J. Bras. Nefrol. 2004;26(3 suppl. 2):65-72.

POSTERES – Hipertensão Arterial

Hipertensao Arterial

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ALDOSTERONA POTENCIALIZA AÇAO DA ANGIOTENSINA II NA PROLIFERAÇAO DE CÉLULAS MESANGIAIS HUMANAS

MENEZES, T. NEVES, F. A. R.

UNIVERSIDADE DE BRASILIA.

Introduçao: A participaçao da aldosterona (ALDO) e da angiotensina II (AII) na fisiopatogenia da esclerose mesangial já está bem estabelecida. Considerando que o receptor de ALDO, MR, é um fator de transcriçao, é possível que um dos mecanismos de açao da ALDO seja a modulaçao da resposta da AII. Objetivo: Comparar os efeitos da AII ou da ALDO administradas isoladas ou em conjunto, na proliferaçao de células mesangiais humanas. Metodologia: Células mesangiais humanas imortalizadas (CM), cultivadas em meio DMEM, foram tratadas durante 24 horas com etanol (Controle), 1mM de AII, ou 1mM de ALDO, e durante 48 horas com esses mesmos grupos mais o grupo tratado com 1mM de AII e 1mM de ALDO simultaneamente. Ao final das seis horas de incubaçao com tais hormônios, 1mCi/ml de 3H-timidina foi adicionada ao meio de cultura para a contagem da incorporaçao de 3H-timidina, um marcador de proliferaçao celular. Resultados: Incorporaçao de 3H-timidina por CM

Conclusao: ALDO e AII atuam de forma sinérgica na proliferaçao de células mesangiais humanas. Este sinergismo pode ter explicar os efeitos benéficos observados na prevençao da esclerose glomerular com eplerenona e losartan. Novos ensaios de RT-PCR estao em andamento para mensuraçao dos níveis de colágeno tipo IV.


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ANALISE DO COMPORTAMENTO PRESSORICO DE PACIENTES RENAIS CRONICOS SUBMETIDOS A DIALISE PERITONEAL – CORRELACAO COM AGUA CORPORAL

TEIXEIRA, G.; MAGALHAES, S. S. FERNANDES, N.; ANDRADE, L. C. F.; PAULA, R. B.

NIEPEN- NUCLEO INTERDISCIPLINAR DE ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA- UFJF.

Introduçao: Diversos sao os mecanismos envolvidos na fisiopatologia da hipertensao arterial sistêmica (HAS) no paciente portador de doença renal crônica. A hipervolemia constitui um dos principais fatores causais de HAS neste grupo. Objetivos: Avaliar o comportamento pressórico de pacientes renais crônicos em diálise peritoneal (DP) pela monitorizaçao ambulatorial da pressao arterial (MAPA), e correlacionar os níveis pressóricos com a volemia avaliada pela bioimpedância (BIE). Métodos: Foram estudados 22 pacientes portadores de IRC e hipertensos em regime de DP, sendo 11 do sexo masculino e 11 do sexo feminino. Dos 22 pacientes, 7 pacientes eram portadores de Nefropatia Diabética, 3 de Glomerulonefrite Crônica, 7 de Nefropatia Hipertensiva, 1 de Doença Renal Policística do Adulto, 1 de amiloidose e 3 de etiologia indeterminada. Todos os pacientes foram submetidos a MAPA por 24 hs consecutivas, e à BIE utilizandose o aparelho Biodinamics. Foram analisadas: água corporal total (ACT), as médias da pressao sistólica (PAS), diastólica (PAD) e da pressao arterial média (PAM) nos períodos de vigília, sono e de 24 hs. Resultados: A média de idade do grupo estudado foi igual a 56,4 ± 14,4 anos, e a média de duraçao do tratamento dialítico foi igual a 27,2 ± 12,2 meses. O KT/V semanal médio foi igual a 2,1±0,6 . Do total de 22 pacientes hipertensos estudados, 11 (50%) apresentavam PA<140 x 90 mmHg, enquanto 11 pacientes apresentavam-se hipertensos (PA > 140 x 90 mmHg). Dentre os pacientes estudados, apenas 3 pacientes (14 %) apresentaram água corporal total elevada (> 60% do peso corporal), e destes, todos estavam hipertensos. Dentre os 18 pacientes com ACT normal (< 60% do peso corporal), 11 estavam normotensos enquanto 8 estavam hipertensos. Nestes, tanto os hipertensos quanto os normotensos apresentaram correlaçao positiva entre ACT e níveis pressóricos sistólicos e diastólicos (tabela 1).

Conclusao: Pacientes portadores de DRC em programa de diálise peritoneal apresentam correlaçao positiva entre água corporal total e níveis pressóricos mesmo na ausência de hipervolemia detectável pela BIE.


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AVALIAÇAO CLINICO-LABORATORIAL E HISTOLOGICA DE PORTADORES DE ARTERITE DE TAKAYASU SUBMETIDOS A BIOPSIA VASCULAR

ALEXANDRE, C. S.; PASSOS, R. H. SOUZA, A. C. C. P.

HOSPITAL DAS CLINICAS DA FMUSP.

Introduçao: A Arterite de Takayasu (AT) com freqüência compromete artérias renais podendo levar a quadro de perda de funçao e hipertensao arterial. Naqueles que desenvolvem alteraçao renal importante com hipertensao grave e refratária, por vezes há indicaçao de procedimentos de revascularizaçao renal. A AT é muitas vezes de difícil diagnóstico, uma vez que sua apresentaçao clínica varia de acordo com o local acometido e pelo fato de nao haver marcadores específicos da doença, tampouco de sua atividade. Materiais e Métodos: Estudo de coorte, retrospectivo, onde foram analisados casos de pacientes com diagnóstico de AT submetidos a procedimento cirúrgico de revascularizaçao renal e biópsia vascular perioperatória no Hospital das Clínicas da FMUSP, no período de Janeiro de 1992 a Dezembro de 2002. O exame anátomo-patológico destes pacientes definia a doença como “em atividade” ou “cicatricial”. Foi realizada correlaçao entre os achados clínicolaboratoriais com os achados de biópsia, incluindo marcadores de atividade inflamatória como VSH, Proteína C Reativa e alfa1-glicoproteína e exames radiológicos. Resultados: Neste período foram avaliados 31 pacientes com diagnóstico de AT, sendo 30 do sexo feminino e 1 masculino. Destes, 12 foram submetidos a procedimento cirúrgico de revascularizaçao renal e biópsia vascular perioperatória. Dois pacientes apresentaram exame histológico compatível com arterite em atividade. Um paciente obteve diagnóstico histológico de fibrodisplasia muscular da média. A apresentaçao clínica, marcadores de atividade inflamatória, provas de funçao renal, grau de comprometimento de órgaos-alvo secundário à doença hipertensiva, assim como a terapêutica instituída e exames de imagem, foram cor – relacionados e analisados com os achados anátomo-patológicos destes pacientes. Conclusoes: Os achados anátomo-patológicos na AT nem sempre se correlacionam com o quadro clínico apresentado nem com os marcadores sorológicos de atividade Inflamatória. O diagnóstico da AT baseado em critérios clínicos e radiológicos pode nao corresponder ao diagnóstico realizado através da biópsia vascular.


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AVALIAÇAO DA RESPOSTA AO EXERCICIO EM ADOLESCENTES PORTADORES DE HIPERTENSAO ARTERIAL

FURUSAWA, E. A.; PINTO JUNIOR, R. A.; LIMA, M. C. S.; SILVA, P. R.; CARAZZATO, J. G.; KOCH, V. H.

UNIDADE DE NEFROLOGIA PEDIATRICA E ADOLESCENTES DO INSTITUTO DA CRIANÇA E LABORATORIO DE ESTUDOS DO MOVIMENTO DO INSTITUTO DE TRAUMATOLOGIA DO HOSPITAL DAS CLINICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SAO PAULO.

Introduçao: A prática de exercício físico regular tem sido recomendada para o tratamento da hipertensao arterial, com benefícios múltiplos em relaçao à reduçao da pressao arterial, melhora da capacidade aeróbica, composiçao corpórea, flexibilidade, força muscular e aspectos psicossociais. Objetivo: Estudar os efeitos decorrentes do treinamento físico em adolescentes hipertensos, clinicamente, compensados através da resposta cardiopulmonar ao teste ergoespirométrico. Método: Foram avaliados 14 adolescentes hipertensos, com idade média de 14,6 anos (11-18 anos), 9 do sexo masculino, 6 com hipertensao arterial secundária a pielonefrite crônica e 8 com hipertensao essencial. Seis adolescentes participaram do treinamento físico, no Parque do Ibirapuera e 8 adolescentes continuaram exercendo suas atividades próprias e individuais de suas rotinas diárias. Todos foram submetidos à avaliaçao ergoespirométrica, avaliaçao clínica e antropométrica no início(prétreinamento) e no final (pós-treinamento) do período do estudo. Todos os pacientes estavam clinicamente compensados da hipertensao e nenhum deles estavam em uso de beta-bloqueador ou apresentavam acometimento agudo de outros órgaos ou sistemas e nem apresentavam condiçoes clínicas que contra indicassem a prática do exercício físico. A atividade física foi conduzida por um professor de educaçao física, por um período de vinte e quatro semanas, com atividades aeróbicas, de intensidade leve a moderada (50% a 70% do consumo máximo de oxigênio), 3 vezes por semana, com duraçao de 60 minutos por sessao. Foram comparados os parâmetros clínicos e antropométricos (pressao arterial e índice de massa corpórea), ergoespirométricos ( consumo de oxigênio máximo, freqüência cardíaca máxima, pressao sistólica máxima sob esforço, tempo de tolerância ao esforço máximo, consumo calórico máximo e velocidade máxima atingida) em cada grupo( treinados e nao treinados), no início e ao final do período de observaçao. A avaliaçao dos resultados desses grupos foi feita utilizando teste t em par de Student, com uma distribuiçao bicaudal, estabelecendo 5% como nível de significância (p<0,05). Resultados: Após o período de 24 semanas, o grupo que recebeu treinamento físico apresentou uma melhora no tempo de tolerância ao esforço máximo (min/seg)(p,0,04) e uma melhora na velocidade máxima atingida (km/hora)( p0,025) quando comparada ao teste inicial(pré-treinamento). Entretanto, nao houve diferença, estatisticamente, significante em relaçao à pressao arterial, índice de massa corpórea e outros parâmetros ergoespirométricos quando comparada aos valores pré e pós-treinamento. No grupo de pacientes nao treinados, nao houve diferença significante dos parâmetros clínicos, antropométricos e ergoespirométricos analisados. Conclusao: O treinamento físico sob supervisao, mesmo que, por curto período, trouxe benefícios cardiorespiratórios com melhora do condicionamento físico nos adolescentes hipertensos, devendo essa prática ser estimulada para a diminuiçao do risco cardiovascular nesses pacientes.


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AVALIAÇAO DAS VARIAÇOES DA PRESSAO DE PULSO (PP) DURANTE A HEMODIALISE (HD)

JENNER CRUZ; SILVANA KESROUANI; FATIMA COSTA MATIAS PELARIGO; RUI ALBERTO GOMES; ALTAIR OLIVEIRA DE LIMA; HELGA MARIA MAZZAROLO CRUZ

INSTITUTO DE NEFROLOGIA DE MOGI DAS CRUZES (INMC), SP.

Introduçao: Sabe-se que o aumento da PP (diferença entre as pressoes sistólica e diastólica) na populaçao está associado a muitas conseqüências adversas, incluindo elevaçao dos índices de morbidade e de mortalidade, porém vários trabalhos demonstram que em pacientes com insuficiência renal crônica (IRC), em tratamento em HD, há uma relaçao inversa entre a curva J e a mortalidade destes pacientes, assim pacientes cuja PA sistólica (S) foi mantida entre 140 e 175mmHg têm maior sobrevida que pacientes com PAS inferior a 140mmHg. Num trabalho inicial vamos estudar as variaçoes da PP durante uma HD. Métodos: 148 pacientes com IRC em HD no INMC; 83 hom. e 65 mulh.; 104 com menos de 55 anos (41,0 ± 0,9 anos) e 44 com mais de 55 anos (63,2 ± 0,9 anos), tiveram sua PA aferida antes e após HD e sua PP calculada. Eles foram estudados em grupos segundo a idade, sexo e a presença ou ausência de diabetes (DM). Resultados: A PP diminuiu significativamente (SIG) após HD quer considerandose todos pacientes (P < 0,0001), quer os de < 55 anos ou de > 55 anos (P < 0,0001 e P = 0,0006), respectivamente. O mesmo aconteceu com os diabéticos (P = 0,0002 – < 55 anos e 0,0349 – > 55 anos). Os mais idosos tiveram a PP mais alta que os menos idosos, mas essa diferença só foi SIG antes da HD (P = 0,0163), nao depois (P = 0,3269). A presença de DM e o sexo nao apresentaram variaçoes SIG, porém os pacientes que nao tinham DM, com idade < 55 anos, tinham PP SIG < do que os com > 55 anos apenas antes da HD (P = 0,0340). Nao após a HD (P = 0,3700). Conclusao: A HD acarreta diminuiçao SIG da PP, independentemente da idade, de sexo e de DM. Os idosos têm PP SIG > que os mais jovens, mas após uma sessao de HD essa diferença diminui e deixa de ser SIG. Nao houve diferença SIG entre os sexos. A presença de DM nao afetou SIG a PP no nosso pe


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AVALIAÇAO DOS NIVEIS SÉRICOS DE ACIDO URICO EM UMA POPULAÇAO HIPERTENSA

FIGUEIREDO NETO, J. A.; CARNEIRO NETO, J. D.; LEAO, M. R. R.; NUNES, L. M.; ROCHA, R. P. S.; FIGUEIREDO, F. P.; OLIVEIRA, I. A.; LOPES FILHO, S. O. R.; ABRANTES, F. C. R.; SALGADO FILHO, N.

LIGA ACADEMICA DE HIPERTENSAO ARTERIAL – HOSPITAL UNIVERSITARIO PRESIDENTE DUTRA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHAO.

Introduçao: A hipertensao arterial sistêmica (HAS) apresenta elevado custo médico- social, principalmente por sua participaçao em complicaçoes cardiovasculares. Em 1998, as doenças cardiovasculares foram responsáveis por 27% dos óbitos registrados no Brasil. Tem sido relatado que hiperuricemia freqüentemente coexiste com hipertensao. Vários estudos de coorte mostraram uma ligaçao entre níveis de ácido úrico e subseqüente doença cardiovascular. Objetivo: Mostrar a prevalência de hiperuricemia nos pacientes atendidos ambulatorialmente pela Liga de Hipertensao do Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD) e estratificar de acordo com os estágios de hipertensao da IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensao Arterial. Material e Métodos: Foram coletados dados de 178 pacientes em tratamento ambulatorial na Liga de Hipertensao do HU-UFMA no período de janeiro de 2001 a março de 2004, seguindo a ficha protocolo padronizada da Sociedade Brasileira de Hipertensao. Foi realizada uma análise estatística descritiva utilizando o software Epi Info 2002. Considerou-se hiperuricemia ácido úrico > 6mg/dL para mulheres e > 7mg/dL para homens. Resultados: Dos pacientes analisados, 64% eram do sexo feminino e a média de idade foi de 57,97 +13,22 anos, com 21,3% do total sendo hiperuricêmicos. Destes, 73,7% eram do sexo feminino. Dos pacientes hiperuricêmicos, 21,1%, 36,8% e 26,3% apresentavam-se com estágios 1, 2 e 3 de hipertensao respectivamente. Em relaçao aos nao hiperuricêmicos, 30%, 18,6% e 17,1% apresentavam-se com estágios 1, 2 e 3 respectivamente. Conclusao: Hiperuricemia mostrou-se um achado freqüente no presente estudo, no entanto, nao houve correlaçao entre os níveis de ácido úrico e os estágios de hipertensao.


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DESNUTRIÇAO INFANTIL ASSOCIADA COM AUMENTO DA PRESSAO ARTERIAL

VRANJAC, G. P. B. ; SESSO, R.C.C,; SAWAYA, A.L

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SAO PAULO.

Introduçao: Desnutriçao energético-protéica continua sendo um dos principais problemas na saúde pública em vários países.Informaçoes insuficientes sao disponíveis acerca dos efeitos da desnutriçao na pressao arterial (PA) durante a infância. O objetivo desse estudo foi investigar a associaçao entre pressao arterial elevada e desnutriçao em crianças de baixo nível socioeconômico. Além disso, avaliamos um grupo de crianças que haviam sido recuperadas da desnutriçao. Métodos: Neste estudo transversal nós avaliamos a pressao arterial de 172 crianças acima de 2 anos (variaçao de 2 a 7 anos) moradoras de favelas na cidade de Sao Paulo.Destas, 91 crianças eram desnutridas (z-escore estatura para idade e/ou peso para idade abaixo de -1 da referência do National Center for Health Statistics); 20 crianças eram recuperadas de desnutriçao (ambos os z-escores maiores do que -1) após um tempo médio de 6,4 anos e 61 eram controles normais (z-escores entre 0 e +2). A pressao arterial (3 medidas) foi avaliada através de esfigmomanômetro de mercúrio, com a criança sentada após período de repouso e em condiçoes padronizadas. Resultados: Um maior percentual de crianças desnutridas e recuperadas tiveram aumento da pressao arterial sistólica e/ou diastólica (acima do percentil 95 segundo referências do ‘2o Relatório Task Force Atualizado’) após ajuste para idade,sexo e estatura, comparada aos controles (29%, 20% e 2 %, respectivamente, p< 0,001). Em particular, a proporçao de crianças com PA diastólica acima do percentil 95 foi maior entre os desnutridos e recuperados (24%, 15% e 2%, p<0,01). A porcentagem de crianças com risco de hipertensao (PA sistólica ou diastólica entre o percentil 90 e 95) também foi significantemente maior no grupo desnutrido (42%, 15% e 20%, respectivamente, p<0.01). A pressao arterial diastólica média±EP ajustada para idade, sexo, raça, peso, estatura e peso ao nascer foi significantemente maior em crianças desnutridas e recuperadas comparadas as controles (65,2±0,6; 66,5±1,5; e 61,8±0,8 mm Hg, respectivamente, p<0,01). A pressao sistólica média±EP também foi maior nos dois primeiros grupos comparado ao controle, embora estas diferenças nao tenham sido estatisticamente significantes (98.7±1.0, 99.4±2.2 e 96.4±1.2 mm Hg) Conclusao: Nossos dados enfatizam a necessidade de se controlar a PA de crianças desnutridas. A pressao arterial está aumentada em crianças desnutridas e naquelas recuperadas da desnutriçao após um período médio de 6 anos. Desnutriçao, nao somente intra-útero, mas também durante a infância, pode representar um fator de risco para aumento da pressao arterial na vida adulta. Políticas públicas de combate a desnutriçao em crianças podem ter impacto na morbidade e mortalidade relacionadas a hipertensao arterial na vida adulta.


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DISTRIBUIÇAO DOS VALORES PRESSORICOS EM ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DE ESCOLAS PUBLICAS E PRIVADAS DE SOROCABA, SP

ALMEIDA, F. A.; BUTTROS, D.; ALBERTINI, C. M.; SIMIS, T.; HARRIS, D.; ALMEIDA, J. P.; MIYASATO, T.; KONIGSFELD, H.; MACHADO, L. M. O.; MADEIRA NETO, N.; RODRIGUES, C. I. S.

DISICPLINA DE NEFROLOGIA – FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS DE SOROCABA – PUC/SP.

A prevalência de hipertensao arterial aumenta com a idade e fatores de risco como obesidade e sedentarismo sao importantes determinantes em indivíduos mais jovens. Já havíamos relatado a alta prevalência de hipertensao arterial em alunos do ensino médio de Sorocaba, SP (Braz. J. Nephrol. (J. Bras. Nefrol.) 2003; 25:179). Método: Este é um trabalho comunitário no qual estudantes de medicina fazem palestras para alunos do ensino médio como forma de estimular hábitos de vida saudáveis e de prevençao primária da hipertensao arterial. Ao final das palestras determinamos a pressao arterial (PA), peso e altura e realizamos um inquérito epidemiológico para avaliaçao dos fatores de risco para hipertensao arterial. Neste estudo comparamos estes dados e alguns parâmetros sócio-econômicos em alunos do ensino médio de escolas públicas e privadas. Resultados: Nao observamos diferenças significantes entre os alunos das escolas privadas (n=137) e públicas (n=143) quanto à idade (16,3±0,6 vs 16,7±0,7 anos, média±DP), sexo (45% masculinos vs 44 masculinos), IMC (20,8±3,7 vs 20,8±2,9 Kg/m2) e proporçao de fumantes (5,8% vs 5,6%). A média da PA sistólica foi maior nos alunos das escolas públicas (113,6±13,9 vs 117,4±14 mmHg, p=0,02), mas a PA diastólica nao foi diferente (74,6±11,3 vs 75,8±11,2 mmHg). A prevalência de PA > 140/90 mmHg nos alunos das escolas públicas (10,3%) nao diferiu das privadas (8,7%). Descendentes afro-brasileiros só estavam presentes nas escolas públicas (n=15) e seus parâmetros pressóricos e demográficos nao diferiu dos caucasianos. Mesmo retirando os afro-brasileiros da análise, ainda assim os indivíduos das escolas públicas mantiveram valores de pressao sistólica mais elevados (117,0±12,7 mmHg, p=0,05). A proporçao de alunos com trabalho regular além do escolar foi maior nas escolas públicas (26%) que nas privadas (6,5%). Pressao arterial e IMC apresentaram correlaçao positiva em ambos, porém mais forte entre os alunos das escolas públicas (r=0,30vs r=0,39). Conclusoes: Os alunos de ensino médio das escolas públicas trabalham regularmente em maior proporçao e apresentam maiores níveis de pressao sistólica. O principal determinante dos valores pressóricos elevados em ambos os grupos é o IMC.


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DOENÇA RENAL PARENQUIMATOSA E ARTERITE DE TAKAYASU: UMA RARA ASSOCIAÇAO

ALEXANDRE, C. S.; SOUZA, A. C. C. P. PRAXEDES, J. N.

HOSPITAL DAS CLINICAS DA FMUSP.

Introduçao: Hipertensao arterial em paciente jovem com sintomas sistêmicos e infecçoes urinárias de repetiçao sugere hipertensao secundária, embora a associaçao de arterites com doença de refluxo nao tenha ainda sido descrita. Relato do Caso: P.L.F., 25 a, feminina. Aos 21 anos procurou assistência médica por quadro de ITU’s de repetiçao com início aos 15 anos. Na ocasiao, apresentava PA=210x170mmHg e foi realizado diagnóstico clínico de Arterite de Takayasu com introduçao de corticoterapia e anti-hipertensivos. Em 2003 foi encaminhada ao HC-FMUSP por controle inadequado dos níveis pressóricos e perda de funçao renal. Exames: Urina I normal, Cr sérica 1,1mg/dL, Uréia 50mg/dL,ClCr 61,7ml/min; VHS 75mm e PCR 109mcg/ml. USG: Rim E = 5,0cm, rim D = 12,5 cm. UCM: RVU grau V à E; sem refluxo à D. Arteriografia Renal: Oclusao artéria renal E e artéria renal D com irregularidades parietais difusas e estenose de ramo segmentar inferior da artéria renal D. Foi submetida a nefrectomia E e angioplastia com balao da segmentar, atingindo bom controle pressórico. Fez uso de prednisona por 6 meses com posterior retirada. Em jan/2004 reinternou por HAS de difícil controle e piora da funçao renal (Cr=1,5mg/dl) relatando diversos episódios de ITU neste período. Nao havia evidências de atividade inflamatória. Nova UCM sem evidências de RVU no rim remanescente. Angio RNM: estenose severa a cerca de 1,5cm da emergência da artéria renal D, sendo realizada arteriografia e angioplastia com sucesso. Após procedimento evolui com recuperaçao da funçao renal e bom controle pressórico. Conclusao: Nao há relato na literatura médica atual da associaçao entre Arterite de Takayasu e doença renal parenquimatosa por refluxo vésico-ureteral, o que motivou este relato, embora provavelmente trate-se de uma associaçao fortuita. Outro dado importante é a significância da estenose segmentar da artéria renal como causa de hipertensao arterial secundária e seu caráter recidivante, que tem crescido em número de estudos.


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EFEITO DA INJEÇAO INTRACEREBROVENTRICULAR DE INSULINA NA EXCREÇAO URINARIA DE SODIO EM RATOS ESPONTANEAMENTE HIPERTENSOS

MENEGON, L. F.; TONELLI FILHO, J. R.; ALMEIDA, A. R.; GONTIJO, J. A. R.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS.

Introduçao: há correlaçao entre situaçoes de hiperinsulinemia por resistência periférica à açao da insulina, como obesidade e diabetes mellitus tipo 2, e hipertensao arterial sistêmica. Os efeitos da insulina na regulaçao pressórica tem sido estudados. Injeçao intracerebroventricular (i.c.v.) aguda de insulina promove natriurese. Neste estudo foi avaliado o efeito da insulina i.c.v. sobre a manipulaçao renal de sódio em ratos espontaneamente hipertensos (SHR), que apresentam resistência periférica à açao da insulina. Métodos: ratos SHR e seus controles genéticos (WKY), foram submetidos à injeçao i.c.v. de 3 µl de insulina regular humana (300mU). Clearance de lítio (CLi) e de creatinina (CCr) estimaram a manipulaçao renal de sódio e a filtraçao glomerular (TFG), respectivamente, por 30 minutos antes (tempo basal) e 120 minutos após (tempo experimental) a administraçao de insulina. Fraçao de excreçao total (FENa+) e pós-proximal (FEPPNa+) de sódio, bem como de potássio (FEK+) foram calculadas. Resultados: dados sao apresentados como Δ% do tempo experimental em relaçao ao tempo controle e expressos como média ± DP. ANOVA utilizada para análise estatística entre grupos, com p<0.05 considerado significante.

Conclusao: injeçao i.c.v. aguda de insulina promoveu natriurese, significativamente menor nos ratos SHR, devido à menor excreçao de sódio pelos segmentos pós-proximais do néfron. Estes dados sugerem resistência à açao natriurética da insulina em sistema nervoso central de ratos SHR.


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ESTUDO COMPARATIVO ENTRE CINTILOGRAFIA RENAL COM CAPTOPRIL E COM ASPIRINA NO DIAGNOSTICO DE HIPERTENSAO RENOVASCULAR

ALEXANDRE, C. S.; SOUZA, A. C. C. P.; TATTI, M.; SANTELLO, J. L.; PRAXEDES, J. N.

HOSPITAL DAS CLINICAS DA FMUSP.

Introduçao: As prostaglandinas desempenham importante papel na fisiologia renal e no desenvolvimento da hipertensao renovascular (HRV), através de sua açao sobre a arteríola aferente. A Cintilografia Renal com captopril é utilizada rotineiramente na investigaçao nao invasiva da HRV devido à açao deste fármaco na arteríola eferente. Estudos recentes têm sugerido que a Cintilografia Renal com Aspirina seria tao eficaz quanto a Cintilografia Renal com Captopril na detecçao da HRV. O uso do AAS estaria indicado naqueles pacientes com alguma alteraçao da funçao renal e tendência à hipercalemia. Assim como naqueles pacientes que vêm em uso de inibidores da ECA, beta-bloqueadores ou outras medicaçoes que possam interferir no sistema renina angiotensina aldosterona. A associaçao do AAS ao captopril poderia melhorar a eficiência deste método diagnóstico pela açao simultânea sobre as arteríolas aferente e eferente. O objetivo deste estudo é realizar análise comparativa entre os resultados de Cintilografias Renais com AAS, com Captopril e com associaçao destas duas drogas em pacientes com suspeita de HRV. Materiais e Métodos: Quatro pacientes com idade entre 26 e 63 anos, sexo feminino, portadoras de HAS, foram submetidas a Cintilografia Renal basal, Cintilografia com Captopril, Cintilografia com AAS e Cintilografia com Captopril +AAS. As doses utilizadas foram, respectivamente, 50mg VO e 20mg/Kg de peso VO 1 hora antes administraçao endovenosa de 99mTc-DTPA. Resultados Preliminares Apenas uma paciente apresentou critérios cintilográficos de HRV com reduçao discreta da captaçao nos 2/3 superiores do RE. Neste caso a Cintilografia Renal com AAS foi tao eficaz quanto a Cintilografia Renal com Captopril porém a associaçao das duas drogas nao mostrou nenhum benefício. O número reduzido de pacientes é insuficiente para evidências mais claras e um maior número de pacientes investigados com este método faz-se necessário.


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ESTUDO DUPLO-CEGO, RANDOMIZADO E PLACEBO-CONTROLADO DO USO DA FLUVASTATINA EM HIPERTENSOS: IMPACTO SOBRE A FUNçaO ENDOTELIAL E MASSA VENTRICULAR ESQUERDA

BATISTA, M. C.; BUFFANI, A.; KOHLMANN JR, O.; ZANELLA, M. T.; RIBEIRO, A. B.; TAVARES, A.

DISCIPLINA DE NEFROLOGIA – UNIFESP.

Introduçao: A interaçao entre HAS e dislipidemia ocasiona incremento exponencial na ocorrência de doença coronariana (DAC). O pleiotropismo atribuído ao uso das estatinas pode atenuar a ocorrência de tal evento .Objetivo- Analisar impacto da fluvastatina sobre a funçao endotelial e massa ventricular esquerda em hipertensos tratados.Métodos: Estudo randomizado, duplo-cego e placebo-controlado do uso da fluvastatina em 39 pacientes hipertensos tratados de maneira escalonada (enalapril/hidroclorotiazida) em período de um ano. Aferida funçao endotelial (US doppler), parâmetros ecocardiográficos e perfil lipídico à randomizaçao e após um ano. Resultado: A randomizaçao, comparados ao grupo placebo (20 pacientes – Grupo P), os 19 pacientes tratados com fluvastatina (Grupo F) apresentavam mesma idade (51+8 vs 51+9 anos, p=ns), circunferência cintura (91+11 vs 89+8 cm,p=ns), LDL (161+38 vs 165+32 mg/dL,p=ns), triglicérides (187+174 vs 195+148 mg/dL, p=ns), HDL (51+12 vs 44+13 mg/dL,p=ns), IMVE (116+23 vs 100+37g/m2,p=ns), diâmetro diastólico da artéria radial na fase endotélio dependente (DDED) (153+264 vs 152+372 mm,p=ns) bem como a mesma proporçao entre homens e mulheres. O número e a dose de anti-hipertensivos utilizados nao diferiu entre os grupos (X2=ns). Ao final de um ano, comparado ao grupo P, o grupo F apresentou maior reduçao no IMVE (100+23 vs 82+15g/m2, p=0,01), maior incremento do DDED (62+201 vs 385+549 mm, p=0,02) além da maior reduçao no LDL (155+27 vs 127+30 mg/dL, p=0,008). O modelo de regressao linear múltipla utilizando a DDED como variável dependente e PAS, PAD, Fumo, Cintura, Glicemia, Insulinemia, IMVE, Idade e o tratamento hipolipemiante como variáveis independentes demonstrou que somente o uso da fluvastatina foi preditor do DDED (p=0,02). Conclusao: A utilizaçao de fluvastatina em pacientes hipertensos tratados resultou em reduçao adicional da IMVE bem como melhora da funçao endotelial. Efeito pleitrópico da fluvastatina pode ser aventado como responsável pelos resultados observados.


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HIPERTENSAO ARTERIAL RENOVASCULAR BILATERAL: EVOLUÇAO APOS STENT

AYELLO, A. M. DOUVERNY, J. B.; SANTOS, D. R.

FACULDADE DE MEDICINA DO ABC.

Introduçao: Hipertensao renovascular (HRV) é uma forma de hipertensao secundária à estenose uni- ou bilateral da artéria renal ou de seus ramos principais, desencadeada e mantida por isquemia do tecido renal. Métodos: Relato de Caso – VBR, 52 anos, pardo, casado, pedreiro, natural de Feira de Santana – BA, procedente de Santo André – SP. Há 5 anos com história de hipertensao arterial sistêmica de difícil controle (PAS >180mmHg; PAD >120mmHg), mesmo em uso de 5 antihipertensivos em dose máxima, sendo encaminhado à nefrologia. A avaliaçao inicial demonstrou funçao renal normal (creatinina 0,9 mg/dl), urinálise sem alteraçoes, renina sérica aumentada (0,81 mcg/dl; VN: 0,3-0,7 mcg/dl); aldosterona sérica (27 ng/dl), cortisol sérico (18 mcg/dl) e catecolaminas totais na urina de 24h (233 mcg/dl) normais. A ultrassonografia de rins e vias urinárias: Rim Direito (RD) 99x40mm; Rim Esquerdo (RE) 104x65mm. Suspeitou-se de HRV, fazendo-se na seqüência cronológica: Doppler de artérias renais: Artéria Renal Direita (ARD) fluxo turbulento, com pico de velocidade de fluxo renal de 196 cm/s; Artéria Renal Esquerda (ARE) fluxo turbulento, com pico de velocidade de fluxo renal de 261 cm/s; Cintilografia renal com DTPA com teste do captopril: funçao glomerular global preservada, com intermediária probabilidade de HRV, funçao renal – RD 43%, RE 57%; Arteriografia renal bilateral: ARD estenose 90% proximal, ARE 50% proximal e estenose ostial de 70% em cada ramo da bifurcaçao. Resultados: Colocado stent em ARD e, 2 meses após, em ARE. O paciente evoluiu com controle pressórico (PAS 130mmHg e PAD 85mmHg), em uso de apenas 2 antihipertensivos em dose máxima e mantém funçao renal normal (creatinina 1,2 mg/dl) após 4 anos da avaliaçao inicial e após 1 ano das revascularizaçoes. Conclusao: O diagnóstico e tratamento (revascularizaçao) precoces da HRV possibilitam melhor controle da PA, com conseqüente preservaçao de órgaos-alvos, como o rim.


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HIPERTENSAO ARTERIAL SISTEMICA (HAS) EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

ANDRADE, L.C.F,; MÜNCH, E.C.S.M,; PINTO, P.S,; SA, M.G,; SILVA, F.J,; PAULA, ;RB.

NUCLEO INTERDISCIPLINAR DE ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA / FACULDADE DE MEDICINA DA UFJF.

Introduçao. A HAS predomina em adultos e sua prevalência em crianças e adolescentes é pequena e variável, sendo estimada em 0,8 a 9%. Objetivo. Estudar as características epidemiológicas da HAS em crianças e adolescentes normais e assintomáticos, oriundos da rede escolar de Juiz de Fora (MG). Material e Método. Considerou-se um total de 69 296 indivíduos com idade entre 07 e 15 anos, assintomáticos e tidos como normais, estudantes da rede pública e privada de Juiz de Fora (MG), lotados em 180 escolas. 923 alunos de 13 diferentes escolas, sorteadas segundo critérios de localizaçao, condiçoes socioeconômicas e número de alunos, de modo a obter amostras homogêneas de diferentes regioes da cidade, participaram do estudo espontaneamente e com a autorizaçao dos responsáveis. Resultados: 617 (56%) eram do sexo feminino e 664 (72%) brancos, 16 (1,7%) apresentaram níveis de pressao arterial (PA) acima do percentil 95, compatível com aqueles encontrados na HAS nesta faixa etária. 11/16 eram do sexo masculino e todos brancos. O nível pressórico destes 16 alunos foi estatisticamente maior do que o restante (907), (133,5 +/- 7,4/ 74,38 +/- 9,02 X 102,7 +/- 23,1/63,2 +/- 9,3 mmHg, p< 0,05). A presença de baixo peso corporal ao nascer, antecedentes familiares de HA, diabete melito e sobrepeso (IMC > 20 kg/m2) nao foram associados à maior prevalência da HAS. Conclusoes: 1)_A PA acima do percentil 95 foi detectada em 1,7% dos 923 alunos estudados; 2) A HA nao se correlacionou com a presença de baixo peso corporal ao nascer, nem com antecedentes familiares positivos para HA e diabete melito e sobrepeso.


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HORMONIOS ESTEROIDES E OXIDO NITRICO EM PRIMIGESTAS NORMAIS COM SINDROME DE PRÉ-ECLAMPSIA

COSTA, B. E. P.; FIGUEIREDO, C. E. P. OGANDO, P.; SOUZA, R. S.; FRIDMAN, F. Z.

PROGRAMA DE POS-GRADUAÇAO EM MEDICINA E CIENCIAS DA SAUDE (NEFROLOGIA) IPB/HSL/ FAMED/ PUCRS.

Introduçao: A pré-eclâmpsia é uma desordem hipertensiva gestacional sendo uma das principais causas de morbi-mortalidade materna e fetal, sendo sua etiologia ainda desconhecida. Objetivo: avaliar o óxido nítrico plasmático, através de seus metabólitos nitritos e nitratos, e os hormônios sexuais estradiol e progesterona em gestantes primigestas normais (GN) e com pré-eclâmpsia (PE). Métodos: Pré-eclâmpsia é definida como o desenvolvimento de hipertensao (pressao arterial >139/89mmHg) e proteinúria patológica (>299mg/24horas) após a vigésima semana gestacional, segundo definiçao do National High Blood Pressure Education Program Working Group on High Blood Pregnancy. Os metabólitos do óxido nítrico (NOx) foram mensurados por quimioluminescência através do Nitric Oxide Analyzer (280/sievers). Os hormônios esteróides foram dosados por radioimunoensaio com contagem no GAMA C12. Ambas as dosagens foram realizadas no Laboratório de Nefrologia do IPB/HSL-PUCRS. Os resultados foram expressos em média e desvio padrao. A análise estatística foi realizada pelo teste t de Student. Resulatdos: Foram analisadas 60 amostras de plasma de gestantes primigestas, das quais 30 eram de pacientes com PE e 30 GN. A concentraçao média de NOx (micromol/L)foi semelhante nos dois grupos (PE: 13,8+7,6; GN 13,3+7,8; p=0,85), bem como a concentraçao de progesterona (ng/mL) (PE: 574+227; GN 641+358; p=0,43) e estradiol (ng/mL) (PE: 30,4+19; GN 32,6+16,6; p=0,80). Conclusao: A amostra analisada nao mostrou diferença entre os metabólitos do óxido nítrico e os hormônios esteróides dos dois grupos analisados. Apoio: CNPq, FAPERGS, SCT-RS, PUCRS


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IDENTIFICAÇAO DE UMA SECRETASE RESPONSAVEL PELA FORMAÇAO DE NOVAS ISOFORMAS N-DOMINIO DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA I NA CÉLULA MESANGIAL

EBIHARA, F. JULIANO, L.; JULIANO, M. A.; CASARINI, D. E.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SAO PAULO.

A enzima conversora de angiotensina I (ECA) é uma zincometaloprotease com açoes importantes na patogênese de várias doenças cardiovasculares. Recentemente, detectou-se na urina humana de pacientes hipertensos uma isoforma da ECA N-domínio apresentando 90 kDa, sendo descrita como possível marcador genético de hipertensao. O estudo desta nova isoforma incluiu também a detecçao de outra enzima N-domínio de 65 kDa, presente tanto em pacientes hipertensos como em indivíduos normotensos. Além da urina humana, os estudos envolveram células mesangiais, tecidos e urina de ratos. Sugere-se que mecanismos de solubilizaçao da ECA somática possam estar envolvidos na formaçao destas isoformas, por liberaçao proteolítica, com envolvimento de uma secretase, ou por splicing alternativo do RNAm. O objetivo deste trabalho foi verificar se existe a açao de uma enzima que poderia estar gerando essas novas isoformas. Neste estudo, iniciamos com a construçao de substratos fluorogênicos com clivagens específicas da ECA somática, conhecendo-se as seqüências C-terminal das isoformas N-domínio. Foi detectada atividade enzimática em células mesangiais sobre o subtrato Abz-EYQWHPPLPDNYQ-EDDnp. A purificaçao em gel filtraçao revelou um pico único de atividade, demonstrando a existência de uma secretase. Foram realizados estudos de inibiçao e caracterizaçao da enzima. Uma destas isoformas apresentadas é gerada por açao de uma secretase. Estudos posteriores poderao esclarecer se as diferenças encontradas entre indivíduos (e/ou ratos) normais e hipertensos se devem ao gene da própria ECA, ou se existiria uma outra enzima, que por sua vez estaria sendo regulada por um gene relacionado à hipertensao.


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INFLUENCIA DA HISTORIA FAMILIAR DE HIPERTENSAO ARTERIAL EM NORMOTENSOS E A PRESSAO ARTERIAL, PERFIS METABOLICO E HORMONAL E A MASSA VENTRICULAR ESQUERDA

BATISTA, M. C.; TAVARES, A.; RODRIGUES, C. J. O.; KOHLMANN JR, O.; ZANELLA, M. T.; RIBEIRO, A. B.

DISCIPLINA DE NEFROLOGIA – UNVERSIDADE FEDERAL DE SAO PAULO.

Objetivos: com o propósito de se observar a influência da história familiar de hipertensao arterial em normotensos, sobre a pressao arterial (PA), perfis lipídico, glicídico, hormonal e a massa de ventrículo esquerdo (MVE), estudamos 19 indivíduos normotensos com história familiar de hipertensao arterial (HF+) e 37 normotensos sem história familiar de hipertensao arterial (HF-). Métodos: todos os participantes submeteram-se a um teste ergométrico, monitorizaçao ambulatorial da pressao arterial (MAPA), ecocardiograma, teste oral de tolerância à glicose, lípides séricos, catecolaminas plasmáticas e atividade plasmática de renina (APR). Resultados: ambos os grupos HF+ e HF- apresentaram níveis semelhantes do índice de massa corpórea (IMC) (26+3 vs 26+2), PA em repouso e perfil da MAPA. Da mesma maneira, os valores de colesterol total, das fraçoes LDL e HDL, as áreas sob as curvas de glicose e insulina e os níveis plasmáticos de catecolaminas e APR foram similares entre os grupos. O grupo HF+ apresentou pressao arterial sistólica máxima (PASM), ao teste ergométrico, menor do que o grupo HF- (161+12 vs 172+20mmHg; p<0,05), no entanto apresentou maior IMVE (91+32vs78+17g/m2; p<0,05), independente da idade. Observamos ainda correlaçoes positivas no grupo HF- entre IMVE e PA sistólica das 24hs, PA diastólica das 24hs e PASM, o que nao ocorreu no grupo HF+. Nao houve correlaçoes entre IMVE e os perfis lipídico, glicídico ou hormonal em nenhum dos grupos. Conclusoes: esses dados sugerem que aumentos na massa do ventrículo esquerdo de indivíduos normotensos, com história familiar de hipertensao arterial, precedem a elevaçao da pressao arterial e, consequentemente, apresentam outros mecanismos de hipertrofia cardíaca.


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INFLUENCIA DA RAÇA NOS ESTAGIOS DA HIPERTENSAO ARTERIAL EM PACIENTES ATENDIDOS NA LIGA DE HIPERTENSAO ARTERIAL – HUUFMA

FIGUEIREDO NETO, J. A.; SILVA, R. D. L.; CARVALHO, T. B.; OLIVEIRA, I. A.; FERREIRA, B. M. C.; LIMA, A. J. A.; CARNEIRO NETO, J. D.; PORTO, J. A.; SALGADO FILHO, N.

LIGA ACADEMICA DE HIPERTENSAO ARTERIAL – HOSPITAL UNIVERSITARIO PRESIDENTE DUTRA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHAO.

Introduçao: A hipertensao arterial é considerada um problema de Saúde Pública por sua magnitude, risco e dificuldade de seu controle. Estudos mostram que a doença é mais freqüente em negros que em brancos e as diferenças sao maiores para as formas mais graves e complicaçoes relacionadas a doença, particularmente insuficiência renal crônica, acidente vascular cerebral e hipertrofia ventricular esquerda. Objetivo: Evidenciar o perfil étnico com ênfase nos estágios da hipertensao arterial do Hospital Universitário Presidente Dutra, Sao Luís – MA. Material e Métodos: B u sca ativa dos prontuários nos arquivos da liga de hipertensao arterial, preenchidos segundo a ficha protocolo da Sociedade Brasileira de Hipertensao para as ligas acadêmicas, seguida de análise estatística descritiva com o auxílio do software Epi Info 2002, utilizando o teste exato de Fisher. Resultados: Na pesquisa foram revisados 178 prontuários de pacientes em tratamento, com 64% deles pertencentes ao sexo feminino. Quanto à faixa etária, a média foi de 57,97 + 13 anos. A distribuiçao segundo a raça e estágios da doença hipertensiva deu-se da seguinte forma: 37,7% de mestiços, destes 30,2% enquadrados no estágio I, 16,3% no estágio II, 23,3% no terceiro estágio e 4,7% considerados limítrofes, além de 25,6% com hipertensao sistólica isolada; 35,1% de negros, e a maioria (30%) com hipertensao grau I, 25% no estágio II, 22,5% com estágio III, 2,5% limítrofes e 12,5% com níveis de sistólica isolada; finalmente, 27,2% dos pacientes atendidos sao brancos, e com maior parte (32,4%) pertencentes também ao estágio I, seguido de 25% no estágio II, 22,5% com estágio III, 2,5% sendo limítrofes e 9,7% com sistólica isolada. Relacionando- se as raças branca e negra, e branca e mestiça entre os estágios I e II, II e III da doença hipertensiva, encontrou-se diferença estatisticamente significante (respectivamente, p=0,0009 e p=0,005). Conclusao: A hipertensao arterial mostrou ligeira predominância entre mestiços, seguidos da raça negra; quanto aos estágios, o comportamento da hipertensao foi semelhante nos diferentes grupos étnicos, refletindo indicadores de baixa morbidade, entretanto, a doença mostrou-se mais grave, com estágios mais avançados na raça negra e mestiça do que na raça branca.


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LIMIAR DE SENSIBILIDADE GUSTATIVA AO SAL E VARIAÇAO DA PRESSAO ARTERIAL NA MONITORIZAÇAO AMBULATORIAL DA PRESSAO ARTERIAL

ANTONELLO, I. C. F.; CARVALHO, D. M.; SANTOS, G.; CARVALHO, E. M.

PROGRAMA DE POS-GRADUAÇAO EM MEDICINA E CIENCIAS DA SAUDE NEFROLOGIA, LABORATORIO DE NEFROLOGIA-IPB, PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DO RIO GRANDE DO SUL.

Introduçao: A hipertensao arterial sistêmica (HA) é uma situaçao cuja etiologia envolve vários mecanismos, como hereditariedade e fatores ambientais. Entre estes, merece atençao a ingesta de sal. Limiar de sensibilidade gustativa ao sal(LSGS) é uma característica herdada e talvez modificada pelo ambiente. Esta característica pode refletir-se na quantidade de sal ingerido, que possui relevância para um grupo especial de hipertensos – os sal-sensíveis. Este estudo visou avaliar associaçao entre LSGS de indivíduos sem diagnóstico de HA e os parâmetros de pressao arterial (PA) casual, as médias de PA, carga pressórica, descenso do sono, variabilidade da PA , presença de ascendente matinal de PA e picos de pressao em 24 horas. Método: Para avaliar às variáveis propostas utilizou-se a monitorizaçao ambulatorial da PA (MAPA) nas 24 horas. A MAPA é um método automático de medida indireta e intermitente da PA. Os indivíduos foram informados sobre os procedimentos aos quais seriam submetidos, exceto a natureza da soluçao proposta, assinando um termo de esclarecimento informado. Foram usadas soluçoes de cloreto de sódio em concentraçoes crescentes na ponta da língua do paciente, até se descobrir o limiar de reconhecimento ao NaCl. Resultados: Abordados 85 indivíduos, 65 excluídos do estudo por uso de substâncias que interferiam no LSGS, por já terem diagnóstico de HA ou por nao aceitarem participar. Doze dos 20 pacientes incluídos possuíam LSGS normal e oito possuíam LSGS aumentada. Nao houve diferença significativa para idade, cor, sexo, índice de massa corporal e uso de álcool. Das variáveis do MAPA os dois grupos se diferenciaram para o descenso do sono diastólico ( 8,3% x 22% ) e carga pressórica diastólica ( 25% x 37,5% ). Conclusao: Concluímos. neste estudo e sob as condiçoes expostas, que indivíduos sem diagnóstico de HA e com LSGS aumentado foram em maior número para variáveis relacionadas a pressao arterial diastólica.


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MICOFENOLATO MOFETIL NA ARTERITE DE TAKAYASU: RELATO DE CASO

ALEXANDRE, C. S.; SOUZA, A. C. C. P. PRAXEDES, J. N.

HOSPITAL DAS CLINICAS DA FMUSP.

Introduçao: A Arterite de Takayasu (AT) é uma doença vascular inflamatória crônica que acomete grandes vasos. A corticoterapia sistêmica é a primeira opçao de tratamento e diminui a progressao da doença em até 75% das vezes. Pouco mais da metade dos portadores da AT necessitam da associaçao de imunossupressor à terapêutica inicial mas apenas 1/3 terao resposta favorável e a eficácia destas drogas ainda nao foi testada em estudos controlados. Relato de Caso: C.L.M.D., 26 a, F, negra. Paciente com diagnóstico de AT em 2003 em acompanhamento no Serviço de Reumatologia do HCFMUSP. Fazia uso de prednisona 1mg/Kg/dia e foi encaminhada à Nefrologia em meados 2004 por hipertensao arterial de difícil controle e perda de funçao renal (Cr no momento 1,3mg/dL). Exames: VSG=88mm e Proteína C Reativa=159 mcg/ml. Introduzido Metotrexato 10mg/semana, estando assintomática 3 meses após com provas de atividade inflamatória negativas. Evoluiu em seguida com piora dos níveis tensionais sendo admitida na enfermaria. Ao exame: RCR em 2T, B2 hiperfonética, SSFAo FC=88 bpm . PA= 210x130mmHg em MSD e 190×130 mmHg em MSE. Sopros carotídeos e supraclaviculares bilateralmente. Urina I: Sem alteraçoes.Cintilografia Renal com Captopril com déficit de concentraçao do rádiofármaco em pólo superior do rim esquerdo. AngioRMN de Artérias Renais com estenose de grandes ramos da aorta (carótidas bilateralmente, ilíacas D e E e estenose proximal rim E; RE 8,0cm e RD 10,5 cm); Arteriografia seletiva de artérias renais D e E: Artéria renal D única e pérvia; Estenose crítica de artéria segmentar superior do rim E. Nao havia condiçoes de angioplastia do ramo arterial acometido e optado iniciar Captoptril. Como paciente apresentava evidências de progressao da doença mesmo em uso altas doses corticóide e imunossupressor, decidido suspender MTX e introduzir Micofenolato Mofetil (MMF), obtendo-se melhora clínica e laboratorial. Conclusao: O MMF mostrou-se eficaz no controle do processo inflamatório neste caso de AT. Há relatos de apenas três outros casos de resposta da AT ao uso de MMF descritos na literatura médica Atual.


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O MANGUITO ”ADULTO PADRAO” É ADEQUADO PARA A MEDIDA DA PRESSAO ARTERIAL EM HOSPITAIS?

COSTA, B. E. P. ;FIGUEIREDO, C. E. P. COMPARSI, A.; OGANDO, P.; SOUZA, L.; ANTONELLO, I. C.

PROGRAMA DE POS-GRADUAÇAO EM MEDICINA E CIENCIAS DA SAUDE (NEFROLOGIA) IPB/HSL/ FAMED/ PUCRS.

Introduçao: A medida da pressao arterial é imprescindível para o diagnóstico de hipertensao arterial. Seu erro pode privar o indivíduo hipertenso dos benefícios do tratamento anti-hipertensivo, e expor o indivíduo normotenso aos riscos de um tratamento desnecessário. A regra para utilizaçao do manguito recomenda que sua largura seja 40% da circunferência do braço, e seu comprimento envolva pelo menos 80% do braço. A partir daí verificam-se os erros, pois bolsas muito estreitas em relaçao ao braço do paciente, como ocorre com os obesos, podem ocasionar leituras falsamente elevadas e o contrário ocorre em pacientes menores. Os hospitais utilizam em geral o manguito “adulto padrao” para todos os pacientes. Método: Foi medida a circunferência braquial de 70 pacientes da internaçao clínica do Hospital Sao Lucas da PUC em dois dias consecutivos. O manguito “adulto padrao” nesta unidade tem 13×24 cm, indicado para circunferência braquial de 24 a 32 cm. Resultados: Analisados 70 pacientes (35 homens e 35 mulheres), idade média de 55 anos e circunferência braquial média de 27 cm. Em 16 pacientes (22,9%) o manguito padrao nao era o adequado. Em 6 pacientes (8,6%) o manguito deveria ser maior que o padrao, e em 10 pacientes (14,3%) o manguito deveria ser menor. Conclusoes: Com a metodologia utilizada, verificou-se neste trabalho, que o manguito ”adulto padrao” está adequado para a maioria dos pacientes da internaçao clínica do Hospital Sao Lucas e em 22,9% dos pacientes a medida da pressao arterial deve ser corrigida para adequada interpretaçao dos dados. Apoio: Hospital Sao Lucas da PUCRS, PUCRS


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O TRATAMENTO COM FLUVASTATINA REDUZ A RESPOSTA DA PRESSAO ARTERIAL AO ESFORÇO FISICO MAS NAO MODIFICA PRESSAO ARTERIAL OBTIDA ATRAVÉS A MONITORIZAÇAO AMBULATORIA DA PRESSAO ARTERIAL (MAPA)

BUFFANI, A. ;TAVARES, A.; KOHLMANN JR, O.; ZANELLA, M. T.; RIBEIRO, A. B.; BATISTA, M. C.

DISCIPLINA DE NEFROLOGIA – UNIFESP.

Introduçao: A aferiçao da pressao arterial (PA) em circunstâncias diversas à PA de consultório pode melhor predizer o risco cardiovascular. Ao uso das estatinas tem sido atribuida açao pleitrópica sobre a funçao endotelial. Objetivo: Analisar impacto da fluvastatina sobre a funçao endotelial, a PA obtida durante esforço físico (EF) e a PA aferida através da MAPA em hipertensos tratados. Métodos: Estudo randomizado, duplo-cego e placebo-controlado do uso da fluvastatina em 39 pacientes hipertensos tratados de maneira escalonada (enalapril/hidroclorotiazida) em período de um ano. Método: Estudo randomizado, duplo-cego e placebo-controlado do uso da fluvastatina em 39 pacientes hipertensos tratados de maneira escalonada (enalapril/hidroclorotiazida) em período de um ano. Aferida funçao endotelial (US doppler), a PAS máxima (PASM) durante teste ergométrico (TE) e PA através da MAPA, além do perfil lipídico. Resultados- Os 20 pacientes do grupo placebo (Grupo P), apresentavam mesma idade (51±8 vs 51±9 anos, p=ns), circunferência cintura (91±11 vs 89±8 cm,p=ns), LDL (161±38 vs 165±32 mg/dL,p=ns), triglicérides (187±174 vs 195±148 mg/dL, p=ns), HDL (51±12 vs 44±13 mg/dL,p=ns), PA sistólica de 24horas (PAS24) (137±12 vs 139±14 mmHg;p=ns), PA diastólica de 24 horas (PAD24) (86±8 vs 87±11 mmHg,p=ns), PASM (187±20 vs 189±20 mmHg;p=ns) e diâmetro diastólico da artéria radial na fase endotélio dependente (DDED) (153±264 vs 152±372 mm,p=ns) que os 19 pacientes tratados com fluvastatina (Grupo F), no período da randomizaçao. O número e a dose de antihipertensivos utilizados nao diferiu entre os grupos (X2=ns). Ao final de um ano, comparado ao grupo P, o grupo F apresentou maior reduçao na PASM (192±23 vs 175±17 mmHg; p=0,02), maior incremento do DDED (62±201 vs 385±549 mm, p=0,02) além da maior reduçao no LDL (155±27 vs 127±30 mg/dL, p=0,008), respectivamente. A PAS24 (131±11 vs 126±12 mmHg;p=0,2) e a PASD24 (82±8 vs 78±7;p=0,7) nao diferiram entre os grupos estudados. Nao houve correlaçao entre a magnitude da reduçao do LDL e os parâmetros de PA do TE e da MAPA.Conclusao: A utilizaçao de fluvastatina em pacientes hipertensos tratados resultou em atenuaçao da resposta da PA ao esforço físico que pode ser atribuída a uma melhora da funçao endotelial. Tal efeito nao foi observado na PA aferida através da MAPA.


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PERFIL EPIDEMIOLOGICO DOS PACIENTES ATENDIDOS NA LIGA DE HIPERTENSAO ARTERIAL DO HOSPITAL UNIVERSITARIO PRESIDENTE DUTRA

FIGUEIREDO NETO, J. A. ;FERNANDES, G. O. S.; NUNES, L. M.; CARVALHO, T. B.; LOPES FILHO, S. O. R.; FERREIRA, B. M. C.; LIMA, A. J. A.; SILVA, R. D. L.; CARNEIRO NETO, J. D.; SALGADO FILHO, N.

LIGA ACADEMICA DE HIPERTENSAO ARTERIAL – HOSPITAL UNIVERSITARIO PRESIDENTE DUTRA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHAO.

Introduçao: A hipertensao arterial é uma das doenças crônicas mais prevalentes na populaçao mundial. Apesar de ser uma patologia de fácil diagnóstico, o manejo clínico encontra inúmeras barreiras. O surgimento das Ligas de Hipertensao tem o propósito de oferecer atendimento multidisciplinar aos hipertensos na tentativa de minimizar estas barreiras e estimular a produçao científica no que se refere à hipertensao arterial sistêmica. Objetivo: Mostrar o perfil epidemiológico dos pacientes atendidos na Liga de Hipertensao do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhao. Material e Métodos: Foram coletados dados demográficos e laboratorias de 178 pacientes em tratamento ambulatorial na Liga de Hipertensao do HU-UFMA, seguindo a ficha protocolo padronizada da Sociedade Brasileira de Hipertensao. Resultados: A idade média dos pacientes foi 57 ± 13 anos, havendo prevalência maior do sexo feminino (64%). Quanto à etnia, predominaram os negros (37,2%) e mestiços (37,2%). As médias das pressoes sistólica e diastólica foram, respectivamente, 154 ± 26 e 88,5 ± 14 mmHg. A maioria dos pacientes encontrava-se no estágio 1 (26,7%); 19,9% no estágio 2; 18,8% estágio 3; 13,1% sistólica isolada e a minoria apresentava pressao normal (14,8%) ou normal limítrofe (6,8%). Encontramos uma alta prevalência de diabetes mellitus (22%) e de hipercolesterolemia (57%). O índice de massa corporal (IMC) médio foi de 27,5 Kg/m2 ± 4,2 e 13,3% dos pacientes sao fumantes. Hiperuricemia (ácido úrico > 6mg/dL para mulheres e > 7mg/dL para homens) foi observada em 21,3% dos pacientes, enquanto 19,2% referiram ingesta regular de bebida alcoólica. Conclusao: Os resultados alcançados demonstram uma maior prevalência de fatores de risco, tais como diabetes mellitus, hiercolesterolemia, obesidade, hiperuricemia e ingesta de bebida alcoólica nos pacientes hipertensos acompanhados na Liga de Hipertensao do HU-UFMA.


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POLIMORFISMOS GENÉTICOS NA PRÉ-ECLAMPSIA

COSTA, B. E. P.; FIGUEIREDO, C. E. P. GALAO, A. O.; SOUZA, L. H.; SCHEIBE, R. M.

PROGRAMA DE POS-GRADUAÇAO EM MEDICINA E CIENCIAS DA SAUDE (NEFROLOGIA) IPB/HSL/ FAMED/ PUCRS.

Objetivo: Avaliar quatro polimorfismos genéticos em mulheres grávidas com e sem pré-eclâmpsia. Pacientes e Métodos: Foram estudadas quarenta e uma mulheres com pré-eclâmpsia e sessenta gestantes normotensas. Pré-eclâmpsia foi definida como hipertensao arterial e proteinúria patológica em mulheres grávidas depois de 20 semanas de gravidez. O DNA foi obtido de leucócitos por digestao com Proteinase K, seguida por extraçao fenólica. O genótipo da sintase do óxido nítrico endotelial (eNOS) foi determinado por amplificaçao, por reaçao em cadeia da polimerase (PCR), seguido por digestao com enzima de restriçao BanII. O polimorfismo de inserçao/deleçao no íntron 16 do gene da enzima conversora da angiotensina (ECA) foi detectado em amostras de DNA usando PCR. Para determinar o genótipo M235T do angiotensinogênio (AGT) realizamos PCR, seguido por digestao com enzima de restriçao SfaNI. O genótipo C677T da metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR) foi determinado por amplificaçao de PCR, seguido por digestao com enzima de restriçao HinfI. O teste de Qui-quadrado, t de Student e regressao logística foram usados para a análise estatística.Resultados: Nenhuma diferença estatisticamente significativa na distribuiçao dos genótipos da eNOS, ECA, AGT e MTHFR, entre pré-eclâmpticas e grávidas normotensas, foi encontrada. Os genótipos GG, GT e TT da eNOS estavam presentes em 24(58,5%), 16(39%) e 1(2,4%) das mulheres com pré-eclâmpsia e em 32(53,3%), 26(43,3%) e 2(3,3%) das gestantes normais. O genótipo II, ID e DD da ECA ocorreram em 9(22%), 19(46,3%) e 13(31,7%) nas mulheres com pré-eclâmpsia, e 13(21,7%), 30(50%) e 17(28,3%) nas gestantes normais. Genótipo MM, MT e TT do AGT estavam presentes em 8(19,5%), 25(61%) e 8(19,5%) das gestantes com pré-eclâmpsia, e 14(23,3%), 31(51,7%) e 15(25%) nas grávidas com gestaçao normal. O genótipo CC, CT, TT da MTHFR ocorreu em 19(46,3%), 22(53,7%) e 0% nas pré-eclâmpticas, e 30(50%), 27(45%) e 3(5%) nas mulheres com gestaçao normal. Também nenhuma diferença estatisticamente significativa na freqüência alélica foi detectada.Conclusoes: Nenhuma diferença na distribuiçao genotípica ou freqüência alélica foi encontrada entre pré-eclâmpsia e gestaçao normal. Os resultados nao mostraram associaçao entre os polimorfismos genéticos da eNOS, ECA, AGT e MTHFR e o desenvolvimento de pré-eclâmpsia. Fomento: FAPERGS, CAPES, CNPq, PUCRS.


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PREVALENCIA DE PACIENTES OBESOS E COM SOBREPESO EM UMA POPULAÇAO HIPERTENSA FIGUEIREDO

NETO, J. A.; CARNEIRO NETO, J. D.; LEAO, M. R. R.; ABRANTES, F. C. R.; PORTO, J. A.; SALGADO FILHO, N. FIGUEIREDO, F. P.; ROCHA, R. P. S.

LIGA ACADEMICA DE HIPERTENSAO – HOSPITAL UNIVERSITARIO PRESIDENTE DUTRA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHAO.

Introduçao: A doença cardiovascular mantém sua liderança como causa de mortalidade e, apesar da reduçao de certos fatores de risco como o tabagismo, ainda prevalecem os efeitos deletérios dos aumentos na prevalência de outros, como a obesidade, a hipertensao arterial (HA) e o diabetes mellitus. Assim, a obesidade é apontada como um dos principais fatores de risco para HA, em adultos e crianças. Estudos epidemiológicos relatam aumento de três a oito vezes na freqüência de HA em indivíduos obesos. Considerando a populaçao hipertensa, a prevalência de obesidade é consideravelmente maior quando comparada aos normotensos. Alteraçoes hemodinâmicas, como o aumento do débito cardíaco, do volume sistólico e da volemia, além de uma resistência vascular periférica “inapropriadamente” normal parecem ter açao na HA da populaçao obesa. Além disso, a deterioraçao da sensibilidade periférica à insulina, um dos componentes da síndrome metabólica, tem sido colocada como potencial contribuinte para a hipertensao em indivíduos obesos. Açoes da insulina, como a retençao renal de sódio e o estímulo da atividade simpática, corroboram para esta proposta. Objetivo: Determinar a prevalência de obesidade nos pacientes hipertensos atendidos ambulatorialmente na Liga de Hipertensao Arterial do Hospital Universitário Presidente Dutra e estratifica-los de acordo com o índice de massa corpórea (IMC). Material e Métodos: Foram avaliados retrospectivamente 178 pacientes atendidos no ambulatório da Liga de Hipertensao do Hospital Universitário Presidente Dutra no período de janeiro de 2001 a março de 2004 através de busca ativa nas fichas protocolo padrao da Sociedade Brasileira de Hipertensao para Ligas de Hipertensao seguida de análise estatística descritiva auxiliada pelo software Epi Info 2002. Definiu-se como sobrepeso pacientes com índice de massa corpórea de 25 a 29,9 e obesidade, IMC maior que 30, sendo esta dividida em grau I (IMC de 30 a 34,9), grau II (IMC de 35 a 39,9) e grau III (IMC maior ou igual a 40). Resultados: Dos pacientes analisados, 64% eram do sexo feminino e a média de idade foi de 57,9 ± 13,2 anos. A distribuiçao segundo o Indice de massa corpórea deu-se da seguinte forma: 29,2% apresentaram peso normal; 44,8% sobrepeso e 26% obesos (22,4% grau I, 3,6% grau II e 0,6% grau III). Dos pacientes com IMC acima de 25 (sobrepesos e obesos), 68,6% eram hipertensos (26,3%, 22% e 20,3% com estágios 1, 2 e 3 respectivamente) com 13,6% mantendo-se nos níveis pressóricos na faixa de normalidade e 11,9% com hipertensao sistólica isolada. Conclusao: A obesidade foi um achado freqüente no presente estudo, dados compatíveis com a literatura, já que a obesidade é um fator de risco para a hipertensao arterial.


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PROTEINURIA NEFROTICA SECUNDARIA A HIPERTENSAO ARTERIAL SISTEMICA, EVOLUÇAO DE 6 ANOS

AYELLO, A. M. DOUVERNY, J. B.; MOURA, L. A. R.; SANTOS, D. R.

FACULDADE DE MEDICINA DO ABC.

Introduçao: A proteinúria é decorrente de lesao glomerular ou tubular. Em termos quantitativos, exceto nos casos de mieloma múltiplo, nos quais a quantidade de cadeias leves geralmente ultrapassa 3,5g, esses níveis sao considerados como característicos de doença glomerular. Nao é comum a correlaçao de proteinúria nefrótica com nefroesclerose. Métodos: Ralato de Caso – OG, 68 anos, branco, casado, aposentado, natural e procedente de Sao Bernardo do Campo – SP. Paciente foi encaminhado à nefrologia com antecedente de hipertensao arterial sistêmica (HAS) controlada, diagnosticada há 3 anos, déficit de funçao renal (creatinina 1,6 mg/dl) e proteinúria. A investigaçao inicial mostrou proteinúria em níveis nefróticos (7,4; 5,1; 7,6 g/24h). Foi investigado quanto às causas secundárias de lesao glomerular, sendo descartados hepatites B e C, HIV, neoplasia, lupus eritematoso sistêmico, crioglobulinemia, esquistossomose e vasculite sistêmica. Optou-se entao por biópsia renal para esclarecimento etiológico. Resultados: A biópsia renal foi constatado: hipertrofia glomerular moderada com áreas de esclerose segmentar e sinéquias focais (esclerose glomerular global: 5/14); atrofia tubular multi-focal com fibrose intersticial moderada e arterioloesclerose hialina. As alteraçoes glomerulares observadas foram interpretadas como adaptativas (hipertrofia compensatória por perda de parênquima renal com glomeruloesclerose secundária). As lesoes vasculares sao compatíveis com as observadas em estados de HAS. A imunofluorescência foi negativa. O paciente evoluiu, em 6 anos de acompanhamento, com funçao renal estável (creatinina atual 2,1 mg/dl) e atualmente sem proteinúria, em uso de antagonista dos receptores da angiotensina II. Conclusao: A proteinúria nefrótica deve ser investigada quanto à etiologia glomerular para esclarecer as causas secundárias e o diagnóstico anátomopatológico. Apesar de incomum, nefroesclerose como causa de proteinúria nefrótica deve ser lembrada como diagnóstico diferencial.


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RELAÇAO ENTRE A EXPRESSAO/SINTESE DAS ISOFORMAS DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA I E O QUADRO DE DESNUTRIÇAO NA INFANCIA

FEBBA, A. C. S.1; ALBUQUERQUE, M. P.1, 2; OLIVEIRA, R. D.1, 2; RONCHI, F. A.1; SAWAYA, A. L.1, 2; SESSO, R. C. C.1; CASARINI, D. E.1

1. DEPARTAMENTO DE MEDICINA, DISCIPLINA DE NEFROLOGIA.
2. CREN DA UNIFESP, SaO PAULO, SP.

Introduçao: A enzima conversora da angiotensina (ECA), converte a angiotensina I em angiotensina II e inativa a bradicinina. Três tipos de ECA existem: ECA somática, possuindo dois sítios ativos N e C- terminal; ECA germinal, igual a porçao C-terminal da ECA endotelial; ECA N- domínio, encontrada em urina humana e em fluído ileal, similar a porçao N-terminal da ECA somática . Estudos de nosso grupo descreveram três diferentes isoformas da ECA com massas moleculares de 65, 90 e 190 kDa, sendo a isoforma de 90 kDa descrita como um forte marcador biológico para a hipertensao arterial. Estudos revelam que indivíduos hipertensos, ou ainda normotensos, mas com predisposiçao a desenvolver pressao alta (histórico familiar de hipertensao, HF), sempre carregam essa isoforma na urina; já, indivíduos normotensos sem HF de hipertensao, nao apresentam esta forma da enzima. O objetivo deste projeto foi estudar a associaçao das isoformas ECA, em especial a isoforma de 90 kDa, um possível marcador genético de hipertensao, com a desnutriçao na infância e ainda, a relaçao entre a expressao/síntese desse marcador e a hipertensao na infância decorrente do quadro de desnutriçao. Métodos: Foram estudadas crianças desnutridas (Zscore peso/idade e /ou estatura/idade <1) com idades variando de 4 a 5 anos atendidas no Centro de Recuperaçao Nutricional da Unifesp e crianças controle (Z-scores entre 0 e +2) da mesma faixa etária e moradoras da mesma regiao. As urinas coletadas foram concentradas, dialisadas em concentrador Amicon com tampao Tris/HCl 0,05M mais NaCl 0,15M, pH 8,0 e tiveram a atividade enzimática da ECA determinada fluorimetricamente, utilizando-se Z-Phe-His-Leu (Z-Phe-HL) e Hipuril-His-Leu (HHL) como substratos. Resultados: Verificamos que a atividade enzimática usando como substrato Z-Phe-HL (para isoforma N-Domínio) é maior quando comparada à determinada para o substrato HHL (para isoforma C-Domínio), tanto para as crianças desnutridas como para as normais com idades entre 4 e 5 anos, perfil que repete-se quando a atividade foi corrigida pela creatinina. Porém, ao analisarmos a razao Z-Phe- HL/HHL comparando-se os dois grupos acima citados, verificamos que esta razao é maior nas crianças desnutridas com 4 e 5 anos (1,76 e 2,73, respectivamente) quando comparada aos controles com as mesmas idades (1,38 e 1,66, respectivamente). Conclusao: Sugere-se que na urina destas crianças a isoforma N-domínio responsável pela inativaçao do vasodilatador Angiotensina 1-7 que contrapoe as açoes da AII, pode vir estar diretamente relacionada à hipertensao evidenciada nestas crianças.


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VARIAÇAO DA QUEDA NOTURNA DA PRESSAO ARTERIAL EM HIPERTENSOS EM USO DE IECA+PENTOXIFILINA E NIFEDIPINA

OLIVEIRA, A. P. B. MICHELOTTO, J. B.; COSTA, E. N.; FERREIRA FILHO, S. R.; OLIVEIRA, P. C.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLANDIA.

Introduçao: A ausência da queda noturna da Pressao Arterial (PA), verificada pela MAPA em pacientes hipertensos e nao hipertensos está relacionada com uma elevaçao percentual da lesao de órgaos-alvo (J. Hyp. 1996). A área sob a curva (AUC) da elevaçao da PA pode proporciona informaçoes suplementares em relaçao à magnitude da elevaçao na HAS. Para tanto foi realizada uma avaliaçao da variaçao da queda noturna da PA em AUC em hipertensos e normotensos. Métodos: Após um período de duas semanas de wash-out, 10 hipertensos receberam placebo (14 dias) e 2,5mg+1200mg/dia de Ramipril+Pentoxifilina (14 dias) com idade média de 47,1±2,3anos (X±EPM), sendo 7M e 5F e 12 receberam 30mg/dia de Nifedipina Oros (14 dias) com idade média de 57,2±4,4anos (X±EPM) sendo 4M e 6F, comparados com19 controles sendo 10M e 9F, com idade média de 42,3±4,5anos (X±EPM). A queda noturna da PA [variaçao percentual (Δ%) da média da PA da MAPA de 24h Pressao Arterial Sistólica (PAS) e Diastólica (PAD) em mmHg realizada nos finais dos períodos washout, placebo e do uso de Nifedipina Oros e Ramipril+Pentoxifilina (RP). Estimativa da queda noturna da PAS: ~8% e da PAD: ~10%. (*p<0,05 vs controle).Resultados:

Conclusao: Os dados revelam que mesmo havendo a queda da PA nos hipertensos em uso de drogas ativas, apresentaram comportamento semelhante ao observado nos grupo sem medicaçao ou placebos, revelando uma ausência da queda noturna.


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VARIAÇAO DA QUEDA NOTURNA DA PRESSAO ARTERIAL EM NORMOTENSOS, HIPERTENSOS E FAMILIARES DE ESTUDANTES

OLIVEIRA, A.P.B.; COSTA, E.N; OLIVEIRA, R.B; MICHELOTTO, J.B; FERREIRA FILHO, S.R; OLIVEIRA, P.C.

SERVIÇO DE NEFROLOGIA – HCU/FAMED/UFU – UBERLANDIA MG.

Introduçao: Em normotensos, a MAPA revela reduçao da Pressao Arterial (PA) durante o sono, permitindo a estimativa de valores consistentes, enquanto que a ausência da queda noturna da PA pode estar relacionada com uma elevaçao percentual da lesao de órgaos-alvo. Para tanto, foi avaliado o descenso do sono em pacientes normotensos, hipertensos e em familiares de estudantes. Métodos: Foram avaliados familiares de estudantes (8): Filho [F] Idade Média (IM) 21,5±2,1anos (5M/3F); Mae [M] IM 50,5±2,3anos; Pai [P] IM 52,1±3,3anos; Idosos (10) Normotensos [IN] e Hipertensos [IH] IM 64,1±6,2anos (6M/4F) e 68,1±7,2anos (5M/5F), respectivamente. Os hipertensos durante 14 dias ficaram Sem Medicaçao [SM] e a seguir receberam 2,5mg/dia de Ramipril [R] (16) IM 54,1±3,2anos (7M/9F); 10mg/dia de Benezapril [B] (16) IM 53,2±2,4anos (9M/7F); 30mg/dia de Nifedipina Oros [N] (12) IM 57,2±4,4anos (7M/5F); 2,5+1200mg/dia de Ramipril+Pentoxifilina [RP] (10) IM 47,1±2,3anos (4M/6F); comparados com 19 Controles [C] (10M/9F) IM 42,3±4,5anos (X±EPM), através da queda noturna da PA [variaçao percentual (D%) da média da PA da MAPA de 24h Pressao Arterial Sistólica (PAS) e Diastólica (PAD) em mmHg. Estimativa da queda noturna da PAS: ~8% e da PAD: ~10%. (*p<0,05 vs controle). Resultados:

Conclusao: Os dados nao revelam queda consistente do descenso do sono na maioria dos pacientes nos grupos estudados revelando, portanto, o comportamento de um fator de risco elevado, mesmo no grupo de pacientes tratados.


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VIA L-ARGININA OXIDO NITRICO E A GESTAÇAO COM SINDROME DE PRÉ-ECLAMPSIA

COSTA, B. E. P.; FIGUEIREDO, C. E. P. OGANDO, P.; SCOCCO, C.; GUIMARAES, J. A.

PROGRAMA DE POS-GRADUAÇAO EM MEDICINA E CIENCIAS DA SAUDE (NEFROLOGIA) IPB/HSL/ FAMED/ PUCRS.

Introduçao: A pré-eclâmpsia é uma síndrome que acomete a gestaçao humana, elevando a pressao arterial e proteinúria após a vigésima semana de gravidez. Ocorre em 5% das gestaçoes causando complicaçoes maternas e fetais. Sua etiologia é desconhecida. O óxido nítrico é um fator relaxante derivado do endotélio implicado na regulaçao do tônus vascular através da sinalizaçao para formaçao de GMPcíclico, o promotor do relaxamento da musculatura lisa dos vasos. Objetivo: estudar parte da via L-arginina-óxido nítrico na gestaçao normal (GN) e com síndrome de pré-eclâmpsia (SPE), através da medida dos níveis séricos de nitritos e nitratos e da atividade fosfodiesterásica. Método: Estudo de delineamento transversal foi realizado em mulheres que realizaram parto no Hospital Sao Lucas/PUCRS, Porto Alegre, Brasil. Foi coletado sangue das participantes e após a separaçao de 2 mL de soro e armazenamento a -80ºC, procedeu-se as dosagens de nitritos e nitratos (nM) por quimioluminescência e a atividade fosfodiesterásica (UI/L). Para análise estatística foram empregados os testes: t de Student, U de Mann-Whitney e correlaçao de Pearson. Nível de significância a £ 0,05. Resultados: A amostra teve 310 gestantes: 106 SPE e 204 GN. As medianas de nitratos e NOx foram maiores na SPE (NO3:13760 X 10083 e NOx:14210 X 10803, p=0,003). Com p=0,131, a mediana dos nitritos na SPE foi 515 e nas GN, 577. A atividade fosfodiester·sica sErica das GN foi 12,7+2,8 e SPE:15,8+4,2, p<0,002. Foi encontrado correlaçao positiva da atividade fosfodiesterásica com a pressao arterial. Conclusao: as alteraçoes dos níveis de óxido nítrico na pré-eclâmpsia podem ser uma resposta compensatória à degradaçao da guanosina monofosfato cíclica. Fomento: FAPERGS, CNPq e PUCRS

POSTERES – Hipertensão Arterial

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