J. Bras. Nefrol. 2011;33(4):436-41.

Avaliação da sobrevida de cinco anos em hemodiálise no Brasil: uma coorte de 3.082 pacientes incidentes

Jorge Paulo Strogoff de Matos, Jorge Reis Almeida, Adrian Guinsburg, Cristina Marelli, Ana Beatriz Lesqueves Barra, Marcos Sandro Vasconcellos, Eufrônio José D'Almeida Filho, Marcos Hoette, Frederico Ruzany, Jocemir Ronaldo Lugon

DOI: 10.1590/S0101-28002011000400008

O Brasil tem o terceiro maior contingente de pacientes em hemodiálise (HD) no mundo. Todavia, pouco conhece-se sobre a taxa de sobrevida e os preditores do risco de mortalidade nessa população, que são os objetivos deste estudo. Um total de 3.082 pacientes incidentes em HD, de 2000 a 2004, em 25 unidades de diálise distribuídas por 7 dos 26 estados do Brasil, foi acompanhado até 2009. Os pacientes tinham entre 52 ± 16 anos de idade, 57,8% eram homens e 20,4%, diabéticos. O desfecho primário foi de mortalidade por todas as causas. Os dados foram censurados aos cinco anos de seguimento. A taxa global de sobrevida em cinco anos foi de 58,2%. No modelo proporcional de Cox, as variáveis associadas ao risco de óbito foram: a idade (risco relativo – RR = 1,44 por década; p < 0,0001), diabetes (RR = 1,51; p < 0,0001), albumina sérica (RR = 0,76 por g/dL; p = 0,001), creatinina (RR = 0,92 por mg/dL; p < 0,0001) e fósforo (RR = 1,06 por mg/dL; p = 0,04). Os resultados mostram que a taxa de mortalidade em HD nesta coorte brasileira foi relativamente baixa, mas a população é mais jovem e com prevalência de diabetes mais baixa do que aquela descrita nos países desenvolvidos.

Avaliação da sobrevida de cinco anos em hemodiálise no Brasil: uma coorte de 3.082 pacientes incidentes

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