J.Bras. Nefrol. 2006;28(2 suppl. 1):28-32.

Doença renal crônica (DRC) e transplante de órgãos sólidos não renais

Semiramis Jamil Hadad do Monte

Chronic renal failure and non renal organ transplantation

 

Resumo:

A incidência crescente de DRC em receptores de transplantes de órgaos sólidos é um fato preocupante. A deterioraçao da funçao renal é de início rápido e de progressao lenta com longos períodos de estabilidade funcional. Isso permite estratégias de intervençao para retardar a perda da funçao renal. Essas medidas devem ser iniciadas no pré-transplante com avaliaçao cuidadosa do receptor, mantidas no momento do transplante para evitar alteraçoes hemodinâmicas e, seguidas no pós-transplante com monitoraçao continuada da funçao renal e ajuste nos esquemas imunossupressores. Esta última medida visaria, principalmente, incluir drogas nao nefrotóxicas no esquema e manter as menores concentraçoes plasmáticas de inibidores de calcineurina até que essa drogas possam ser definitivamente substituídos dos esquemas de manutençao da imunossupressao.

Descritores: Doença renal crônica. Transplante nao renal. Inibidor calcineurina.

Abstract:

The growing incidence of chronic renal disease in nonrenal solid organ receptors is a worrying problem. The deterioration of the renal function starts rapidly and has a slow progression with long periods of functional stability. This allows the use of strategies of intervention to retard the loss of the renal function. These measures should be initiated at the preoperative stage with careful evaluation of the receptor, maintained at the moment of the transplant in order to avoid hemodynamic shifts and continued during the postoperative on long-term basis with monitoring of the renal function and adjustments in the immunosuppressive therapy. This last measure would basically aim the preferential use of non-nephrotoxic agents while keeping the lowest plasmatic levels of calcineurin inhibitors, until these drugs can be definitely precluded from the schemes of maintenance immunossupression.

Descriptors: Chronical renal disease. Nonrenal transplant. Calcineurin inhibitors.

 

A sobrevida dos transplantes de órgaos sólidos melhorou dramaticamente depois da liberaçao para o uso clínico do primeiro inibidor de calcineurina, a ciclosporina. Essa droga representou um marco no processo de transplantaçao, pois permitiu o aumento da longevidade do receptor renal e do número de transplantes nao renais. Atualmente estima-se que mais de 100 000 transplantes de órgaos sólidos nao renais sejam feitos a cada ano na seguinte ordem de freqüência: fígado, coraçao, pulmao e intestino1. Por outro lado introduziu novas morbidades resultantes do seu uso prolongado como: hipertensao arterial, diabetes melito, dislipidemia, nefrotoxicidade e DRC2-5.

Os inibidores da calcineurina (ciclosporina e tacrolimus), compartilham do mesmo mecanismo de açao molecular, baseado na sua capacidade de bloquear a atividade de fosfatase da calcineurina depois de se ligar aos seus respectivos cofatores citoplasmáticos. Essa ligaçao bloqueia a transduçao da mensagem para o núcleo e a síntese de genes dependentes de fator ativador de transcriçao nuclear6,7. Do ponto de vista clínico, o efeito colateral mais importante dessas drogas é a toxicidade vascular, incluindo: hipertensao arterial, aterosclerose acelerada, síndromes micro-angiopáticas, vasoconstricçao renal e outras condiçoes metabólicas do tipo dislipidemia e diabetes8-10. Atualmente é consenso que essas drogas promovem disfunçao endotelial e que, em baixas doses podem ter uma açao citoprotetora endotelial, por aumentar a síntese de fator de crescimento endotelial vascular11,12. O outro efeito colateral de grande morbidade e mortalidade é a disfunçao renal decorrente do uso crônico dessas drogas1,13. Os inibidores da calcineurina estimulam a síntese de TGF-beta que é uma citocina básica no processo de fibrose e glomeruloesclerose14,16. Essas alteraçoes histológicas, na maioria dos casos, nao guardam relaçao com a dose do imunossupressor e evoluem para DRC estágio 5.

Os estudos de acompanhamento da funçao renal em receptores de órgaos do tipo fígado, coraçao, pulmao ou intestino tem observado uma incidência cumulativa de DRC de 16,5%. Desses receptores 28,9% evoluem para DRC estágio 5. O risco de desenvolver a DRC em 5 anos pós-transplante variou na dependência do órgao transplantado, tendo sido de 12% para transplante cardíaco, 6,9% para o transplante de coraçao-pulmao, 5% para transplante de pulmao e de 21,3% para o de intestino. A DRC também é a principal complicaçao tardia para os receptores de transplante hepático. Em 191 receptores de fígado acompanhados durante 10 anos, a incidência cumulativa de DRC foi de 6,25% aos 7 anos e 10% aos 10 anos1,17-25. Paralelo a esses dados, os estudos sao unânimes em comprovar que o valor da filtraçao glomerular maior que 90 ml/min/1,73m2 no 1º ano pós-transplante é o parâmetro de mais forte associaçao com a sobrevida prolongada do órgao26-28. Dessa forma pode-se dizer que a progressao da doença renal em pacientes transplantados de órgaos sólidos nao renais é muito similar: decréscimo da filtraçao glomerular de 30 – 50 % nos primeiros seis meses pós-transplante, seguido por estabilizaçao ou uma lentificaçao na perda da funçao renal. Isso aponta para uma doença de caráter progressivo e reversível se detectada em suas fases iniciais, podendo ocorrer melhora da funçao renal com a reduçao de fatores agressores.

A soluçao imediata para reduzir essa evoluçao e melhorar a qualidade de vida em longo prazo dos receptores de órgaos é intervir nos fatores de riscos modificáveis de progressao da DRC e, considerar como indispensável a monitoraçao da funçao renal no segmento desses pacientes.

A funçao renal deverá ser monitorada pela taxa de filtraçao glomerular observada ou estimada pelas equaçoes do estudo de MDRD ou de Cockroft-Gault29-34. A dosagem de creatinina sérica nao é o melhor parâmetro, uma vez que nao há uma relaçao linear entre o nível da creatinina plasmática e a taxa de filtraçao glomerular.

O sucesso na prevençao da DRC, nessa populaçao de pacientes, exige o conhecimento dos fatores de risco que propiciam o aparecimento e evoluçao da disfunçao renal. Os estudos têm observado como principais fatores de risco, independente do órgao transplantado: a idade avançada no momento do transplante, taxa de filtraçao glomerular reduzida no 1º mes pós-transplante, presença de diabetes e hipertensao arterial pré-transplante, creatinina >2mg/dL na 1ª semana pós-transplante, gênero feminino, infecçao pelo vírus hepatite C pré-transplante, insuficiência renal aguda pós-transplante, concentraçao plasmática de tacrolimus maior que 15 ng/mL no 15º dia pós-transplante e uso de ciclosporina nos primeiros 6 meses1,17,18,35-39.

Os fatores de risco mais comumente associados a essas anormalidades renais sao a idade avançada no momento do transplante, o gênero feminino e o uso crônico de inibidores da calcineurina. Entretanto, a progressao da disfunçao renal, em pacientes usuários de inibidor de calcineurina nao é interrompida pela reduçao da dose de ciclosporina ou de tacrolimus. Isso sugere que a patogênese é mutifatorial e outros fatores devem contribuir, potencializando a nefrotoxicidade do imunossupressor ou atuando de forma independente. Recentemente, Baan e colaboradores15,16 sugeriram que fatores genéticos do tipo genótipo de TGF beta poderia estar envolvidos no processo, uma vez que é um fator importante na produçao de fibrose renal. Os estudos de conversao do esquema terapêutico de ciclosporina e azatioprina para tacrolimus e micofenolato mofetil ou o uso de micofenolato mofetil e reduçao da dose de ciclosporina tem demonstrado uma melhora significante na taxa de filtraçao glomerular40-44. A maior dificuldade desses estudos é saber se a açao protetora da perda de funçao renal é um efeito direto do tacrolimus ou mediado pelos outros imunossupressores associados como micofenolato mofetil, que tem um açao anti-proliferativa10.

Os resultados obtidos a partir do estudo OPTN/SRTR45, analisando as tendências do uso de imunossupressao na última década observou um aumento no uso de terapia de induçao com anticorpos monoclonais, maior número de esquemas iniciais com tacrolimus e micofenolato mofetil, conversao precoce da ciclosporina para tacrolimus e tentativa de retirada dos corticosteróides do esquema imunossupressor. É inquestionável, que o arsenal farmacológico de imunossupressao aumentou consideravelmente na última década. Todavia, os inibidores de calcineurina ainda representam a peça fundamental do esquema terapêutico.

Esses conhecimentos levam a reflexao. O transplante de órgaos sólidos e tecidos é atualmente considerado como uma modalidade terapêutica universal e de rotina na prática médica. A sobrevida prolongada do enxerto e a melhora da qualidade de vida do receptor sao o maior impacto esperado com o transplante de órgaos. O envelhecimento da populaçao propiciará um aumento progressivo no percentual de receptores com idades mais avançadas. O transplante de órgaos é um procedimento complexo e eticamente complicado, pois envolve um número crescente de receptores para um número escasso de doadores. Por outro lado, acarreta o aparecimento de complicaçoes orgânicas graves para o receptor, advindas do uso crônico da imunossupressao. Esse cenário implica em esforços da comunidade acadêmica para propiciar novos elementos que permitam a sobrevida prolongada do enxerto e reduçao dos efeitos colaterais advindos do esquema imunossupressor, que na atualidade ainda é um elemento imprescindível ao sucesso do transplante.

REFERENCIAS

1. Stratta P, Canavese C, Quaglia M, Balzola F, Bobbio M, Busca A et al. Posttransplantation chronic renal damage in nonrenal transplant recipients. Kidney Int 2005 68;1453-63.

2. Cortesini R. Cyclosporine-lessons from the first 20 years. Transpl Proc 2004;36(1 suppl)S158-S162.

3. Massy ZA. Hyperlipidemia and cardiovascular disease after organ transplantation. Transplantation 2001; 72: S13-S15.

4. Fellström B. Cyclosporine nephrotoxicity. Transplant Proc 2004;36:220S-3S.

5. Romagnoli J, Citterio F, Nanni G, Favi E, Tondolo V, Spagnoletti G, Salerno MP, and Castagneto M. Incidence of Posttransplant Diabetes Mellitus in Kidney Transplant Recipients Immunosuppressed With Sirolimus in Combination With Cyclosporine. Transplant Proc 2006;38:1034-6.

6. Liu J, Farmer JD, Lane WS, Friedman J, Weissman I and Schreiber SL. Calcineurin is a common target of cyclophilin-cyclosporin A and FKBP-FK506 complexes. Cell 1991;66:807-15.

7. Flanagan WM, Corthésy B, Bram RJ, Crabtree GR. Nuclear association of a T-cell transcription factor blocked by FK-506 and cyclosporin A. Nature 1991;352:803-7.

8. Miller LW. Cardiovascular toxicities of immunosuppressive agents. Am J Transplant 2002;2:807-18.

9. Textor SC, Taler SJ, Canzanello VJ, Schwartz L, Augustine JE. Posttransplantation hypertension related to calcineurin inhibitors. Liver Transpl 2000;6:521-30.

10. Santiago L. Cellular mechanisms of vascular injury mediated by calcineurin inhibitors. Kidney Int 2005;68:898-907.

11. Morris ST, Mcmarray JJ, RodgerRS, Farmer R and Jardine AG. Endothelial dysfunction in renal transplant recipients maintained on cyclosporine. Kidney Int 2000;57:1100-6.

12. Caramelo C, Avarez-Arayo MV, Yague S, Castilla MA, Velasco L, Gonzales-Pacheco R and Tejedor A. Cyclosporin A toxicity, and more: Vascular endothelial growth factor (VEGF) steps forward. Nephrol Dial Transplant 2004;19:285-8.

13. orozumi K, Takeda A, Uchida K, Mihatsch MJ. Cyclosporine nephrotoxicity: how does it affect renal allograft function and transplant morphology? Transplant Proc 2004;36(2 Suppl):251S-256S.

14. Ozdemir BH, Ozdemir FN, Demirhan B, Haberal M. TGF-beta1 expression in renal allograft rejection and cyclosporine A toxicity. Transplantation 2005;80:1681-5.

15. Baan CC, Balk AH, Holweg CT, van Riemsdijk IC, Maat LP, Vantrimpont PJ, Niesters HG, Weimar W. Renal failure after clinical heart transplantation is associated with the TGF-beta 1 codon 10 gene polymorphism. J Heart Lung Transplant 2000;19:866-72.

16. Baan CC, van Riemsdijk-van Overbeeke IC, Balk AH, Vantrimpont PJ,Mol WM, Knoop CJ, Niesters HG, Maat LP, Weimar W. Conversion from cyclosporin A to tacrolimus is safe and decreases blood pressure, cholesterol levels and TGF-beta 1 type I receptor expression. Clin Transplant 2001;15:276-83.

17. Ojo AO, Held PJ, Port FK, Wolfe R A, Leichtman AB, Young EW, Arndorfer J, Christensen L and Merion RM. Chronic Renal Failure after Transplantation of a Nonrenal Organ. N Engl J Med 2003;349:931-40.

18. Magee C, Pascual M. The growing problem of chronic renal failure after transplantation of a nonrenal organ. N Engl J Med 2003;349:994-6.

19. Gill JS, Tonelli M, Mix CH , Johnson N and Pereira BJG. The effect of maintenance immunosuppression medication on the change in kidney allograft function Kidney Int 2004;65:692-9.

20. Hertz MI, Taylor DO, Trulock EP, Boucek MM, Mohacsi PJ, Edwards LB and Keck BM. The Registry of the International Society for Heart and Lung Transplantation: nineteenth official report-2002. J Heart Lung Transpl 2002;21:950-70.

21. Ziyad AA, Samer A, Moore E, Ousmane D, Hauptman PJ, Bahar B. The natural history of renal function following orthotopic heart transplant. Clin Transpl 2005;19:683-9.

22. Miller BW. Chronic kidney disease in solid-organ transplantation. Adv Chronic Kidney Dis 2006 Jan;13:29-34.

23. Campbell KM, Yazigi N, Ryckman FC, Alonso M, Tiao G, Balistreri WF, Atherton H, Bucuvalas JC. High prevalence of renal dysfunction in long-term survivors after pediatric liver transplantation. J Pediatr 2006 Apr; 148:475-80.

24. Hmiel SP, Beck AM, de la Morena MT, Sweet S. Progressive chronic kidney disease after pediatric lung transplantation. Am J Transplant 2005;5:1739-47.

25. Chandrakantan A, de Mattos AM, Naftel D, Crosswy A, Kirklin J, Curtis JJ. Increasing Referral for Renal Transplant Evaluation in Recipients of Nonrenal Solid-Organ Transplants: A Single-Center Experience. CJASN 2006;1:832-6.

26. Broekroelofs J, Navis GJ, Stegeman CA, van der Bij W, de Boer WJ, de Zeeuw D, de Jong PE. Long-term renal outcome after lung transplantation is predicted by the 1-month postoperative renal function loss.Transplantation 2000 Apr 27; 69:1624-8.

27. Hariharan S, Mcbride MA., Cherikh WS, Tolleris CB, Bresnahan BA, Christopher J P. Post-transplant renal function in the first year predicts long-term kidney transplant survival. Kidney Int 2002;62:311.

28. Tsai MK, Hu RH, Lee CJ, Lee PH. Prognostic significance of six-month estimated glomerular filtration rate in cadaveric renal transplantation. J Formos Med Assoc 2005;104:180-4.

29. National Kidney Foundation (NKF) Kidney Disease Outcome Quality Initiative (K/DOQI) Advisory Board. K/DOQI clinical practice guidelines for chronic kidney disease: evaluation, classification, and stratification: Kidney Disease Outcome Quality Initiative. Am J Kidney Dis 2002; 39:Suppl2:S1-S246.

30. Kopple JD, Greene T, Chumlea W, Cameroon H, Donna M, Bradley J, Merrill D, Scherch L K, Schulman G, Wang, SR, Zimmer G S. Relationship between nutritional status and the glomerular filtration rate: results from the MDRD study. Kidney Int 2000;57:1688-703.

31. Mariat C, Alamartine E, Afiani A, ThibaudinL,Laurent B, Berthoux P, et al. Predicting glomerular filtration rate in kidney transplantation: are the K/DOQI guidelines applicable?Am J Transplant 2005;5:2698-703.

32. Gonwa TA, Jennings L, Mai ML, Stark PC, Levey AS, Klintmalm GB. Estimation of glomerular filtration rates before and after orthotopic liver transplantation: Evaluation of current equations Liver Transpl 2004;10:301-9.

33. Broekroelofs J, Stegeman CA, Navis GJ, de Haan J, van der Bij W, de Boer WJ, de Zeeuw D, de Jong PE. Creatininebased estimation of rate of long term renal function loss in lung transplant recipients. Which method is preferable? Heart Lung Transplant 2000;19:256-62.

34. Coresh J, Stevens LA. Kidney function estimating equations: where do we stand? Curr Opin Nephrol Hypertens 2006; May:15:276-84.

35. Hwang AH, Cho YW, Cicciarelli J, Mentser M, Iwaki Y, Hardy BE. Risk factors for short- and long-term survival of primary cadaveric renal allografts in pediatric recipients: a UNOS analysis. Transplantation 2005 Aug 27; 80:466-70.

36. Pascual M, Theruvath T, Kawai T, Tolkoff-Rubin N, Cosimi AB. Strategies to improve long-term outcomes after renal transplantation. N Engl J Med 2002;346:580-90

37. Ishani A, Erturk S, Hertz MI, Matas AJ, Savik K, Rosenberg ME. Predictors of renal function following lung or heart-lung transplantation. Kidney Int 2002 Jun; 61:2228-34.

38. Kim CD, Cho YJ, Park SH, Ha SW, Lee EG, Kim YJ, Kwon TH, Kim IS, Kim YL. Urinary transforming growth factor-betainduced gene-h3 (betaig-h3) as a sensitive predictor in chronic cyclosporine nephrotoxicity. Transplant Proc 2006;38:1314-9.

39. Rice JE, Shipp AT, Carlin JB, Vidmar SI, Weintraub RG. Late reduction in cyclosporine dosage does not improve renal function in pediatric heart transplant recipients. J Heart Lung Transplant 2002;21:1109-12

40. Gill JS, Tonelli M, Mix CH, Jonhson N and Pereira BJG. The effect of maintenance immunosuppression medication on the change in kidney allograft function. Kidney Int 2004;65:692-9.

41. McAlister VC, Haddad E, Renouf E, Malthaner RA, Kjaer MS, Gluud LL Cyclosporin versus Tacrolimus as Primary Immunosuppressant After Liver Transplantation: A Meta-Analysis. Am J Transplant 2006;6:1578-85.

42. Sanchez V, Delgado JF, Morales JM, Tello R, Gómez MA, Escribano P et al. Chronic Cyclosporine-Induced Nephrotoxiciy in Heart TransplantPatients: Long-Term Benefits of Treatment With Mycophenolate Mofetil and Low-Dose Cyclosporine. Transplant Proc 2004 Nov; 36:2823-5.

43. Sánchez V, Delgado JF, Blasco T, Dalmau R, Morales JM, Escribano P, Tello R, Hernández J, Velázquez T, Sotelo T. Benefit of mycophenolate mofetil in cardiac transplant recipients with cyclosporine induced nephropathy. Transplant Proc 1999;31:2515-6.

44. Aleksic I, Mersa B, Busch T, Burket P, Schorn B, Strauch J, Sirbu H, Dalichau H. Improvement of impaired renal function in heart transplant recipients treated with mycophenolate mofetil and low-dose cyclosporine. Transplantation 2000;69:1586-90.

45. Meier-Krieschea HU, Lib S, Gruessnerc RWG, Fungd JJ, Bustamib RT, Barre ML and Leichtmanf AB. Immunosuppression: Evolution in Practice and Trends, 1994-2004. Am J Transplant 2006;6:1111-31.

Departamento de Microbiologia-Imunologia da Universidade Federal do Piauí.

Endereço para correspondência:
Profª. Dra. Semiramis Jamil Hadad do Monte
Campus UFPI, bloco 16 – Laboratório de Imunogenética e Biologia Molecular – Ininga
64049-550, Teresina, Piauí
E-mail: libpi@ufpi.br

Doença renal crônica (DRC) e transplante de órgãos sólidos não renais

Comentários