J. Bras. Nefrol. 2011;33(1):50-4.

Nefrolitíase em pacientes pediátricos: investigação metabólica e anatômica

Luis Alberto Batista Peres, Sarah Sella Langer, Raysa Cristina Schmidt, Roberto Arthur Bavaresco Nacke, Paulo Victor Muller Francescon, Rogério Cavalcante de Almeida, Renan Macedo Coimbra, Tailla Michelle Ribas, Tiago Dahrug Barros, Tiemi Matsuo

DOI: 10.1590/S0101-28002011000100007

Desordens metabólicas são frequentes em pacientes com nefrolitíase pediátrica. OBJETIVOS: Estudar as alterações metabólicas e anatômicas e a análise química dos cálculos encontrados em pacientes da nossa região. MÉTODOS: Este é um estudo retrospectivo em 158 crianças com evidência de formação recente de cálculos, destes apenas 109 concluíram a investigação metabólica. A investigação laboratorial consistiu de duas amostras de urina de 24 horas com dosagem de cálcio, ácido úrico, citrato, oxalato, sódio e creatinina, cistinúria qualitativa, pH urinário seguido de 12 horas de jejum e restrição hídrica, cultura da urina e análise química quando os cálculos foram disponíveis. As técnicas de imagem incluíram ultrassonografia do trato urinário e urografia excretora. RESULTADOS: Em 96,3% das crianças alguma causa foi detectada. A principal alteração metabólica encontrada foi a hipercalciúria (73,4%). Análise química dos cálculos mostrou oxalato de cálcio em 90,9% dos casos. Alterações anatômicas foram encontradas em 18,0% dos pacientes investigados, e a mais frequente foi a duplicação pieloureteral (28,6%). CONCLUSÕES:Hipercalciúria foi a desordem mais encontrada, a alteração anatômica mais comum foi a duplicação pieloureteral e oxalato de cálcio foi o constituinte químico mais frequente. Este trabalho serviu para o conhecimento das características dos pacientes pediátricos portadores de nefrolitíase em nossa região.

Nefrolitíase em pacientes pediátricos: investigação metabólica e anatômica

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