg de Insulina+Salina icv/625µg/0,5mL de Insulina na veia cava (n=11) e 12,6+600/I=12,6µg de Insulina+600µg de L-NAME icv/625µg/0,5mL de Insulina na veia cava (n=12) quantificados em animais que receberam Salina, Insulina+L-NAME centralmente e perifericamente de insulina na cava de veia, com alíquotas de volume de sangue coletados aos 0, 33, 36, 39, 42 e 45 min após infusao icv. nos ratos Wistar-Hannover masculinos (250-300g) através de uma cânula guia de aço inoxidável implantada no Ventrículo Cerebral Lateral direito pela estereotáxia. Os dados em média ± epm em Area Total Sob Curva versus o tempo (TAUC), avaliado pelo ANOVA quando p<0,05 foi considerado significante. Resultados: Após infusao icv Hipoglicemia significativa (p<0,05) no E: 12,6+S (n=8) de 271,6±11,7 vs C (n=12) de 392,1±20,5mg%.min. No hiperglicemia significativa (p< 0,05) no ITT Ex: 12,6+600/I (n=12) de 374,4±29,7 vs S/I (n=19) de 249,6±13,9mg%.min remoçao inalterada da glicose periférica no KittConclusao: No presente estudo, a hipoglicemia Insulina+Salina central induzida, promovida, provavelmente, pela açao central predominante da Insulina, podendo também ser uma mediadora neural, principalmente, por possíveis alteraçoes promovidas pela Insulina no SNC (receptores hipotalâmicos de insulina alterados). Por outro lado, a hiperglicemia Insulina+L-NAME-induzida na ITT associada com a remoçao inalterada da glicose periférica no Kitt, pode ter sido promovida por um efeito da modulaçao nitrérgica nos receptores hipotalâmicos da Insulina


FP 007

EFEITO CENTRAL DA LEPTINA NA PROGRESSAO DA INTOLERANCIA A GLICOSE EM RATOS

PAULO CÉSAR DE OLIVEIRA; JOAO BATISTA MICHELOTTO; JOSÉ ANTONIO ROCHA GONTIJO

NMCE/FCM/UNICAMP-CAMPINAS SP E FAMED/UFU-UBERLANDIA MG

Introduçao: A participaçao Sistema Nervoso Central (SNC) no controle hidrosalino, regulaçao da Pressao Arterial e resistência à insulina é conhecida há longo tempo, enquanto que os efeitos da microinjecçao central de Leptina isoladas e associadas sobre resistência à insulina permanecem obscura. Objetivo: Foi testada a hipótese de que uma possível açao central da Leptina pode modular a sensibilidade periférica da insulina causada pela atividade antagonística central da sinalizaçao da insulina. Metodologia: Foram avaliados os seguintes grupos: Funçao Metabólica: Controle (C): C=Salina (n=12) e Experimental (E): 0,3=0,3µg Leptina (n=7); 3=3µg de Leptina (n=7) quantificados pela glicemia em animais que tinham recebidos icv, Salina (NaCl 0,15M) e doses dependentes de Leptina, com alíquotas de sangue coletadas nos grupos C e E aos 0, 15, 30, 60 e 120min após microinjecçao icv. Resistência à Insulina avaliada através do Teste curto de Tolerância à Insulina (ITT) e da captaçao periférica de glicose através da curva de Desaparecimento Constante da glicose (Kitt): Controle (S/I)=Salina i.c.v./625µg/0,5mL de Insulina na veia cava (n=19). Experimental (Ex): 0,3/I=0,3µg de Leptina icv/625µg/0,5mL de Insulina na veia cava (n=10) e 3/I=3µg de Leptina icv/625µg/0,5mL de Insulina na veia cava (n=10) quantificados em animais que receberam Salina e Leptina centralmente e perifericamente de insulina na cava de veia, com alíquota de volume de sangue coletados aos 0, 33, 36, 39, 42 e 45 min após infusao i.c.v. nos ratos Wistar- Hannover masculinos (250-300g) através de uma cânula guia de aço inoxidável implantada no Ventrículo Cerebral Lateral direito através do aparelho estereotáxico. Os dados sao mostrados em média±epm em Area Total Sob Curva versus o tempo (TAUC), avaliado pelo ANOVA quando p< 0,05 foi considerado significante. Resultados: Após infusao icv Normoglicemia no E: 0,3 (n=7) e 3 (n=7) de 370,0±14,5 e 415,9±17,1mg%.min vs C (n=12) de 392,1±20,5mg%.min. Hiperglicemia significativa (p<0,05) no Ex: 3/I (n=10) no ITT de 407,9±16,0mg%.min vs S/I (n=19) de 249,6±13,9mg%.min associado uma elevaçao significativa da remoçao da glicose periférica através do Kitt, no Ex de 0,64±0,03 vs S/I de 0,93±0,04%/min. Conclusao: No presente estudo, a normoglicemia após infusao central de Leptina mostra uma provável competiçao com a insulina nas atividades dos receptores hipotalâmicos. Enquanto que, no ITT e no Kitt, a hiperglicemia e elevaçao na remoçao periférica da glicose Leptina central induzida respectivamente nos animais, reforça ainda mais este provável predomínio da atividade hipotalâmica da Leptina como competidor dos receptores de Insulina.


FP 008

EFEITO DA MODULAÇAO NITRÉRGICA CENTRAL NA PROGRESSAO DA INTOLERANCIA A GLICOSE EM RATOS

PAULO CÉSAR DE OLIVEIRA; JOAO BATISTA MICHELOTTO; JOSÉ ANTONIO ROCHA GONTIJO

NMCE/FCM/UNICAMP-CAMPINAS SP E FAMED/UFU-UBERLANDIA MG

Introduçao: A participaçao Sistema Nervoso Central (SNC) no controle hidrosalino, regulaçao da Pressao Arterial e resistência à insulina é conhecida há longo tempo, enquanto que o efeito da microinjecçao central de L-NAME sobre resistência à insulina permanece obscuro. Objetivo: Foi testada a hipótese de que uma possível açao central do L-NAME pode modular a sensibilidade periférica da insulina causada pela atividade antagonística central da sinalizaçao da insulina. Metodologia: Foram avaliados os seguintes grupos: Funçao Metabólica: Grupo Controle (C): C=Salina (n=12) e Grupo Experimental (E): 60=60µg de L-NAME (n=8) e 600=600µg de L-NAME (n=7), quantificados pela glicemia em animais que receberam icv, Salina (NaCl 0,15M) e doses dependentes de L-NAME, com alíquotas de sangue coletadas nos grupos C e E aos 0, 15, 30, 60 e 120min após microinjecçao icv. Resistência à Insulina avaliada através do Teste curto de Tolerância à Insulina (ITT) e da captaçao periférica de glicose através da curva de Desaparecimento Constante da glicose (Kitt): Grupo Controle (S/I)=Salina i.c.v./625µg/0,5mL de Insulina na veia cava (n=19). Grupo Experimental (Ex): 60/I=60µg de L-NAME icv/625µg/0,5mL de Insulina na veia cava (n=9) e 600/I=600µg de L-NAME icv/625µg/0,5mL de Insulina na veia cava (n=11) quantificados em animais que receberam Salina e doses dependentes de L-NAME centralmente e perifericamente de insulina na veia cava, com alíquotasde volume de sangue coletados aos 0, 33, 36, 39, 42 e 45 min após infusao icv nos ratos Wistar-Hannover masculinos (250-300g) através de uma cânula guia de aço inoxidável implantada no Ventrículo Cerebral Lateral direito através do aparelho estereotáxico. Os dados sao mostrados em média±epm em Area Total Sob Curva versus o tempo (TAUC), avaliado pelo ANOVA quando p<0,05 foi considerado significante. Resultados: Após infusao icv, normoglicemia após infusao icv no E: 60 (n=8) e 600 (n=7) de 378,0±8,0 e 404,5±22,1 mg%.min vs C de 392,1±20,5mg%.min. No Ex: 60/I (n=9) e 600/I (n=11) hiperglicemia significativa (p<0,05) no ITT de 427,2±27,5 e 358,6±31,0mg%.min vs S/I de 249,6±13,9mg%.min, seguido de uma elevaçao significativa (p<0,05) da remoçao da glicose periférica através do Kitt, variaçao do Ex de 0,63±0,05 e 0,71±0,06%/min respectivamente, vs S/I de 0,93±0,04 %/min. Conclusao: No presente estudo, a hiperglicemia L-NAME dose dependente central induzida associada a uma elevada remoçao periférica de glicose parece revelar uma provável modulaçao nitrérgica central nos receptores hipotalâmico da insulina evoluindo para uma possível resistência insulínica.


FP 009

EFEITO DO MEIO HIPERGLICEMICO E DO LOSARTAN NA EXPRESSAO DE RNA MENSAGEIRO DE RECEPTOR DE RENINA EM CÉLULA MESANGIAL HUMANA IMORTALIZADA.

LUCIANA GUILHERMINO PEREIRA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SAO PAULO

Introduçao: O receptor de renina/prorenina é encontrado no rim. A ligaçao com o receptor aumenta a atividade catalítica da renina e induz a ativaçao de ERK 1 e 2 (MAPK) e o aumento da síntese de TGF-β e PAI-1. Sabe-se também que alta glicose estimula o sistema renina-angiotensina em célula mesangial. É possível entao que o receptor de renina esteja envolvido na nefropatia diabética. Objetivo: verificar se células mesangiais humanas em cultura expressam RNAm para receptor de renina e se há traduçao para proteína, avaliar seu possível envolvimento na situaçao fisiopatológica do diabetes e checar se a presença de AII modifica a expressao de receptor de renina. Método: As células imortalizadas foram descongeladas e mantidas em cultura. Foram divididas em: controle (5mM), alta glicose (30mM), losartan (100nM) e alta glicose+losartan mantidos nessas condiçoes por 24 horas. O RNA total foi extraído e quantificado. Sintetizou-se o cDNA. Utilizamos a técnica do PCR em tempo real para receptor de renina, fibronectina e β-actina para ver expressao de RNAm. Foi feita também extraçao de proteína e Western Blot. A análise estatística foi feita no programa prisma utilizando o teste t e One Way-ANOVA. Resultado e Conclusao: A célula mesangial humana cultivada in vitro expressa o RNAm para o receptor de renina. O meio hiperglicêmico aumenta significativamente a expressao desse RNA mensageiro. O uso de losartan causou uma diminuiçao da expressao do receptor na situaçao controle e na hiperglicemia. A proteína apresentou o mesmo padrao do RNAm portanto os níveis de AII intracelular ou a ativaçao de AT1 estao envolvidos com a expressao do receptor de renina.


FP 010

EFEITO DA OSCILAÇAO NA CONCENTRAÇAO DE GLICOSE EM CÉLULAS MESANGIAIS EM CULTURA: PAPEL DOS TRANSPORTADORES DE GLICOSE

CARLA DE LIMA E SANTOS; CARINE ARNONI, NESTOR SCHOR E MIRIAN BOIM

DISCIPLINA DE NEFROLOGIA – UNIFESP-EPM- SAO PAULO – BRASIL

As complicaçoes do Diabetes se devem, em parte, pelas elevadas concentraçoes de glicose plasmática. Entretanto, a natureza oscilatória da glicemia pode também estar envolvida nestas complicaçoes. Alteraçoes nas células mesangiais (CM) possuem um importante papel na nefropatia diabética. CM em cultura demonstram aumento na captaçao de glicose quando expostas a alta glicose. CM expressam o transportador de glicose dependente de insulina (GLUT4), e o independente (GLUT1). Este estudo avaliou o efeito do meio com baixa glicose (LG) e com oscilaçoes na concentraçao de glicose (OG) sobre a expressao dos RNAm para GLUT1, GLUT4 e fibronectina (PCR em tempo real). Avaliamos também a taxa de captaçao de glicose, na presença ou ausência de insulina (3H-2-deoxy-D-glucose). CM primárias de ratos Wistar foram incubadas em baixa (1mM) e normal (10mM) concentraçoes de glicose por 1, 4, 12, 24, 72 horas. Oscilaçoes nas concentraçoes de glicose: baixa, normal e alta (30mM), foram induzidas por 24 horas e alteradas a cada 8 horas. LG apresentou aumento significante na expressao do RNAm para GLUT1 nos períodos iniciais, retornando ao nível controle após 72 horas, já o GLUT4 aumentou somente após 24 horas. OG induziu aumento no GLUT1 e diminuiçao na expressao RNAm para GLUT4. Os níveis de expressao RNAm para fibronectina diminuíram tanto em LG, quanto em OG. Resultados sugerem que a captaçao de glicose perante o estímulo de LG foi dependente de GLUT1 e nao foi afetada pela insulina. Oscilaçoes nas concentraçoes de glicose podem nao estimular uma produçao excessiva de matriz mesangial.


FP 011

AVALIAÇAO DOS EFEITOS DO EXERCICIO FISICO SOBRE A PRODUÇAO DE OXIDO NITRICO (NO) E SOBRE A NEFROPATIA DIABÉTICA EM RATOS COM DIABETES MELLITUS (DM) EXPERIMENTAL.

RODRIGUES, AM; BERGAMASCHI, CT; DI TOMMASO, ABG; MOURO, MG; HIGA, EMS

UNIFESP-EPM, BRAZIL.

Introduçao: A nefropatia diabética sobressai como o principal determinante do estágio final da doença renal, e parece que o estresse oxidativo e a disfunçao endotelial sao seus principais agravantes, talvez mediado pelo NO. Métodos: Ratos Wistar pesando 170-210g foram tratados com estreptozotocina para induçao do DM ou somente com seu veículo. Metade dos animais de cada grupo realizaram exercícios (EX) diariamente, em esteira com taxa de 16m/min durante 60 min/dia, 5 dias por semana, ao longo de 8 semanas, e a outra metade dos animais (sedentários, SE) permaneceram em igual período com a esteira desativada. Antes e depois da série de exercícios os animais foram colocados em gaiolas metabólicas para coleta de urina de 24 horas, e também, uma pequena amostra de sangue foi coletada do plexo retro-ocular. N=4 para todos os grupos. Resultados: A microalbuminúria foi significantemente aumentada em DM+SE quando comparada ao CTL+SE (3.848,4±274,8 vs 836,3±71,7), bem como a creatinina (1,0±0,09 vs 0,7±0,02) e uréia sérica (78,6±11,3 vs 46,2±2,0). DM+EX houve uma significante diminuiçao na microalbuminúria (1.671,7±712,9), na creatinina (0,7±0,04) e uréia sérica (49,9±2,5) vs DM+SE. O grupo DM+SE mostrou reduçao do NO urinário quando comparado ao CTL+SE (13,5±4,3 vs 1.380,5±83,7 P<0,05); contudo, o DM+EX mostrou um melhoramento na síntese de NO (245,7±203,3 P<0.05 vs DM+SE). Conclusao: Nosso trabalho sugere que a rotina de exercícios em ratos diabéticos tem efeitos benéficos sobre a nefropatia diabética, talvez através da participaçao do NO.


FP 012

HIPOVITAMINOSE D EM BRASILEIROS SAUDAVEIS APOS O INVERNO: UM ACHADO INESPERADO

MARIANNA DURANTE UNGER; LILIAN CUPPARI, MARIA CLAUDIA T. MAGALHAES, LUCIENE M. DOS REIS, VANDA JORGETTI, ROSA MARIA AFFONSO MOYSES

UNIVERSIDADE DE SAO PAULO

Introduçao: Níveis normais da vitamina D sao essenciais para manutençao da saúde. Entretanto, a concentraçao sérica da 25 vitamina D (25(OH)D) é pouco estudada em regioes onde a radiaçao solar é considerada suficiente. O objetivo do estudo. Objetivo: Avaliar os níveis de vitamina D em sua forma circulante (25(OH)D) e a sua relaçao com o metabolismo mineral em uma amostra de voluntários saudáveis imediatamente após o inverno. Método:: Estudo de corte transversal, incluindo 431 voluntários saudáveis (84M/347F, 29% nao brancos), com idade média de 44,3+12,7 anos (18-83 anos), em Sao Paulo, Brasil. Foram coletadas amostras de sangue para dosagem de cálcio total (Ca), cálcio iônico (Cai), fósforo (P), paratormônio (PTH) e calcidiol. Como a distribuiçao dos valores de calcidiol e PTH nao foi normal, foram adotados valores de log para posterior análise de correlaçao. Resultados: Nesta amostra, o valor médio de calcidiol foi de 21,9ng/mL (6-64ng/mL). Valores < 15ng/mL de 25(OH)D foram verificados em 18% e < 30ng/mL em 75,7% dos voluntários. O calcidiol sérico correlacionou-se com a idade (r=-0,09; p=0,04), PTH (r=-0,21; p=<0,001) e Ca (r=0,09; p=0,04). Os indivíduos nao brancos apresentaram valores de calcidiol inferiores aos brancos (21,9ng/mL vs. 24.3ng/mL, p<0,05). O mesmo foi observado quando comparamos pessoas que usavam ou nao filtro solar (23,1ng/mL vs. 25,1ng/mL, p<0.05). O valor médio de PTH foi de 61pg/mL (3-240pg/mL), sendo que 36% dos voluntários apresentaram PTH superior a 70pg/mL. O PTH correlacionou-se com idade (r=0,23; p<0,001), IMC (r=0,15;p<0,005), Cai (r=0,12; p<0,05), P (r=-0,21; p<0,001) e creatinina (r=0,12; p<0,01). Entre os pacientes com calcidiol < 30ng/mL, uma porcentagem elevada (40%) apresentou níveis aumentados de PTH, enquanto apenas 25% daqueles > 30ng/mL (25%) apresentavam hiperparatiroidismo secundário (p<0.05). Conclusao: Entre os indivíduos saudáveis, que vivem em um regiao subtropical, foi verificada uma prevalência inesperada de hipovitaminose D e aumento de PTH. Os resultados sugerem que a afirmaçao de que a radiaçao solar é suficiente para manter níveis adequados de vitamina D deve ser revisada, para evitar as conseqüências esqueléticas e nao esqueléticas do déficit de vitamina D e da elevaçao do PTH.


FP 013

INFLUENCIA DO TRATAMENTO COM LOSARTAN DURANTE A LACTAÇAO NA EXPRESSAO DE MITOGENIC- ACTIVATED PROTEIN KINASE (MAPK) E DE RECEPTORES DE ANGIOTENSINA II (AII) NO CORTEX RENAL DE RATAS WISTAR DE 30 DIAS.

BALBI, APC; MARIN, ECS; COSTA, RS; COIMBRA, TM.

FMRP/USP.

Várias linhas de evidências experimentais sugerem que a Angiotensina II (AII) participa do desenvolvimento renal em ratos. Muitos dos efeitos da AII sao mediados pela cascata das Mitogenic-activated protein kinase (MAPK). Este estudo investiga a influência do tratamento com losartan durante a lactaçao na expressao das MAPK, bem como de receptores dos tipos I(AT 1) e II(AT 2) de AII no córtex renal dos filhotes de 30 dias. Além disso, foi avaliada a relaçao entre estas expressoes e alteraçoes na estrutura e funçao renais. Filhotes fêmeas (n=72) de maes que receberam soluçao de sacarose 2% (Controle) e losartan (0,4g/L) diluído em soluçao de sacarose 2% (Experimental) durante a lactaçao foram sacrificadas 30 dias após o nascimento, e os rins retirados para estudos histológicos, imunohistoquímicos e de Western blot. As expressoes de receptores AT 1 e AT 2 e da MAPK p-p38 foram avaliadas por Western blot enquanto que as expressoes das MAPK (p-ERK e p-JNK), avaliadas por imunohistoquímica. O grupo experimental apresentou um aumento nas expressoes de AT 2 e de MAPK. Esses animais também apresentaram reduçao na taxa de filtraçao glomerular (0,26mL/min) e maior albuminúria [82,99 (74,31; 114,70) mg/24h] quando comparados aos controles [0,43mL/min e 0,42 (0,37; 0,59) mg/24h, respectivamente], além de mudanças na estrutura renal. Com base nesses dados, pode-se concluir que ratas recém-nascidas de maes expostas ao losartan durante a lactaçao apresentam mudanças na estrutura e funçao renais, as quais estao associadas com as expressoes de AT 2 e MAPK no córtex renal.


FP 014

EFEITO DO MEIO RICO EM GLICOSE SOBRE A CAPTAÇAO DE GLICOSE EM CÉLULAS MESANGIAIS.

CARINE PRISCO ARNONI, PRISCILA CRISTOVAM, DANIELA VIDOTTI, MIRIAN BOIM

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SAO PAULO

A nefropatia diabética é caracterizada por alteraçoes das células mesangiais (CM) e expansao de matriz mesangial levando a glomerulosclerose. As CM expressam 2 transportadores de glicose: GLUT1 (independente de insulina) e GLUT4 (dependente de insulina). Objetivos: Avaliar o efeito da alta concentraçao de glicose sobre o GLUT1, GLUT4 e fibronectina (marcador de matriz mesangial). Avaliar a captaçao de glicose pelas CMs expostas ao meio hiperglicêmico com e sem insulina. Métodos: CM em cultura foram divididas em controle e em incubaçoes com alta concentraçao de glicose (30mM) durante 1, 4, 12, 24 e 72 horas. Foram avaliados os níveis de expressao dos RNAs mensageiros através de RT-PCR e a expressao de proteína através da técnica de Western Blot. O transporte de glicose foi inferido pela captaçao de glicose triciada. Resultados: O RNAm para GLUT1 apresentou aumento nos períodos de 1 e 4 horas de incubaçao em comparaçao com o controle. O RNAm do GLUT4 aumentou após 72 horas. O RNAm para fibronectina apresentou-se aumentado em todos os períodos. A expressao de proteína das moléculas estudadas acompanhou os níveis de expressao gênica. Houve aumento na captaçao de glicose após 4 horas de incubaçao com alta glicose. Após 72 horas, o aumento na captaçao só ocorreu na presença de insulina. Conclusao: A captaçao de glicose durante os períodos iniciais de exposiçao à alta glicose foi dependente do GLUT1, e em períodos mais prolongados, a captaçao foi mediada pelo GLUT4 sob o estímulo da insulina. Estes dados mostram uma atuaçao de ambos transportadores na captaçao anormal de glicose sob alta concentraçao de glicose extracelular, resultando em uma alta produçao dos componentes de matriz, como a fibronectina.


FP 015

ESTRESSE OXIDATIVO VIA NADPH OXIDASE ESTA ASSOCIADO A HIPERTROFIA GLOMERULAR EM MODELO DE HIPERTENSAO ARTERIAL E DIABETES EXPERIMENTAL.

PEIXOTO, E. B. M. I.; BISWAS, S. K.; PESSOA, B. S.; AMAZONAS, R. B.; SOUZA, D. S.; LOPES DE FARIA, J. B.

FCM, UNICAMP

Introduçao e Objetivos: O estresse oxidativo associado ao diabetes mellitus (DM) e à hipertensao arterial (HA) exerce um importante papel na patogênese da nefropatia secundária a essas doenças. Os objetivos deste estudo foram investigar o envolvimento e a via do estresse oxidativo na induçao de danos renais em modelo experimental que combina HA e DM. Métodos e Resultados: Ratos espontaneamente hipertensos (SHR) com 4 semanas de idade receberam estreptozotocina e após 20 dias de DM foram sacrificados e os rins coletados. Alteraçoes induzidas pelo estresse oxidativo no DNA e em proteínas foram avaliadas por imunohistoquímica para 8-hidroxi-2′-deoxiguanosina (8-OHdG) e Western Blot para nitrotirosina (NT), respectivamente. A geraçao de superóxido via NADPH oxidase foi estimada por quimioluminescência. As expressoes de gp91phox, subunidade da NADPH oxidase, e do anti-oxidante EC-SOD foram avaliadas por Western Blot. A albuminúria foi maior nos SHR diabéticos, comparado aos controles. A induçao do DM ocasionou hipertrofia renal e glomerular. Os níveis de 8- OHdG e NT foram maiores nos ratos diabéticos que nos controles. Foi observado um aumento marcante na produçao de superóxido induzido pela via NADPH oxidase e na expressao da proteína gp91phox nos ratos diabéticos comparado aos controles. Os níveis de EC-SOD diminuíram nos animais diabéticos com relaçao aos controles. Conclusao: O estresse oxidativo está associado a alteraçoes renais precoces na presença do DM e da HA. A via NADPH oxidase parece ser a principal fonte de produçao de superóxido e o seu bloqueio pode ser um potencial alvo terapêutico para a prevençao da nefropatia diabética na presença de hipertensao arterial.


FP 016 (TL 006)

HAPLOINSUFICIENCIA DE PKD1 AUMENTA A LESAO MORFOLOGICA E FUNCIONAL SOBRE A LESAO INDUZIDA POR ISQUEMIA/REPERFUSAO EM CAMUNDONGOS. ANALISE ESTENDIDA

A BASTOS1, K PIONTEK2, A SILVA1, D MARTINI3, L MENEZES1, J FONSECA1, I FONSECA1, G GERMINO2, L ONUCHIC1

1. NEFROLOGIA, UNIVERSIDADE DE SAO PAULO;
2. MEDICINE, JOHNS HOPKINS UNIVERSITY, BALTIMORE;
3. PATOLOGIA, HOSPITAL BENEFICENCIA PORTUGUESA.

PKD1 encontra-se mutado na maior parte dos pacientes com doença renal policística autossômica dominante. A lesao isquemia-reperfusao (LIR), por sua vez, é uma importante causa de insuficiência renal aguda, incluindo esses pacientes. Em um resumo apresentado na ASN de 2006, sugerimos que uma menor atividade da policistina-1 poderia aumentar a LIR em camundongos. No estudo atual estendemos as análises usando esta linhagem de camundongos com uma mutaçao nula em Pkd1, onde os heterozigotos (Hts) nao apresentam cistos renais até 12 semanas. Um insulto IR de 32 min e bilateral foi induzido em camundongos machos de 10-12 semanas de idade, incluindo 10 Hts e 10 selvagens (Svs) com uréia e creatinina séricas (Se SCr) basais normais. Os animais foram acompanhados por 48 horas após IR. Os dados foram préanalisados pelo teste K-S. Observamos uma maior fraçao de excreçao de Na+ (FENa) nos camundongos Pkd1+/- [1,81% (0,93-3,35)] que Pkd1+/+ [0,83% (0,66-0,99); p<0,05], confirmando nossos resultados anteriores, e uma maior FEK (74,0±56,3% em Pkd1+/- e 35,4±13,7% em Pkd1+/+; p<0,05). Os animais Pkd1+/- apresentaram SCr mais elevada (0,82±0,50mg/dL) que Pkd1+/+ (0,48±0,16mg/dL; p<0,05) 48 h pós-IR, enquanto a SU aumentou mas nao diferiu entre os grupos. O dano residual cortical foi maior nos camundongos Pkd1+/-: o índice de Jablonski em 48h foi de 3,60±0,22 nos Hts e 2,30±0,50 nos Svs (p< 0,05), e no 14° dia (outros grupos de 7 Hts e 8 Svs) de 3,00±0,37 e 1,14±0,34, respectivamente (p<0,01). Análises imuno-histoquímicas de PCNA revelaram uma maior taxa de proliferaçao celular 48h pós-IR nos animais Pkd1+/- que Pkd1+/+ (13,3% vs 7,7%; p<0,001, Qui-quadrado de proporçao), mas esta diferença nao foi significante em 14 dias. Análises preliminares de TUNEL para 48h sugerem uma maior taxa de apoptose nos camundongos Pkd1+/- que Pkd1+/+. Os grupos de 7 dias encontram-se em andamento. Estes resultados, associados a nossos dados prévios, sugerem que a haploinsuficiência de Pkd1 leve a uma lesao morfológica e funcional renal mais severa e a uma maior proliferaçao celular precoce pós-insulto IR. Em conjunto, nossos resultados apóiam que camundongos heterozigotos para Pkd1 apresentem um risco aumentado de LIR renal, e abre a mesma possibilidade em humanos.


FP 017

GALECTINA 3: UMA LECTINA RELACIONADA A INFLAMAÇAO APOS LESAO DE ISQUEMIA-REPERFUSAO RENAL

ANA PAULA FERNANDES BERTOCCHI, GABRIELA CAMPANHOLE, GISELLE MARTINS GONÇALVES, CARLA QUARIN FEITOZA, MARCIO JOSE DAMIAO, MARCOS ANTONIO CENEDEZE, VICENTE DE PAULA ANTUNES TEIXEIRA, ALVARO PACHECO-SILVA, NIELS OLSEN SARAIVA CAMARA.

L.I.C.E. DISCIPLINA DE NEFROLOGIA UNIFESP- EPM, SAO PAULO

Introduçao e objetivo: A lesao de isquemia-reperfusao renal envolve uma resposta inflamatoria tecidual através da interaçao entre macrófagos, linfócitos e células endoteliais, entre outras células. Galectina 3 e uma lectina multifuncional relacionada a ativaçao de mastocitos e interaçao célula-matriz. O objetivo deste estudo foi avaliar o papel da galectina-3 na lesao renal após isquemia-reperfusao através do perfil de linfocinas inflamatórias e funçao renal. Material e método: Camundongos nocautes para galectina-3 e seus controles foram submetidos a 45 minutos de oclusao do pedículo renal. Foram coletadas amostras de sangue e tecido renal nos tempos 6h, 24h, 48h e 120h após reperfusao tecidual. A uréia sérica foi analisada por método enzimático. Foram realizadas analises de MCP-1, Il6 e IL1b por RT-PCR real time. Resultados: Após o desclampeamento do pedículo renal, a uréia sérica atingiu um pico em 24h em ambos animais porém foi significativamente menor nos animais nocautes (gal 3 wt= 264.4 ± 85.21 mg/dL vs. nocaute = 123.74±29.64mg/dL, p=0.001). A ausência de galectina 3 foi associada à menor expressao de MCP-1, IL 6 e Il1b. Conclusao: A presença de galectina 3 no tecido renal isquemiado parece desempenhar um papel na inflamaçao tecidual pois sua ausência relaciona-se à menor expressao de linfocinas inflamatórias IL6 e Il1b e da quimiocina MCP-1, envolvida com a quimiotaxia de macrófagos, além de melhor funçao renal após lesao tecidual causada pela isquemia seguida de reperfusao.


FP 018 (TL 006)

ACIDO URICO ESTIMULA PRODUÇAO DE ESPÉCIES REATIVAS DE OXIGENIO E PROSTAGLANDINAS E, CÉLULAS MESANGIAIS

MARCIA BASTOS CONVENTO; EDSON PESSOA, FERNANDA T BORGES, NESTOR SCHOR

UNIFESP/EPM

A hiperuricemia está associada ao dano cardiovascular e renal, como glomeruloesclerose. O acúmulo de ácido úrico produz efeitos deletérios nas células endoteliais e músculo liso vascular. O objetivo deste trabalho foi analisar a nefrotoxicidade do ácido úrico (AU), na presença de LPS, além do mecanismo envolvido neste dano em células mesangiais. Células mesangiais humanas foram expostas a AU (8-50mg/dl) e LPS (100ug/ml) durante 24 horas. Necrose e apoptose foram avaliados por corantes específicos. Espécies reativas de hidrogênio (ERO) foram analisadas por 2′,7′-diclorofluoresceína. A expressao da ciclooxigenase 2 (COX2) foi avalidada por PCR em tempo real. AU só induziu morte celular (necrose ou apoptose) em doses acima de 20mg/dl. Porém, 8 mg/dl já aumentou significativamente a produçao de ERO (AU: 1505±571 MIL; CTL: 934±99 MIL). LPS aumentou a necrose (LPS: 16,5±1,5 %; CTL: 5,8±1,6 %) e a produçao de ERO (LPS: 2211±787 MIL; CTL: 495±73 MIL). Associaçao de AU e LPS diminuiu a necrose (AU+LPS: 6,9±1,4 %; LPS: 16,5±1,5 %). AU aumentou a expressao gênica da COX2 em células mesangiais cerca de 2,5 vezes e a associaçao com LPS potencializou este efeito em cerca de 10 vezes. Os resultados aqui presentes sugerem que o ácido úrico induz dano nas células mesangiais mediado pela produçao de ERO. Durante uma infecçao, o ácido úrico pode diminuir a morte celular induzida pelo LPS. Porém tanto a hiperuricemia sozinha quanto na vigência de infecçao pode estimular diretamente o processo inflamatório pela expressao da COX2 e produçao de prostaglandinas.


FP 019

GENTAMICINA E ACTINOMICINA-D INDUZEM PRÉ-CONDICIONAMENTO EM CÉLULAS TUBULARES PROXIMAIS (LLC-PK1)

EDSON PESSOA; MARCIA B CONVENTO, FERNANDA T BORGES, NESTOR SCHOR

UNIFESP/EPM

Pré-condicionamento refere-se à situaçao em que um animal, órgao ou célula submetida a uma agressao adquire resistência quando a agressao é repetida. O mecanismo dessa proteçao é desconhecido, mediadores como óxido nítrico (NO), adenosina e várias heat shock proteins podem estar envolvidas. O objetivo deste trabalho foi estudar o précondicionamento induzido por antibióticos como gentamicina (Genta) e actinomicina-D (ACT-D) em células tubulares renais proximais. Células LLC-PK1 foram submetidas à GENTA (2mM) e ACT-D (0,1uM), o mesmo estímulo foi aplicado após 1 semana e após 2 semanas. Necrose e apoptose foram avaliados por corantes específicos. Produçao de NO foi avaliada pelo método de Griess. Houve um aumento significativo na necrose e apoptose induzida pela GENTA (necrose: 23,5±4,3 %; apoptose: 26,5±2,8%) e ACTD (necrose: 22,4±1,2 %; apoptose: 22,4±2,4%) quando comparados ao controle (necrose: 11,8±4,4 %; apoptose: 3,2±1,2 %). Quando o tratamento com ACT-D foi repetido após uma semana, houve uma diminuiçao significativa na necrose e apoptose (necrose: 10,5±3,3 %; apoptose: 5,9±1,5 %). Também observamos uma diminuiçao na necrose e apoptose induzida pela GENTA quando o segundo estímulo foi aplicado 15 dias após o primeiro (necrose 6,5±0,3 %; apoptose: 6,5±2,1 %). A produçao de NO aumentou significativamente quando o estímulo com ACT-D foi repetido 1 semana após o primeiro estímulo. Os resultados sugerem que as células LLC-PK1 foram précondicionadas após uma semana de tratamento com ACT-D e duas semanas de tratamento com GENTA. A produçao de NO está envolvida no pré-condicionamento induzido pela ACT-D em células LLC-PK1.


FP 020 (TL 006)

MEDIADORES INFLAMATORIOS EM PACIENTES PEDIATRICOS COM SINDROME NEFROTICA

SOUTO MFO, PENIDO MGMG, SIMOES E SILVA AC

FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

A síndrome nefrótica (SN) é uma doença glomerular comum da infância. Sua fisiopatologia ainda nao está bem esclarecida. Fatores indicam que o sistema imune está fortemente envolvido. Estudos experimentais sugerem que as quimiocinas, em especial a interleucina 8(IL-8) e a proteína quimiotática para monócitos 1(MCP-1), têm papel em lesoes renais inflamatórias. Mudanças em suas concentraçoes urinárias foram encontradas em pacientes com nefrite lúpica, glomerulonefrite pós-estreptocócica aguda e nefropatia por IgA. A IL-8 também vem sendo associada à atividade inflamatória na SN e induçao de proteinúria em modelos experimentais. Objetivo: medir IL-8 e MCP-1 no sangue e urina de crianças e adolescentes com SN primária. Pacientes foram divididos em dois grupos, de acordo com a presença ou nao de proteinúria significativa no momento da coleta: G1: pacientes com relaçao proteína-creatinina (RPC) maior do que 0,2. G2: pacientes em remissao (RPC < 0,2). Sangue e urina de 24h foram coletados e congelados a -80ºC. As quimiocinas foram medidas por ELISA, usando protocolos padronizados. A IL-8 urinária estava aumentada no G1 quando comparada ao G2(p<0,05). A MCP-1 urinária também estava maior no G1, mas a diferença nao teve significância estatística. IL-8 e MCP-1 séricas nao diferiram entre os grupos. Nesse estudo, a IL-8 na urina foi maior no grupo com SN em recidiva, com proteinúria ativa, quando comparado ao grupo em remissao. Esse achado sugere algum papel da IL-8 na fisiopatologia da SN, entretanto sem efeito sistêmico significativo, visto que sua concentraçao sérica nao se altera.

Fisiopatologia

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