J. Bras. Nefrol. 2014;36(3 suppl. 1):72-83.

Temas Livres Pôsters – Pesquisa Básica Experimental

TLP: 185

Impacto da toxicidade urêmica (indoxil sulfato e fosfatoinorgânico) na disfunção endotelial cerebral

Autor(es): Andréa Emilia Marques Stinghen; Jean-Marc Chillon; Ziad A. Massy; Agnès Boullier

Inserm U-1088, Université de Picardie Jules Verne, Amiens, France

INTRODUÇÃO: A disfunção endotelial tem um papel essencial no acidente vascular cerebral (AVC) em pacientes com doença renal crônica (DRC). A fim de explorar os mecanismos envolvidos neste processo, avaliamos in vitro o efeito de duas conhecidas toxinas urêmicas, indoxil sulfato (IS) e fosfato inorgânico (Pi), na disfunção endotelial cerebral.
MÉTODOS: Para tanto foi utilizado uma linhagem celular cerebral murina (bEND. 3). As células foram expostas ao IS na concentração normal (ISn – 0,6 mg/L – 2,3 µM), urêmica (ISu – 53 mg/L – 210,5 µM) e máxima urêmica (ISm – 236 mg/L – 939,1 µM), e ao Pi (NaH2PO4. 1H2O) nas concentrações de 1, 2 e 3 mM. A viabilidade foi avaliada pelo método do brometo de 3-[4,5-dimetil-tiazol-2-il]-2,5-difeniltetrazólio (MTT). A produção de oxido nítrico (NO), espécies reativas de oxigênio (ROS), e aníon superóxido (O2-) foram mensuradas através de fluoroforos específicos. O envolvimento do peroxinitrito foi avaliado utilizando-se ebselen, um quelante de peróxidos, e o desacoplamento de eNOS foi avaliado pela adição de tetrahidrobiopterina (BH4), um cofator de eNOS.
RESULTADOS: A viabilidade celular foi diminuída após o tratamento com IS e Pi (P<0. 01). Ambas as toxinas diminuíram significativamente a produção de NO (IS, P<0. 05; Pi, P<0. 001) e induziram significativamente a produção de ROS (P<0. 001). Além disso, IS reduziu significativamente a produção de O2- (P<0. 001). O mesmo efeito foi observado com Pi 2 mM (P<0. 001), porém não com Pi 3mM. O pre-tratamento com Nacetil-cisteina (NAC) e _-tocoferol (vitamina E), dois antioxidantes, não só reduziu os níveis de ROS em células tratadas com IS ou Pi, mas também diminuiu a produção de O2-, com um efeito maior em células tratadas com Pi (P<0,001) do que em as tratadas com IS (P<0,05). O uso de ebselen reduziu a produção de ROS apos o tratamento com ambas toxinas (P<0,001), evidenciando um papel do peroxinitrito neste processo. Após tratamento das células com IS e BH4 (um cofator de eNOS), não houve diferença nos níveis de O2- e NO produzidos, porém quando as células foram tratadas com Pi e BH4, os níveis de ambos radicais, O2- e NO foram significativamente diminuídos (P<0. 001), sugerindo um desacoplamento de eNOS.
CONCLUSÕES: Demonstramos pela primeira vez que IS e Pi induzem disfunção endotelial cerebral, pois ambas toxinas diminuem a produção de NO aumentando o estresse oxidativo. Entre


TLP: 186

Efeito da administração de células-tronco mesenquimaissobre a expressão de transportadores de água e eletrólitosno rim de ratos normotensos e com estenose da artéria renal

Autor(es): Vanessa Araujo Varela; Elizabeth Barbosa de Oliveira Sales; Edgar Maquigussa; Fernanda Teixeira Borges; Cristiane Harteman; Mirian Aparecida Boim

Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP

INTRODUÇÃO: Estudos apontam que o tratamento com células-tronco mesenquimais (CTM) em ratos com hipertensão renovascular 2Rins-1Clipe (2R-1C) preveniu o aumento da pressão arterial sistólica, melhorou a arquitetura renal, reduziu a inflamação, a rarefação microvascular e a fibrose do rim clipado. Animais 2R-1C apresentaram aumento na diurese, o que não foi revertido pelas CTM. Além disto animais tratados com CTM apresentaram células tubulares aparentemente maiores, sugerindo um possível efeito nos mecanismos de transporte tubular. O objetivo foi avaliar o efeito das CTM sobre a função tubular através da avaliação da expressão dos transportadores de água e eletrólitos na medula do rim de ratos normais e com estenose da artéria renal.
MÉTODOS: CTM foram obtidas através de punção da medula óssea e expandidas in vitro. Ratos Wistar foram divididos nos seguintes grupos: Controle; Controle+CTM; 2R-1C e 2R-1C+CTM. Na primeira semana os grupos 2R-1C e 2R-1C+CTM foram submetidos à cirurgia para implantação do clipe na artéria renal esquerda. Nas 3a e 5a semanas, CTM foram administradas (2×105 células) nos grupos Controle+CTM e 2R-1C+CTM via veia caudal. A pressão de cauda foi aferida semanalmente. Foi realizada coleta de urina de 24hs para dosagem de Na+ e K+. Na 6ª semana os animais foram eutanasiados para coleta do sangue total e rins. A expressão gênica da bomba de Na/K ATPase, do canal de sódio (ENaC) e do canal de água aquaporina 1 (AQP1) foram avaliadas por RT-PCR.
RESULTADOS: CTM foram caracterizadas por citometria de fluxo para marcador positivo CD90 e marcação negativa para CD45 e diferenciadas em adipócitos e osteócitos. Os animais 2R-1C apresentaram um aumento lento e gradativo da pressão durante as 6 semanas após a clipagem e o tratamento com CTM preveniu o aumento progressivo da pressão. Houve um aumento na diurese nos animais 2R-1C, o que poderia ser explicado por uma redução significante da expressão gênica de AQP1 nos animais 2R-1C, a qual não foi reduzida após o tratamento. Em relação à Na/K ATPase, não observamos alteração entre os grupos. Entretanto, houve uma redução significante da expressão de ENaC o que explica uma tendência de aumento de natriurese encontrada nesses animais.
CONCLUSÕES: O tratamento com CTM preveniu o aumento da pressão nos animais hipertensos. Entretanto, o tratamento não foi eficaz para alterar as expressões de AQP1, Na/K ATPase e ENaC na medula renal dos animais com estenose da artéria renal.


TLP: 187

Células tronco mesenquimais (MSC) melhoram aarquitetura e processos fibróticos tanto no rim estenóticocomo no contralateral no modelo 2R-1C 

Autor(es): Elizabeth B. Oliveira Sales; Edgar Maquigussa; Vanessa A. Varela; Cassia T. Bergamaschi; Ruy R Campos; Mirian A Boim

UNIFESP

INTRODUÇÃO: O modelo de estenose da artéria renal esquerda (2R1C) resulta em significante redução da função renal em consequência à isquemia crônica resultando em inflamação, rarefação microvascular e fibrose do rim. Resultados prévios do nosso laboratório mostraram efeitos benéficos das células-tronco mesenquimais (CTM) na reconstrução do parênquima renal do rim estenótico, melhorando a rarefação vascular e fibrose. Portanto, o objetivo foi investigar os efeitos das CTM sobre a microvasculatura e lesão renal no rim contralateral.
MÉTODOS: As CTM foram obtidas de tíbias e fêmures de ratos Wistar machos, expandidas de 7-15 dias em condições especiais e caracterizadas por diferenciação e imunofenotipagem. Posteriormente, foram marcadas com agente fluorescente (Qtracker) e injetadas (2 x 105 células, iv) na terceira e quinta semanas após a clipagem. Coloração Hematoxilina e eosina (H&E) foi utilizada para analisar a morfologia renal, Picrossirus para avaliar o processo fibrótico e imunohistoquímica de JG-12, um marcador de células endoteliais para avaliar a microvasculatura renal.
RESULTADOS: CTM foram encontradas tanto no córtex como na medula em ambos os rins isquêmicos e contralaterais. Rim contralateral apresentou estrutura alterada, fibrose e rarefação vascular. Semelhante ao rim estenótico, CTM melhorou a morfologia e diminuiu as áreas fibróticas no córtex e na medula do rim contralateral. Em contraste, a eficiência dos CTM em melhorar a rarefação vascular não se observou no rim contralateral, como observado no rim estenótico.
CONCLUSÃO: A terapia com CTM no modelo 2R- 1C melhorou a morfologia renal e diminuiu a fibrose em ambos os rins estenóticos e contralaterais mas foi mais eficiente em melhorar a rarefação vascular no rim estenótico do que no rim contralateral. Embora, esta terapia pode ser uma estratégia promissora para o tratamento de hipertensão renovascular e suas consequências renais, mais estudos são necessários para melhorar a eficiência das CTM, a fim de melhorar a morfologia do rim contralateral.


TLP: 188

Análise da hipertrofia cardíaca, fibrose miocárdica e inflamação para a avaliação de um modelo de miocardiopatia urêmica experimental

Autor(es): Aline Borsato Hauser; Laura Mattana Dionísio1; Franciele Robes1; Viviane Carvalho2; Danielle Carneiro 2; Mateus Luvizotto2; Caroline Gribner1; Lucia Noronha 2; Roberto Pecoits-Filho2

Universidade Federal do Paraná

INTRODUÇÃO: Doença renal crônica (DRC) é um termo usado para definir um conjunto de desordens que afetam a estrutura e função dos rins. Atualmente, acredita-se que mais de 15% da população mundial adulta seja afetada por esta doença. Eventos cardiovasculares apresentam-se como a principal causa de morbidade e mortalidade destes pacientes.
OBJETIVO: avaliar a influência da DRC na hipertrofia cardíaca, fibrose miocárdica e inflamação em um modelo urêmico experimental.
MÉTODOS: Foram utilizados 62 ratos Wistar adultos, divididos em grupo Urêmico submetido a cirurgia de nefrectomia subtotal (n=45) e Controle (n=17), submetido à manipulação dos pedículos renais. A eutanásia foi realizada na quarta e oitava semana (4S e 8S) após a cirurgia, sendo o coração retirado e pesado. Foram realizados cortes histológicos do miocárdio, os quais foram corados com Hematoxilina-Eosina para avaliar hipertrofia e Tricrômico de Gômori para avaliar fibrose. Tissue Micro Array foi realizado para detectar a expressão do Fator de Necrose Tumoral (TNF_).
RESULTADOS: O peso do coração apresentou aumento no grupo Urêmico quando comparado ao grupo Controle após 8 semanas de seguimento (p=0,043). Em relação à hipertrofia miocárdica, o grupo Urêmico apresentou maior diâmetro dos cardiomiócitos do que o grupo controle (p<0,001), mas sem diferença entre os grupos 4 e 8S (p=0,767). A fibrose no grupo Urêmico aumentou ao longo do tempo quando comparada ao grupo Controle (p=0,15 e p=0,042 na 4S e 8S) e a expressão de TNF_, apresentou os maiores níveis em 4S (p=0,001), declinando na 8S (p=0,25).
CONCLUSÃO: O grupo Urêmico apresentou uma elevação significativa da massa cardíaca e o desenvolvimento de hipertrofia e fibrose com aumento linear até 8S. A expressão de TNF_ sugere que a inflamação induzida por uremia aumenta no início e diminui ao longo do tempo. Assim, este estudo fornece evidências do remodelamento miocárdico induzido por uremia e que a inflamação precede fibrose e hipertrofia miocárdicas em modelo urêmico experimental.


TLP: 189

Avaliação da função renal na obesidade induzida por dieta hiperlipídica em ratos após o desmame

Autor(es): Rosemara Silva Ribeiro; Clévia dos Santos Passos; Maria Aparecida da Glória; Lila Missae Oyama; Mirian Aparecida Boim

Universidade Federal de São Paulo

INTRODUÇÃO: A obesidade frequentemente está associada à presença de síndrome metabólica (SM), definida como um conjunto de alterações responsáveis pelo desenvolvimento de diversas patologias como dislipidemia, hipertensão, inflamação, nefropatia entre outras. O aparecimento dessas alterações tem sido cada vez mais frequente em indivíduos jovens, cujos efeitos em longo prazo ainda são pouco conhecidos. Além disso, o sedentarismo contribui para piorar esse quadro. A hiperativação do sistema renina angiotensina (SRA) parece constituir um fator relevante mediador destas alterações.
OBJETIVOS: Avaliar as consequências renais e sistêmicas em animais adultos alimentados com dieta hiperlipídica durante a infância e verificar os possíveis efeitos benéficos do exercício físico.
METODOLOGIA: Ratos Wistar com 21 dias (após o desmame), foram divididos em grupo controle (CT, dieta padrão, 4% de gordura) e dieta hiperlipídica (DH, 22% de gordura). Após 8 semanas, os grupos foram subdivididos em grupos sedentários e submetidos ao exercício físico leve, que consistiu de corrida em esteira na velocidade inicial de 12m/min. com aumento progressivo de 3m/min. a cada 2 semanas, durante 8 semanas. A aferição do peso, do consumo de água e ração foram realizados semanalmente. Ao final das 16 semanas, foi coletado urina e soro para análise bioquímica e os animais foram sacrificados para retirada dos rins, do fígado e do tecido adiposo visceral para análise molecular e histológica.
RESULTADOS: O consumo da dieta hiperlipídica, resultou em ganho de peso, acúmulo de gordura visceral, esteatose hepática, dislipidemia, elevação da glicemia e da insulina e resistência à insulina, o que foi atenuado com a prática da atividade física, mas não normalizado. O grupo DH apresentou redução da expressão gênica do transportador de sódio/glicose tipo 1 e 2 (SGLT), e consequente redução na excreção urinária de sódio. O exercício foi capaz de aumentar a expressão do SGLT-1, entretanto não alterou a expressão do SGLT-2 e não normalizou a excreção urinária de sódio.
CONCLUSÃO: Com esses resultados preliminares, verificamos que a dieta hiperlipídica contribui para o desenvolvimento da obesidade e das alterações metabólicas, que apesar de discretas são relevantes por aparecerem precocemente e poderão ser substanciais e agravadas ao longo da vida.


TLP: 190

Possível efeito protetor da n-acetilcisteína na nefropatiainduzida por contraste radiológico

Autor(es): Sayuri Rocha Yamashita; Prof. Dr. Reinaldo Martinelli; Prof. Dr. Luiz Erlon Araújo Rodrigues

Universidade Federal da Bahia

INTRODUÇÃO: A nefropatia induzida por contraste (NIC) é uma complicação relacionada ao contraste radiológico iodado e é a terceira causa mais comum de internações hospitales por lesão renal aguda. N-acetilcisteína (NAC), é um agente antioxidante que tem sido usado frequentemente na prevenção da NIC, embora os resultados dos estudos publicados tenham demonstrado eficácia não consistente. No rim, a disfunção mitocondrial tem sido associada com isquemia e nefrotoxidade adquirida e lesão crônica. O objetivo do presente estudo foi investigar o efeito da NAC sobre o consumo de oxigênio mitocondrial em rins de ratos expostos a contraste radiológico.
MATERIAIS E MÉTODOS: Foram estudados quatro grupos de ratos Wistar, inoculados intraperitonealmente 1) – 5 ml / kg de peso corporal de iobitridol (300 mg I/ml); 2) -NAC (100 mg/kg em 24 horas, 12 horas e 2 horas antes da infusão de solução salina); 3) -100 ml/kg de peso corporal de N-acetilcisteína, a 24h, 12h e 2 horas antes da infusão de iobitridol (300 mg/ml); 4) – Controles. O consumo de oxigênio foi medido polarograficamente.
RESULTADOS: A média de consumo de oxigênio foi de 14,8% superior no grupo exposto ao iobitridol que o grupo controle; o tratamento com NAC antes da infusão do iobitridol inibiu o aumento no consumo de oxigênio significativo (p < 0,05). Não houve diferença significante na respiração endógena das mitocôndrias isoladas dos rins do grupo controle e dos grupos tratados com NAC (Figura).
CONCLUSÃO: Os achados do presente estudo são consistentes com algum efeito protetor da NAC nos rins de ratos expostos ao contraste radio iodo.


TLP: 191

Percepção de discentes do curso de medicinasobre campanha de prevenção e promoção de saúde relacionada à doença renal crônica em Maceió – AL 

Autor(es): Nicolie Marques de Lira; Mirella Kalyne Cavalcante Magalhães

Universidade Federal de Alagoas

INTRODUÇÃO: Os elevados níveis de incidência da Doença Renal Crônica (DRC) vêm alarmando a comunidade científica internacional nas duas últimas décadas. Diante dessa realidade, faz-se necessário uma maior atenção no que diz respeito à prevenção e promoção de saúde relacionadas à DRC, como a realização de atividades educativas, com o intuito de orientar a população. O presente trabalho visa a demonstrar a percepção de estudantes do curso de Medicina quanto à importância desse tipo de atividade.
MÉTODOS: O estudo foi baseado na análise da visão dos alunos acerca de Campanha educacional e informativa referente ao Dia Mundial do Rim de 2014 que atendeu cerca de 230 pessoas. Os estudantes do curso de Medicina envolvidos na atividade puderam orientar a população sobre como se prevenir em relação à DRC, além de esclarecer a importância da promoção de saúde. Apercepção dos alunos foi identificada através de rodas de conversas, ao fim da Campanha, em que foram realizados debates e compartilhamento de experiências entre os discentes acerca do evento.
RESULTADOS: Os discentes perceberam que, independente da faixa etária, condição sociocultural e estilo de vida, a grande maioria dos sujeitos assistidos possuía pelo menos um fator de risco para desenvolver DRC, como alterações de pressão arterial, glicemia ou Índice de Massa Corporal (IMC). Outra experiência referida foi a oportunidade de consolidar a relação médico-paciente, a importância de participar ativamente, informando o público sobre os possíveis danos da DRC para o organismo, assim como mudanças de estilo de vida e maiores cuidados com a saúde podem evitar prejuízos futuros. Foi observado ainda que cerca de metade dos assistidos não sabia das consequências diretas que as alterações citadas poderiam gerar principalmente ao funcionamento renal, aumentando a importância desse tipo de ação, voltada para a promoção e prevenção de saúde, na redução da prevalência da DRC em toda a população.
CONCLUSÃO: Os acadêmicos envolvidos na Campanha reconheceram a importância da mesma para a redução das taxas de incidência da DRC. Ressaltaram que ações de prevenção e promoção de saúde são essenciais para a redução de fatores de risco e conscientização da população acerca de mudanças de estilo de vida, aspectos indispensáveis para evitar e controlar a DRC.


TLP: 192

Células renais epiteliais como terapia celular na doençarenal crônica

Autor(es): Ana Claudia Mallet de Souza Ramos; Nadia Karina Guimaraes Souza; Bento F. Cardoso dos Santos; Ewertom Soares Dias; Fabiana Dias Carneiro

Centro de Diálise Albert Einstein

INTRODUÇÃO: A doença renal crônica é um problema mundial em crescimento nas últimas décadas. O rim tem a capacidade de se regenerar após isquemia-reperfusão e lesões tóxicas. Entretanto, após alguns insultos inicia o processo de transição epitelialmesenquimal com consequente acúmulo de tecido fibrótico e perda da função. O melhor tratamento de doença renal crônica é o transplante, porém existe escassez de órgãos. Potencialmente a terapia celular poderá retardar a progressão da doença renal em humanos tanto em rins nativos como em rins transplantados. Este estudo tem como objetivo avaliar células renais para terapia celular no tratamento da doença renal crônica. O objetivo principal é avaliar a resposta celular ao indoxil sulfato.
MÉTODOS: Células renais foram obtida por método de digestão à partir de rins descartados foi utilizado para caracterização de células a citometria de fluxo (FACS). O indoxil sulfato foi utilizado em três diferentes concentrações, as concentrações seguiram as recomendações do EuTox, para estimular lesão renal sendo avaliadas quanto a expressão de alpha-smooth muscle actin.
RESULTADOS: Oito doadores foram incluídos neste estudo. Seis culturas foram continuadas. Os doadores apresentaram idade média de 46,25 anos, 100% fez uso de drogas vasoativas e 50% fez uso de drogas nefrotóxicas. O tempo de confluência na passagem zero foi de 7 dias e duplicação celular foi de 72 h. As culturas foram cultivadas até atingirem passagem 3 onde foram tratadas com indoxil sulfato. A caracterização celular foi realizada por citometria de fluxo com anticorpos específicos. Observou-se: 4,6% de fibroblastos produtores de eritropoietina (células EPO positivas), 5,4% de outros fibroblastos, células mesenquimais 3,6% (células alpha SMA positivas), 3,9% de células de túbulo proximal (células NEP positivas), células de túbulo distal 2,6% (células THP positivas). Observou-se 8,2% de células progenitoras multipotentes Oct4 positivas. Não existiu mudança de fenótipo após tratamento com indoxil.
CONCLUSÕES: O crescimento de células epiteliais renais de túbulo proximal e distal foi possível à partir de culturas primárias com rim descartado de transplante renal. Fibroblastos e fibroblastos produtores de eritropoietina também cresceram em cultura primária, bem como células progenitoras multipotentes. Nenhum fenótipo celular alterou-se com exposição dose dependente de indoxil sulfato.


TLP: 193

Avaliação da necessidade de revisão microscópica da urina após análise de hematúria e padrão morfológico hemático por metodologia automatizada IQ200 (Iris Diagnostics)

Autor(es): José Ricardo Henneberg; José Ricardo Henneberg; Caroline Gribner; Railson Henneberg; Gislene Kussen; Aguinaldo José do Nascimento; Aline Borsato Hauser

Universidade Federal do Paraná

INTRODUÇÃO: O reconhecimento precoce das doenças renais é importante condição para reduzir o número crescente de pacientes que necessitam de terapia substitutiva da função renal. Dentro deste contexto, a hematúria é considerada sinal primário da presença de doença renal, sendo importante a determinação do padrão morfológico hemático (dismorfismo) que fornece informação sobre a origem do sangramento, auxiliando no diagnóstico precoce das glomerulonefrites. As metodologias por automação, como o iQ200, vêm fornecendo resultados de contagem e de achados morfológicos celulares, porém sua eficácia ainda é controversa, o que revela a necessidade do estudo comparativo entre esta metodologia e a tradicional revisão microscópica da urina.
OBJETIVO: Avaliar a necessidade de revisão microscópica após análise de hematúria (por mL) e padrão morfológico hemático por metodologia automatizada iQ200 (Iris diagnostics).
MÉTODOS: Foram analisadas 275 amostras de urina não centrifugadas de pacientes do HC-UFPR, sendo realizada determinação de hematúria (por mL) pelo equipamento iQ200 e pelos contadores manuais em Câmara de Neubauer e Câmara Kcell. O padrão morfológico hemático foi avaliado pelo equipamento iQ200 e confirmado por microscopia ótica comum.
RESULTADOS: A comparação entre a contagem automatizada e a contagem em KCELL para hemácias por mL apresentou erro casual de 21% (R2=0,79) e erro sistemático de 2% (y=1,02x). A comparação entre a contagem automatizada e a Câmara de Neubauer apresentou erro casual de 43% (R2=0,57) e erro sistemático de 18% (y=0,82x). Quando comparadas as duas contagens manuais o erro casual foi de 25% (R2=0,75) e erro sistemático de 11% (y=0,89x). O equipamento relatou a presença de hemácias em 159 amostras (n=275), sendo 155 classificadas com padrão hemático isomórfico e 4 “não classificadas”. As amostras (n=159) foram analisadas em microscopia ótica comum, sendo confirmadas como isomórficas (n=155) e as hemácias “não classificadas” pelo equipamento foram avaliadas como hemácias dismórficas (n=4).
CONCLUSÃO: As amostras analisadas apresentaram resultados satisfatórios no que diz respeito aos valores clinicamente significativos para contagem de hemácias, sendo que a automação permitiu maior rapidez e padronização quando comparados aos métodos manuais. Em relação à avaliação morfológica das hemácias, o equipamento apresenta resultados inconclusivos, ainda necessitando de revisão microscópica para confirmação de hematúria dismórfica.


TLP: 194

Níveis aumentados de Endocan-1 em plasma materno depacientes com Pré-eclâmpsia no terceiro trimestregestacional: relação com prematuridade e baixo peso ao nascer

Autor(es): Marta Ribeiro Hentschke; Luiza Silveira Lucas; Hiten D. Mistry; Bartira E. Pinheiro da Costa; Carlos E. Poli-de-Figueiredo

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

INTRODUÇÃO: Endocan-1 é uma proteoglicana solúvel expressa em células endoteliais, que concorre como possível marcador e preditor de patologias associadas ao endotélio. Tendo como hipótese de que os níveis de Endocan-1 estão aumentados em plasma materno e placenta de pacientes com pré-eclâmpsia (PE), objetivamos analisar os níveis dessa molécula nos plasmas materno e fetal, e tecido placentário de gestantes com PE e normotensas (NT) e correlacionar seus valores com parâmetros clínicos maternos e fetais.
MÉTODOS: Estudo observacional, caso-controle, realizado no Hospital São Lucas/PUCRS, incluindo 117 gestantes, 50 NT e 67 com PE. Após o consentimento, coletou-se sangue materno no pré-parto, e, após o parto, do cordão umbilical e tecido placentário, que foram armazenados a -80°C até análise. Endocan-1 foi dosado pelo Sistema MagPlexTH – ensaio de microesferas. Para análise estatística utilizou-se o programa SPSS 21. 0 para Windows. As dosagens de Endocan-1 foram analisadas por Análise de Covariância ajustada para IMC, idade gestacional e idade materna, sendo apresentados como média geométrica. Para estimar a diferença proporcional da citocina entre os grupos, calculou-se a razão das médias e o intervalo de confiança de 95%. A magnitude da diferença foi estimada pelo tamanho de efeito de Cohen. A hipótese nula foi rejeitada quando p<0,05.
RESULTADOS: Os níveis de Endocan-1 no plasma materno de pacientes com PE foram 49% maiores do que em NT, com magnitude em 0,84 (magnitude moderada). Quanto maiores os níveis de Endocan-1 em plasma materno e fetal, menores os pesos do recém-nascido (PE: r=-0,42, p<0,001; NT: r=-0,281, p=0,004) e peso da placenta (PE: r=-0,34, p=0,001; NT: r= -0,289, p=0,003) e menor a idade gestacional materna no nascimento (PE:r=-0,382, p<0,001; NT: r=-0,260, p=0,008, respectivamente). Níveis pressóricos maternos aumentados correlacionaram-se diretamente com os níveis de Endocan-1 no plasma materno: pressão arterial sistólica: r=0,40, p<0,001 e pressão arterial diastólica: r=0,462, p<0,001, no final da gestação.
CONCLUSÕES: Os níveis de Endocan-1 no plasma materno de gestantes com PE estão aumentados em relação às NT, sem diferença estatística para plasma fetal e placenta. As correlações negativas encontradas entre as concentrações de Endocan-1 e dados clínicos fetais, sugerem que essa molécula esteja envolvida com prematuridade e baixo peso ao nascer. Este estudo sugere a Endocan-1 como um biomarcador de PE.


TLP: 195

Avaliação das medidas de pressão arterial em gestantes com doença hipertensiva gestacional

Autor(es): Marisa R Vieira; Juliana Guaragna; Andressa Eidt; Caroline Paim da Silva; Kamyla Lameira Vieira; Carlos Eduardo Poli de Figueiredo; Bartira Ercilia Pinheiro da Costa

Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde (Nefrologia), FAMED e Hospital São Lucas. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, RS.

INTRODUÇÃO: Os distintos quadros hipertensivos durante a gravidez ainda constituem a maior causa de morbimortalidade maternofetal e, apesar da mensuração da pressão arterial na gestação ser um procedimento fundamental no acompanhamento obstétrico, a sua prática em relação aos intervalos de tempo no monitoramento ainda não é consenso estabelecido. Este trabalho pretende aferir a pressão arterial das gestantes com Doença Hipertensiva Gestacional (DHG) na chegada ao centro obstétrico para verificar a associação entre o valor da pressão arterial aferida em quatro e seis horas com os desfechos materno-fetais.
MÉTODOS: Coorte prospectiva conduzida com gestantes atendidas pelo Serviço de Obstetrícia e admitidas no Centro Obstétrico. O protocolo do estudo consta de dados de anamnese, exame físico e exames complementares. Aceitaram participar do estudo 428 gestantes, destas, até o momento, 88 têm seus protocolos completos inseridos no banco de dados.
RESULTADOS: A média da PAS foi 147,18 mmHg e PAD foi 91,45 mmHg na chegada ao Centro Obstétrico, indistintamente da classificação diagnóstica da DHG (n=88). A distribuição quanto à classificação da DHG foi: 30 com pré-eclâmpsia (34,5%); 6 com hipertensão gestacional (7,0%); 4 com hipertensão crônica (4,6%); 48 ainda sem diagnóstico especifico concluído e/ou dado não informado (55,2%) até o momento desta coleta. Analisando as médias de pressão arterial pode-se constatar que há constante redução da pressão nas primeiras 6 horas. A PAS reduziu em média 7,5% nas primeiras 4 horas, passando à 7,8% em 6 horas, já a PAD apresentou uma redução média de 11,5% até as 4 horas, sem alteração para a medida das 6 horas. Estas reduções percentuais referem-se a níveis considerados pré-hipertensivos nas duas primeiras horas (PAS=135,95mmHg; PAD=80,14mmHg).
CONCLUSÕES: Os dados obtidos até o momento mostram alterações da pressão arterial até as primeiras seis horas de internação de pacientes com DHG. Após a classificação da gestante quanto a DHG, testaremos associação entre os desfechos materno-fetais e a evolução dos níveis tensionais das primeiras 6 horas, considerando se o adequado monitoramento poderá influenciar no desfecho.

Palavras chave: Pré-eclâmpsia; hipertensão, monitoramento.


TLP: 196

Natação diminui a taxa de mortalidade e os danos renais em ratos a Doença Renal Crônica por Nefrectomia 5/6

Autor(es): Rafael da Silva Luiz; Rodolfo Rosseto Rampaso; Kleiton Augusto Santos Silva; Luciana Jorge; Edson Andrade Pessoa; Mario luis Ribeiro Cesaretti; Nestor Schor

Universidade Federal de São Paulo

Natação diminui a taxa de mortalidade e os danos renais em ratos com Doença Renal Crônica por Nefrectomia 5/6
Rafael Luiz, Rodolfo Rosseto Rampaso, Kleiton Augusto Santos Silva, Luciana Jorge, Edson Andrade Pessoa, Mario Luis Ribeiro Cesaretti and Nestor Schor.
Divisão de Nefrologia, Universidade Federal do Estado de São Paulo
O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do exercício (EXE) sobre a função renal e a taxa de mortalidade em ratos com NX5/6. Foram utilizados ratos Wistar e divididos em 4 grupos (n=8): Controle (C), Controle + Exercício (E), Nx + Sedentário (NxS) e Nx + Exercício (NxE). O protocolo foi utilizado em ratos com Nx5/6 depois de 7 dias após os procedimentos cirúrgicos. A natação foi de 60min/dia, 5 dias por semana, durante 8 semanas. Foi avaliada a pressão arterial (PA), teste de esforço (TE), clearance de creatinina (ClCr), proteinúria (uProt), bem como taxa de mortalidade.
RESULTADOS: EXE não modificou o aumento da PA, mas preveniu, pelo menos em parte, uma queda menor no TE no grupo NxE comparado com NxS (29±1 vs 16±2 m/min, p <0,05), respectivamente. Um ClCr mais elevado no NxE foi observado em comparação com NxS, 2,27 ± 0,33 vs 0,96 ± 0,20 ml/min, respectivamente (p<0,05). Proteinúria foi significativamente menor em NxE vs grupo NxS (42,73 ± 1,50 vs 60,60 ± 2,00 mg/24h, p <0,05). A taxa de mortalidade foi maior em NxS (70%) vs grupo NxE (38%, p <0,05)
CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que o EXE minimiza o impacto da Nx5/6, por menor declínio da ClCr (42%) e uma redução importante no incremento da proteinúria que ocorreu com a Nx5/6 em 30%. Por fim, a taxa de mortalidade mais baixa em NxE vs NxS, indica a proteção especial do exercício na função renal que, sob este protocolo experimental, evitou um declínio potencial na progressão da doença renal. Assim, sugerimos que EXE pode ser uma estratégia adicional para ser realizado na DRC.

Suporte: CNPq, FAPESP, Capes e FOR


TLP: 197

Indoxil Sulfato promove a modulação de monócitosinflamatórios CD14+/CD16+ com aumento na produção deROS

Autor(es): Natalia Borges Bonan; Gabriela Ferreira Dias1; Lia S Nakao2; Fellype C. Barreto1; Roberto Pecoits-Filho1; Andrea Novais Moreno-Amaral1

1. scola de Medicina, PPGCS, PUCPR, Brasil
2. 2Departamento de Patologia Básica, UFPR, Brasil

INTRODUÇÃO: Subtipos de monócitos circulantes podem ser modulados na inflamação crônica para um fenótipo intermediário CD14+/CD16+ ou também denominados de monócitos inflamatórios. No presente estudo foi avaliada a modulação desse perfil inflamatório induzido pela toxina urêmica indoxil sulfato (IS). Além disso, analisamos a capacidade dessas células em produzir ROS.
MATERIAL E MÉTODOS: Monócitos de 6 indivíduos saudáveis (HC) foram isolados de sangue total. As células foram pré-incubadas por 24h com N-acetilcisteína (5mM NAC) e então submetidas a incubação com RPMI 2% SFB, IS (0,6, 53 e 236 mg/L) ou LPS+IFN-_ (25ng/mL+150U/mL). As células foram então marcadas com anti-CD14-PE e anti-CD16-FITC ou com DCFH-DA e analisadas por citometria de fluxo.
RESULTADOS: A modulação dos monócitos induzida por IS foi observada de maneira dose-resposta. A maior concentração de IS (236 mg/ml) promoveu 46±10% de monócitos CD14+/CD16+ comparado ao controle (RPMI 2% SFB) 7±4,7%. IS apresentou também uma notável capacidade de induzir a produção de ROS através dos monócitos inflamatórios de maneira dose-resposta (18±9. 5% com 0. 6mg/L; 37±17. 5% com 53mg/L_ e 81±16. 9% com 236 mg/L, comparado ao controles 5±1. 1%). Este efeito foi similar ao encontrado para células tratadas com LPS+IFN_ (91±8. 8%). Ambos efeitos de IS em monócitos HC foram inibidos na presença de NAC. A modulação de monócitos foi diminuída significativamente por NAC (IS 236 mg/L promoveu 4±1. 2% de monócitos positivos CD14+/CD16+ ) e a produção de ROS foi diminuída para 12±3. 1%, 27±15. 3% e 35±16. 4% nos ensaios com IS.
CONCLUSÃO: Nossos resultados mostraram que IS foi capaz de modular o perfil dos monócitos assumindo um fenótipo inflamatório capaz de produzir ROS, e essa resposta foi atenuada na presença de NAC.


TLP: 198

Treinamento Físico Aeróbico Diminui a Proteinúria em Ratos com Nefropatia Diabética (ND)

Autor(es): Rodolfo Rosseto Rampaso; Rafael Silva; Kleiton Silva; Luciana Jorge; Edson A. Pessoa; Mario Cesaretti; Nestor Schor

Universidade Federal de São Paulo/EPM – Medicina/Nefrologia

INTRODUÇÃO / OBJETIVO: Treinamento aeróbio moderado (EXE) parece ser uma importante ferramenta para o tratamento de pacientes diabéticos (DM). Vários estudos mostram que EXE diminui glicose no sangue, a incidência de doença renal crônica e risco cardiovascular, contribuindo para um melhor controle de hipertensão e obesidade, entre outros efeitos. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do treinamento físico aeróbio no controle da progressão da nefropatia diabética, e seus possíveis efeitos renoprotetor.
MÉTODOS / RESULTADOS: Ratos Wistar machos adultos, divididos em 4 grupos: controle sedentário (C-SED, n = 8), Diabetes + sedentários (DM-SED, n = 8), Diabetes + Exercício (DM-EXE, n = 8) Controles e Exercício (C-EXE, n = 8). DM foi induzido com estreptozotocina (STZ), iv 50mg/kg. O treinamento físico foi feito em esteira 60 min / dia, 5 dias por semana, durante 8 semanas. O treinamento físico foi determinado por Teste Máximo de Esforço (sessão a 65-70% do TestME). Glicemia após o treinamento pós 24h (glicemiapt), clearance de creatinina (Cl/Cr), peso, pressão arterial (PA), proteinúria (uProt) foram medidos. Dados em média ± EP. C-SED DM-SED DM-EXE C-EXE glicemiapt (mg/dl) 103 ± 2. 03 551 ± 7. 03*& 491 ± 5. 50 *& 83 ± 2. 57 uProt ( mg/24h) 17 ± 0. 88 46 ± 2. 05 *#& 18 ± 0. 72 16 ± 0. 99 CLCr/ (ml/min/BW) 5. 65 ± 0. 66 5. 02 ± 0. 43 4. 19 ± 0. 37 4. 21 ± 0. 29 PA (mmHg) 122 ± 1. 89 133. 88 ±1. 79 *#& 122 ± 1. 35 121 ± 2. 11 Peso(g) 455 ± 6. 00 236 ± 14. 41 *#& 324 ± 9. 34 *& 387 ± 8. 71 TestME (m/min) 23. 2 ± 0. 49 #& 19. 5 ± 0. 57 *#& 35. 1 ± 0. 97 37. 5 ± 0. 57 P<0. 05 :* VS C-SED. # VS DM EXE. & VS C- EXE
CONCLUSÃO: A redução na glicemia e PA é de (~ 11%) quando se comparam os grupos DM-EXE vs DM-SED. O grupo DM-EXE mostrou uma redução na progressão da perda de peso de (~ 40%) em relação ao DM-SED, mas não causou a alteração no ClCr/BW com este protocolo. No entanto, o efeito do EXE no grupo DM-EXE foi surpreendentemente quando observamos a redução da excreção média uProt de (~ 60%) quando comparando DM-SED. Portanto, os dados preliminares sugerem que o exercício físico aeróbico moderado pode reduzir a proteinúria em animais diabéticos e, consequentemente, diminuir os potenciais efeitos causados pela ND.


TLP: 199

Indoxil sulfato e p-cresil sulfato são capazes de induzireriptose por aumento do estresse oxidativo em eritrócitos,sendo estas ações atenuadas na presença de n-acetilcisteína

Autor(es): Dias G. F.; Bonan N. B.; Kuntsevich V.; Souza W.; Stinghen A. E.; Nakao L. S.; Barreto F.; Kotanko P.; Pecoits-Filho R.; Moreno-Amaral A. N.

Pontifícia Universidade Católica do Paraná

INTRODUÇÃO: Toxinas urêmicas desempenham um papel fundamental na anemia relacionada à doença renal crônica (DRC), que pode ser observado pelo aumento de eriptose, acelerando o quadro anêmico em pacientes com DRC. A anemia renal está envolvida na patogênese do aumento do estresse oxidativo em pacientes, devido a sua associação com o excesso na produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) e redução das defesas antioxidantes. N-acetilcisteína (NAC) é um doador de cisteína, que sustenta a síntese de glutationa e tem propriedades antioxidantes. O presente estudo explora o potencial das toxinas urêmicas, indoxil sulfato (IS) e p-cresil sulfato (pCS), em induzir a eriptose e produção de ROS na presença ou não de NAC.
MÉTODOS: Eritrócitos obtidos de doadores saudáveis foram pré-incubados com NAC por 24h, com adição de diferentes concentrações de IS e pCS por nova incubação por 24h. Aeriptose foi avaliada pela expressão de fosfatidilserina (FS) marcada com Annexina-V-PE e a produção de ROS foi avaliada pela marcação com sonda DCFH-DA. Ambos foram avaliados por citometria de fluxo.
RESULTADOS: IS induziu eriptose de maneira dose resposta, com sua maior concentração (236mg/L) resultando em aproximadamente 35±11% de exposição de FS. pCS (também na maior concentração utilizada, 2. 6 mg/L) foi capaz de induzir cerca de 25±9. 5% de FS. Na presença de NAC, a morte de eritrócitos induzidas por ambas as toxinas, foi atenuada ou mesmo completamente inibida. Quanto à produção de ROS, foi observado um aumento na geração de ROS promovido após a incubação com ambas as toxinas (56±19. 7% para IS 236mg/L; e 20±5. 6% para pCS 2. 6 mg/L). Novamente, esta atividade promovida na presença das toxinas urêmicas foi inibida com a pré-incubação dos eritrócitos com NAC.
CONCLUSÕES: Tanto IS, como pCS foram capazes de induzir a eriptose em eritrócitos de indivíduos saudáveis, bem como, foram indutoras da produção acentuada de ROS por estas células, fatores parcialmente envolvidos no desencadeamento da anemia e inflamação na DRC. Esses efeitos foram atenuados por NAC. Os resultados mostram a influência da toxicidade urêmica na eriptose, levando a uma acelerada remoção dos eritrócitos da circulação. A alta produção de ROS contribui para a inflamação sistêmica de pacientes com DRC.


TLP: 200

Novo quelante de fósforo e sua ação nacalcificação vascular em um modelo experimental de doença renal crônica – estudo piloto

Autor(es): Bárbara Bruna Abreu de Castro; Wander Barros do Carmo; Luísa Cardoso Manso; Leonara Beatriz Fayer de Almeida; Allyne Marchioni Juste; João Luís Carvalho Tricote dos Santos; Paulo Giovanni de Albuquerque Suassuna; Clóvis Antonio Rodrigues; Hélady Sanders-Pinheiro

Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Nefrologia – NIEPEN e Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Animais de Laboratório – NIDEAL (Centro de Biologia da Reprodução) / Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora-MG; 2. Núcleo de Inves

INTRODUÇÃO: A Doença Renal Crônica (DRC) favorece a calcificação vascular (CV), atribuída a alterações nas concentrações de fosfato, cálcio, vitamina D e paratormônio. A prevenção da CV concentra-se, principalmente, na redução da sobrecarga do fosfato sérico. Recentemente, o polímero Quitosana Ferro III reticulado (QST-Fe III-R) mostrou ação quelante sobre o fosfato in vitro e in vivo (em animais sem DRC). Este estudo tem como objetivo avaliar a ação quelante de fosfato do polímero QTS-Fe III-R, e seu efeito sobre a calcificação vascular quando administrado por via oral em ratos Wistar com DRC induzida por adenina.
MÉTODOS: Utilizamos 12 ratos Wistar, divididos em grupo Controle, Controle Tratado, grupo DRC e DRC Tratado. ADRC foi induzida pela adição de adenina a ração a 0,75% durante 4 semanas e a 0,1% nas 2 semanas seguintes. A QTS-Fe III-R foi administrada por gavagem, 30mg/Kg/dia, por 4 semanas, iniciado após 2 semanas de indução da DRC. Avaliamos creatinina, cálcio, fósforo e fração de excreção de fósforo (FeP) ao final. A aorta proximal foi submetida à coloração de von Kossa e quantificação do percentual de área calcificada.
RESULTADOS: Nos grupos DRC observamos redução da função renal com elevação da creatinina, quatro vezes superior ao grupo Controle (2,32±0,9 vs 0,57+0,08 mg/dl, p<0,05) e alterações histológicas típicas: cristais de adenina intratubulares, dilatação dos túbulos, atrofia tubular, infiltrado e expansão acentuada do interstício. O fósforo sérico se elevou no grupo DRC (7,05±0,67 vs 13,31±1,7mg/dl), mas não houve redução com o tratamento com QTS-Fe III-R (12,68±0,7mg/dl). Porém a FeP aumentou no grupo DRC (15,8±11,1 vs 95,4±12,3%, p<0,05) e no grupo DRC Tratado houve redução significante ao final da 6ª semana, 60,55±10,7 %, p<0,05. O grupo DRC apresentou descontinuidade parcial da íntima e desorganização da camada média da aorta. Foi observada CV em 2/3 dos animais do grupo DRC, que ocupava 16,1+/-3,8% da aorta e que se reduziu para 5,0+/-2,9% (p<0,05) nos animais com DRC tratados com QTS-Fe III-R. Não houve alteração do cálcio sérico. CONCLUSÃO: O modelo experimental promoveu perda importante e sustentada de função renal. Os animais com DRC tratados com QTS-Fe III-R apresentaram uma redução na FeP de 36% e uma área de calcificação da aorta 68% menor quando comparados aos animais com DRC sem tratamento. Estes resultados preliminares sugerem que a QTS-Fe III-R tem eficiência como quelante de fósforo e em reduzir a CV.


TLP: 201

Avaliação da morfologia renal em ratos wistar com síndrome metabólica tratados com quercetina

Autor(es): Marcella Martins Terra; Hélady Sanders-Pinheiro; Hussen Machado; Martha de Oliveira Guerra; Vera Maria Peters

Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Animais de Laboratório – NIDEAL (Centro de Biologia da Reprodução) e Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Nefrologia – NIEPEN / Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora-MG

INTRODUÇÃO: A Síndrome Metabólica (SM) caracteriza-se por acúmulo central de gordura, hipertensão arterial e hipertrigliceridemia. Estudos epidemiológicos e clínicos têm confirmado que a SM está relacionada ao aumento da morbidade e mortalidade em virtude de sua associação ao processo inflamatório e a patologias como a doença cardiovascular, diabete mellitus, dislipidemias e doença renal crônica. Pela diversidade de fatores causadores ou contribuintes da SM o tratamento farmacológico ideal não está bem definido. A quercetina por apresentar ação antioxidante, antiinflamatória e vasodilatadora, poderia ser uma alternativa no tratamento das comorbidades que compõem a SM. O presente trabalho objetivou avaliar o efeito da quercetina no rim de ratos Wistar com SM induzida por dieta hiperlipídica.
METODOLOGIA: Ratos Wistar machos distribuídos em três grupos (n=10) receberam respectivamente: dieta padrão; ração hiperlipídica e ração hiperlipídica + 10mg/kg/dia de solução de quercetina, via oral, a partir dos dois meses de idade. Avaliou-se, semanalmente, peso corporal e pressão arterial da cauda. Aos seis meses, avaliamos: medida direta da PA, tolerância oral a glicose, gordura retroperitoneal e epididimária esquerda, glicose, triglicérides, colesterol, depuração da creatinina. Afibrose renal foi avaliada na coloração picrosirius sob luz polarizada e por imuno-histoquímica quantificamos as percentagem de células que expressavam TGF-_1.
RESULTADOS: A dieta hiperlipídica promoveu SM, caracterizada por aumento de peso corporal em relação ao grupo dieta padrão (431,3 ± 41,6 vs 351,2 ± 20,5g; p<0,05); acúmulo central de gordura, hipertensão arterial, hiperglicemia e hipertrigliceridemia. Houve aumento na porcentagem de fibrose renal avaliada pelo picrosirius (0,17±0,04 vs 0,67 ± 0,21 %; p<0,05). A quercetina reduziu a fibrose renal (0,67 ± 0,21 vs 0,47±0,17) e a expressão dos de TGF-_1 (35,5±11,38 vs 23,6±8,48 %) porém não alterou os parâmetros analisados da SM.
CONCLUSÃO: A administração crônica da quercetina em modelo experimental de SM induzida por dieta hiperlipídica não alterou os parâmetros da SM, porém foi capaz de atenuar alguns dos marcadores morfológicos de lesão renal.


TLP: 202

Modelo experimental de uremia com calcificação vascularpor adição de adenina e alto teor de fósforo na dieta 

Autor(es): Bárbara Bruna Abreu de Castro; Wander Barros do Carmo; Luísa Cardoso Manso; Leonara Beatriz Fayer de Almeida; Allyne Marchioni Juste; João Luís Carvalho Tricote dos Santos; Paulo Giovanni de Albuquerque Suassuna; Hélady Sanders-Pinheiro

Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Nefrologia – NIEPEN e Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Animais de Laboratório – NIDEAL (Centro de Biologia da Reprodução) / Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora-MG; 2. Núcleo de Investi

INTRODUÇÃO: A calcificação vascular (CV) é um problema grave e comum em pacientes com doença renal crônica (DRC), associado à elevada mortalidade cardiovascular e intimamente relacionada à hiperfosfatemia. Aprevalência de CV varia muito entre os modelos experimentais de uremia. O objetivo do estudo foi estabelecer em ratos Wistar, modelo de uremia com a presença de CV, por indução de nefrite túbulo-intersticial crônica adicionando adenina e alto teor de fósforo (1%) à dieta.
MÉTODOS: Utilizamos 18 ratos Wistar, divididos em grupos Controle e DRC. A adenina foi adicionada à ração em uma concentração de 0,75% durante 4 semanas, seguida de 0,10% durante as 2 semanas seguintes. Foram realizadas avaliações em 2, 4 e 6 semanas. A função renal foi avaliada pela dosagem de creatinina (C), cálcio, fósforo, depuração da creatinina (DepC), fração excretada de fósforo (FeP) e avaliação histomorfológica do rim esquerdo (HE). A aorta foi submetida à coloração de HE e Von Kossa, avaliação semiquantitativa da parede arterial e quantificação da percentagem de área calcificada na camada média.
RESULTADOS: No grupo DRC observamos redução da função renal com redução da DepC nos três tempos de avaliação e pico de C (3,32+0,32mg/dl) na 4ª semana, seis vezes superior ao grupo Controle (0,54+0,08mg/dl, p<0,05). Os rins do grupo DRC mostraram cristais de adenina intratubulares, dilatação dos túbulos, atrofia tubular, infiltrado e expansão acentuada do interstício. O fósforo sérico do grupo DRC se elevou significativamente nos três tempos, principalmente na 4ª semana (19,90+0,82mg/dL vs. 7,20+0,17mg/dL, p<0,05). A FeP aumentou progressivamente e alcançou o valor máximo de 67,3+10,5% na 6ª semana, valor cinco vezes maior que a FeP do grupo Controle (13,0+9,5%, p<0,05). O grupo DRC apresentou descontinuidade parcial da íntima e desorganização da camada média nas semanas 2, 4 e 6. Foi observada CV em 2/3 dos animais do grupo DRC na 6ª semana com 16,1%+3,8 da camada média calcificada nos que apresentaram CV. Não houve alteração do cálcio sérico.
CONCLUSÕES: O modelo induziu redução acentuada e mantida da função renal com morfologia característica. Observamos alterações vasculares na média da aorta que progrediu para CV de prevalência e intensidade relevantes ao final do experimento, estabelecendo-se assim modelo experimental com requisitos para estudo desta patologia.


TLP: 203

O efeito nefroprotetor do condroitim sulfato fucosilado na nefropatia diabética em ratos: implicações sobre a estrutura da membrana basal glomerular

Autor(es): Conrado L. R. Gomes; Cristina de L. Leão; Carolina Venturotti; André L. Barreira; Gabriela Guimarães; Rodrigo S. Fortunato; Paulo A. S. Mourão; Alvimar G. Delgado; Christina M. Takiya; Maurilo Leite; Jr.

Serviço de Nefrologia e Instituto de Biofísica, Universidade Federal do Rio de Janeiro

INTRODUÇÃO. Aativação de heparanase-1, albuminuria e diminuição de heparan sulfato (HS) glomerular têm sido descritos na nefropatia diabética (ND), onde o uso de glicosaminoglicanos (GAG) tem mostrado efeito benéfico. Por outro lado, ensaios clínicos recentes com o uso de GAGs em ND apresentaram resultados duvidosos. Este estudo descreve os efeitos do condroitim sulfato fucosilado (CSF), um novo GAG extraído de equinoderma marinho, sobre a nefropatia diabética induzida experimentalmente, comparado a enoxaparina (ENX), um GAG amplamente utilizado na prática médica.
MÉTODOS: O diabetes foi induzido pela estreptozotocina em ratos Wistar divididos em 3 grupos: DM (sem tratamento), CSF (8 mg/kg), e ENX (4 mg/kg). Ambas as drogas foram administradas por via subcutanea. Foram colhidos sangue (glicose, creatinina) e urina (albuminúria, alb/creat), assim como verificadas pressão arterial e estimada a função renal nos períodos antes e após 12 semanas de DM. Após este periodo, os animais foram sacrificados e os rins preparados para investigação do conteúdo de colágeno, expansão mesangial, quantificação de macrófagos, TGF-_ e nestina por imunohistoquímica. Heparanase-1 e HS foram examinados por imunofluorescência. A expressão gênica dos proteoglicanos e enzimas envolvidas na formação e degradação de GAGs foi analizada por PCR em tempo real (TaqMan).
RESULTADOS E CONCLUSÃO. O tratamento com ambos os GAGs preveniu o aumento da proteinúria e não alterou os níveis de glicose ou outros aspectos funcionais. O grupo DM exibiu espessamento da matriz mesangial e expansão tubulointersticial, o que foi prevenido nos grupos CSF e ENX. Aexpressão de TGF-_, a infiltração de macrófagos e o dano podocitário foram todos significativamente atenuados pelo tratamento com ambos os GAGs. No grupo DM observou-se diminuição da expressão do RNAm de agrina, perlecan, e colágeno XVIII, maiores constituintes proteoglicanos da membrane basal glomerular, além da diminuição da expressão de enzimas envolvidas na biossíntese de GAGs, o que foi em boa parte revertido nos grupos CSF e ENX. A expressão da heparanase-1 foi significativamente reduzida após ambos os tratamentos e surpreendentemente sem alterar o conteúdo de HS, o qual foi uniformemente reduzida em todos os grupos com diabetes, apesar do tratamento. Concluímos que o condroitim sulfato fucosilado pode se constituir numa ferramenta promissora no tratamento e prevenção da nefropatia diabética.


TLP: 204

Avaliação da influência do ácido ascórbico no ph urinário

Autor(es): Tayná Gontijo de Carvalho; Emanuelly Giovaneli Constancio; Pilar Barreto de Araújo Porto; Patricia Elaine de Azevedo Machado; José Carlos Carraro Eduardo; Adauto Dutra Moraes Barbosa

Universidade Federal Fluminense

INTRODUÇÃO: O ácido ascórbico (vitamina C) é uma vitamina hidrossolúvel. Ingerida em quantidades fisiológicas é excretada pelos rins na sua forma ativa. O excesso proporcionado por doses farmacológicas é eliminado pelo rim na forma ativa. O ácido ascórbico tem sido preconizado para acidificação da urina em infecções urinárias embora sua eficácia seja questionada.
OBJETIVO: Avaliar se a ingestão de vitamina C acidifica o pH urinário em indivíduos saudáveis.
MATERIAL E MÉTODOS: Jovens saudáveis, 11 homens/18 mulheres, idade média 24 anos (18-29 anos), com dieta padronizada, receberam dose única noturna de Ácido Ascórbico, 2 gramas, por via oral. Para medição do pH urinário foi utilizado o Medidor de PH portátil Marca Nova Instruments-NI PHP. A análise em amostras de urina foi feita imediatamente após a coleta, em dois dias consecutivos, antes e após a administração de Vitamina C.
RESULTADOS: A média±DP do pH sem vitamina C foi de 5,611±0,306, e após a droga foi de 5,832±0,480 (p = 0,025).
CONCLUSÃO: A vitamina C na dose de 2 gramas em dose única não modificou significativamente o pH urinário de jovens saudáveis.


TLP: 205

Kidney changes in mice offspring from maternal high-saltdiet

Autor(es): Mauricio Younes-Ibrahim; Jessica Andrade Moraes-Teixeira; Isabele Bringhenti; Marcia Barbosa Aguila; Carlos Alberto Mandarim-de-Lacerda

Laboratory of Morphometry, Metabolism and Cardiovascular Disease, BiomedicalCenter, Institute of Biology, and Laboratory of Nephrology, Department of Internal Medicine, Medical Sciences School, State University of Rio de Janeiro, Brazil

We aimed to examine the effects of a maternal high-sodium diet in the kidney and blood pressure (BP) of the offspring. Beginning eight weeks before pregnancy, female mice received a diet containing either 0. 25% sodium chloride (NaCl) – (standard chow, SC) or 4. 0% NaCl (high-sodium, HS). Females were mated with male mice fed a SC diet. Their offspring were analysed at three different ages (birth, day 10, and three months). At three months of age, the number of glomeruli and their average volume were estimated. After dissection from the around fat, the left kidneys were weighted, cut in half longitudinally. The block was exhaustively sectioned with a nominal thickness of 5 µm. The sections were stained with hematoxylin and eosin and mounted on glass slides. With the first section taken at random, the “section pair” used in the disector method considered a distance of 20 µm (that represents 1/3 to 1/4 of the average glomerular diameter). Before mating, HS dams showed higher glycemia, higher corticosterone levels, and higher BP than the SC dams. At birth, neonatal mortality was higher in the offspring of HS dams than in those from SC dams. At 3 months of age, HS offspring compared to SC offspring, showed higher proteinuria, glycaemia, BP, and larger and fewer glomeruli, greater number of sclerotic glomeruli, and lower creatinine clearance, urea nitrogen clearance, and glomerular filtration rate. The fractional excretions of sodium, potassium, urea, and the protein expressions of the reninangiotensin system (RAS) were higher in HS than in SC offspring, but AT2R, Wilms’ tumour suppressor gene (WT)1 and podocin were lower in HS than in SC offspring. In conclusion, the offspring exposed to a maternal diet with high sodium content shows glomerular hypertrophy, sclerosis, and low nephron number with consequent consequent high blood pressure and a shift in the renal expression of proteins (WT1, an embryonic malignancy of the kidney; podocin, a protein component of the slit diaphragm of podocytes), and RAS at maturity. Consequently, the renal function of these offspring deteriorates more quickly than offspring from mothers fed a normal sodium diet. Support: CAPES, Faperj and CNPq.


TLP: 206

Podocitúria na Doença de Fabry: uma ferramenta para omonitoramento da desordem renal

Autor(es): Ester Miranda Pereira; Anatália Labilloy; Adalberto Socorro da Silva; José Tibúrcio do Monte Neto; Semíramis Jamil Hadad do Monte

Universidade Federal do Piauí

INTRODUÇÃO: A doença de Fabry(FD) é uma desordem lisossômica ligada ao cromossomo Xocasionada por mutações no gene que codifica a enzima lisossômica _-galactosidase A (_-GAL). A redução ou ausência da atividade dessa enzima leva ao acúmulo progressivo de glicoesfingolipídeosneutros com resíduos terminais _-galactosil (sobretudo sob a forma de Gb-3) no plasma e nos lisossomos das células de variados órgãos. Adoença renal é uma importante consequência clínica da acumulação de Gb3. Podocito é o tipo de célula renal mais afetado na doença, que mostra apenas uma resposta parcial à Teparia de Reposição Enzimática (TRE). Além disso, a disfunção podocitária é a principal contribuinte para a perda progressiva da função renal e pode ser encontrada alterada mesmo antes do início da microalbuminúria. Podócitos podem ser recuperadosna urina em quantidades mínimas em estado normal, mas pode ser encontrado em maiores quantidades como um achado precoce de doenças glomerulares. Assim, a podocituria na DF pode ser uma ferramenta importante para prever a doença renal.
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi quantificar a excreção urinária de podócitos em pacientes com DF(V269M, n = 14) e controles saudáveis (n = 40), e relacioná-las com as variáveis sexo, idade, tempo de terapia e a razão albumina: creatinina (AUC).
MÉTODOS: Foi utilizada amostra fresca da primeira urina. Podocitos urinários foram identificados utilizando imunofluorescência para podocalixina e DAPI. O número de células podocalixina positivo foi contado por dois profissionais de saúde eo número médio foi utilizado (faixa normal 0-0,8 podocytes / mL).
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Das 14 amostras analisadas, sete vieram de homens e sete de mulheres; idade variou 8-74 anos eo tempo do tratamento com agalsidase alfa 0-24 meses. O número médio de podócitos na urina de pacientes com DF foi significativamente maior do que os controlos saudáveis (p <0,0001). Observou-se uma correlação positiva entre podocituria e AUC (r2=0,6417). Não foi encontrada correlação entre podocituria e sexo, idade ou duração da terapia. Podocituria é um parâmetro importante na avaliação da doença renal em geral, e pode servir como uma ferramenta adicional para monitoramento precoce da nefropatia de Fabry, mesmo antes de alterações naAUC.
CONCLUSÃO: A podocitúriapode ser uma ferramenta adicional para avaliar a progressão da doença renal em pacientes que se espera que tenha um fenótipo mais agressivo. Esse trabalho foi apoiado pela SHIRE H. T.


TLP: 207

Estresse oxidativo e nitrosativo no eixo cardio-renal em ratos diabéticos submetidos ao treinamento aeróbico

Autor(es): Peternelli, MP; Rodrigues, AM; Yorgos, DL; Fernandes, TO; Oliveira, CS; Mouro, MG; Andrade, JL, Higa, EMS

(Autor) Departamento de Medicina; 1, 2,3,7 Nefrologia; 4,5,6 Translacional. UNIFESP-EPM, São Paulo, Brasil.

INTRODUÇÃO: O diabetes mellitus (DM) é caracterizado pela intensa produção de espécies reativas de oxigênio (ROS), desenvolvendo um desequilíbrio chamado de estresse oxidativo. Pacientes diabéticos são mais propensos à doença cardiovascular e renal quando comparados aos não-diabéticos. Estudos em nosso Laboratório mostraram que o exercício físico foi bastante eficaz no controle da nefropatia diabética pela redução das ROS e recuperação do óxido nítrico (NO). O objetivo do estudo é avaliar o estresse oxidativo e nitrosativo no eixo cardiorenal em ratos diabéticos submetidos ao treinamento aeróbico.
MÉTODOS: Ratos Wistar machos adultos, pesando entre 170-210g foram unilateralmente nefrectomizados; o DM foi induzido em metade desses animais com estreptozotocina (60mg/kg, i. v. ); os demais receberam o veículo (CTL). Metade dos animais não-diabéticos (CTL+EX) e diabéticos (DM+EX) foi submetido ao treinamento aeróbico sobre esteira na taxa de 16m/min, durante 60min/dia, 5 dias por semana durante 8 semanas; o restante dos ratos permaneceu sobre esteira desativada, durante mesmo período (CTL+SE e DM+SE) (n=5 para cada grupo). No final do protocolo coletamos o rim e coração dos animais para dosagens de TBARS (marcador de lipoperoxidação, nmol/mg proteína) e NO (nmol/mg proteína).
RESULTADOS: DM+SE vs. CTL+SE mostrou aumento de TBARS no rim (0,96 ±0,12 vs. 0,67 ±0,08; p<0,05), permanecendo inalterado no coração (0,17 ±0,02 vs. 0,19 ±0,03). Quando aplicamos o treinamento aeróbico, o grupo DM+EX vs. DM+SE mostrou redução do estresse no tecido renal (0,56 ±0,09; p<0,05) e tendência de aumento no tecido cardíaco (0,34 ±0,07). O NO entre DM+SE vs. CTL+SE mostrou inalterado no tecido renal (0,97 ±0,08 vs. 0,99 ±0,06) e no cardíaco (9,6±3,7 vs. 6,7 ±0,24), entretanto, ao aplicar os exercícios, DM+EX vs. DM+SE teve os níveis aumentados de NO renal (2,55 ±0,52; p<0,05), mas inalterado no cardíaco (0,56 ±0,09)
CONCLUSÃO: Nossos dados sugerem que nesta fase do DM o rim seria o principal órgão alvo apresentando estresse oxidativo/nitrosativo que foi controlado pelos exercícios, evidenciando que o mesmo não aconteceu ao coração, que ainda se encontra protegido.


TLP: 208

Alterações na dinâmica de proteínas associadas amicrodomínios lipídicos em modelo celular renal de Doençade Fabry

Autor(es): Anatália Labilloy; Robert T. Youker; Jennifer R. Bruns; Ira Kukic; Kirill Kiselyov; Willi Halfter; David Finegold; Semiramis Jamil Hadad do Monte; Ora A. Weisz

Universidade Federal do Piauí

INTRODUÇÃO: Doença de Fabry (DF) é uma doença de depósito lisossômico causada pela deficiência da hidrolase alfagalactosidase A (_-Gal A), a qual resulta em acúmulo sistêmico dos seus substratos, em especial globotriaosilceramida. Envolvimento renal causa significativamorbi-mortalidade, manifestando-se commicroalbuminúria e posterior redução do RFG, podendo evoluir para DRC estágio 5. Os glicoesfingolipídios acumulados na DFcompõem inerentemente membranas plasmáticas e intracelulares, localizando-se em microdomínios lipídicos, com funções cruciais em tráfego e sinalização intracelulares. Perturbações na composição ou em processos celulares específicos aosmicrodomínioscontribuem na patogênese de várias doenças humanas. No entanto, pouco se conhece sobre os efeitos do acúmulo de tais lipídios na dinâmica de microdomíniosno contexto de DF.
MÉTODOS: Empregou-se siRNAdirecionado à _-Gal Apara geração de modelo de DF em células epiteliais renais caninas (MDCK), utilizando siRNA contra à luciferase de pirilampo como controle. Caracterização ocorreu porimmunofluorescência,qRT-PCR e microscopia eletrônica. Análise de tráfego polarizado das proteínasheterólogasDPPIV, HA, GFP-p75 realizou-se por imunofluorescência e microscopia confocal. As proteínas GFP-GPI e GFP-Endolina, ativadas ou não por anti-GFP, serviram como modelo de proteínas residente e não-residente em microdomínios lipídicos, respectivamente. Avaliação quantitativa da mobilidade e estado oligomérico foi realizada por “análise de número e brilho” em imagens de microscopia confocal em células vivas.
RESULTADOS: As células silenciadas para _-Gal A apresentaram elevação significativa nos níveis de Gb3 e aumento no volume lisossômico, com acúmulo progressivo de “corpos zebroides”. Tráfego polarizado de proteínas tanto associadas como não associadas aos microdomínios lipídicos se manteve inalterado. A “análise de número e brilho” evidenciou um aumento significativo no grau de oligomerização de GFP-GPI ativados em células silenciadas para _-Gal A em comparação com as células controle, o que não foi observado para GFP-endolina, sugerindo que tal alteração na estabilidade oligomérica é específica às proteínas associadas aos microdomínios lipídicos em DF.
CONCLUSÃO: O acúmulo de glicoesfingolipídios observado na DF induz mudanças na dinâmica de proteínas associadas aos microdomínios lipídicos, fenômeno com implicações na patogênese da doença. *Este trabalho obteve suporte da Shire H. T.


TLP: 209

Expressão de microRNAs em rins fibróticos induzido porobstrução unilateral do ureter

Autor(es): Edgar Maquigussa; Mariana da Silva Perez; Gabriel Henrique de Oliveira Pokorny; Mirian Aparecida Boim

UNIFESP

INTRODUÇÃO Fibrose renal é o final comum da doença renal progressiva. miRNAs são RNAs não-codificantes curtos que inibem a expressão gênica através da repressão pós-transcricional dos mRNAs alvos. A expressão desregulada de miRNAs pode ser crucial para a ativação da fibrose renal. Neste estudo, foi utilizado a técnica de PCR array, para investigar o perfil de expressão de diversos miRNAs e identificar os potenciais envolvidos na fibrose intersticial renal induzida por obstrução unilateral do ureter (UUO).
MÉTODOS UUO foi induzida em camundongos por obstrução ureteral do rim esquerdo. Após 7 dias, os animais foram eutanasiados e ambos os rins foram utilizados na PCR array. Foram analisados 84 miRNAs envolvidos no fibrogênese. Para identificar os potenciais alvos dos miRNAs, foi utilizado uma base de dados para identificar os RNAm alvos.
RESULTADOS Houve alteração na expressão de 35 miRNAs no rim fibrótico. Desses, 23 miRNAs estavam com a expressão reduzida e 12 estavam superexpressos. Através da bioinformática, observamos que os miRNAs agem em diversos genes envolvidos no desenvolvimento da fibrose renal. No rim fibrótico, seis miRNAs que estavam com a expressão reduzida regulam a via de sinalização do TGF-_, e 14 miRNAs estão envolvidos em genes relacionados com matriz extracelular, como colágeno e fibronectina.
CONCLUSÃO Análise de bioinformática sobre os genes alvos dos miRNAs pode abrir a possibilidade para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas para o tratamento e a prevenção da insuficiência renal progressiva.


TLP: 210

Efeito da Vitamina D no modelo de doença renal crônica por nefrectomia 5/6

Autor(es): Edgar Maquigussa; Josne Carla Paterno; Vicente de Paulo Castro Teixeira; Mirian Aparecida Boim; Nestor Schor

UNIFESP

INTRODUÇÃO: A fibrogênese renal é um processo dinâmico e envolve a ativação de diversas vias que desencadeiam a ativação e a proliferação de células produtoras de matriz, resultando na doença renal crônica. Entre os muitos fatores que regulam o processo fibrótico renal destaca-se o TGF-_. Por outro lado, a Vitamina D ativa (Vit D) tem sido apontada como um importante agente renoprotetor. Este efeito da Vit D é decorrente de sua capacidade de modelar a atividade do SRA e do NF-_B. A ativação dessas duas vias resulta no estimulo à proliferação celular, inflamação, estresse oxidativo e fibrogênese. O objetivo deste estudo é avaliar o efeito renoprotetor da Vitamina D no modelo de ablação renal.
MÉTODOS: Ratos Wistar machos e adultos foram submetidos à ablação de 5/6 da massa renal. Os animais foram separados em 2 grupos: grupo controle (CTL), ou tratado com paricalcitol (VD, 0. 5µg/kg, via subcutânea) por 8 semanas. Após o tratamento, os animais foram eutanasiados para retirada do rim e amostras de sangue. Análise histológica foi avaliada pela coloração de hematoxilina e eosina e picrosirius. A pressão arterial foi analisada por pletismografia da artéria caudal.
RESULTADOS: A ablação renal desenvolveu aumento na pressão arterial sistêmica, o qual não foi alterado com o tratamento com paricalcitol. O grupo controle apresentou elevada proteinuria, porém, a vitamina D não alterou esse parâmetro. O paricalcitol não foi capaz de melhorar a lesão glomerular nem a fibrose renal causada pela hipertensão arterial.
CONCLUSÃO O tratamento com paricalcitol não melhorou a lesão renal causada pela hipertensão arterial.


TLP: 211

Exposição crônica a nicotina – um estado de deficiência de Klotho

Autor(es): Fernanda O Coelho; Lectícia Jorge; Ana C. de Bragança; Daniele Canale; Talita Rojas Sanches; Maria Irigoyen; Rildo A. Volpini; Makoto Kuroo; Lucia Andrade

FMUSP

INTRODUÇÃO: O tabagismo é um fator de risco independente para doença renal. A nicotina (NIC), um dos principais components do cigarro, age através do receptor nicotínico _7 (_7nAChR), estimulando a fibrose e a progressão da doença renal. A proteína Klotho, expressa e secretada principalmente pelos rins, encontra-se dimunuída em diversas condições patológicas, agrava lesão renal aguda e está associada a fibrose renal. Nesse estudo, investigamos a expressão de Kl em um modelo de exposição crônica a nicotina.
MÉTODOS: Durante 4 semanas, camundongos machos de 8-12 semanas Kl+/_ e Kl+/+ receberam NIC (200 µg/ml) ou veículo (sacarina [SAC] 2%). Foram avaliadas pressão arterial média (PAM); variáveis bioquímicas em plasma e urina; Kl, TGFß, and _7nAChR (immunoblotting); e fibronectin em tecido renal (imunohistoquímica). Os dados estão apresentados como média ± media de erro padrão.
RESULTADOS: Aexpressão de Kl (%) foi menor nos animais Kl+/+NIC do que nos animais Kl+/+SAC mice (38. 6±2. 5 vs. 98. 3±1. 7, p<0. 001). A expressão do _7nAChR (%) foi menor no grupo Kl+/+NIC do que no grupo Kl+/+SAC (72. 9±8. 0 vs. 101. 2±4. 1, p<0. 05); sendo maior nos camundongos Kl+/_NIC do que nos camundongos Kl+/+NIC (129. 3±4. 0 vs. 100. 3±1. 7, p<0. 01). A expressão de TGFß (%) foi maior no grupo Kl+/_NIC do que no grupo Kl+/+NIC (130. 0±7. 0 vs. 104. 1±3. 9, p<0. 01). A expressão de fibronectina foi maior nos dois grupos que receberam nicotina.
CONCLUSÕES: Nossos resultados sugerem que a exposição crônica a nicotina cria um estado de deficiência de Klotho e que a via da fibrose renal induzida pela nicotina deve ser Kl-dependente.


TLP: 212

DEsenvolvimento de bio-ferramentas para detecção e caracterização de produtos finais de glicação avançada (ages) no contexto da Doença Renal Crônica (DRC)

Autor(es): Alessandra Becker Finco; Andrea Stinghen; Juliana Ferreira de Moura; Larissa Magalhães Alvarenga

Universidade Federal do Paraná

INTRODUÇÃO Os produtos finais de glicação avançada (AGES) são compostos formados por reação não enzimática de glicação e oxidação entre proteínas e açucares. Uma das principais estruturas antigênicas dos AGES foi identificada como sendo N_-(carboximetil) lisina (CML). A fim de detectar os níveis circulantes de CML em pacientes com doença renal crônica (DRC), diferentes abordagens bioquímicas e imunológicas vêm sendo aplicadas. Porém, ainda é insuficiente o desenvolvimento de insumos nacionais para caracterização dessa toxina, nos colocando numa condição de dependência tecnológica. Assim, o objetivo deste trabalho foi à produção de anticorpos capazes de detectar e quantificar níveis de CML em fluídos biológicos de pacientes com DRC. Além disso, tais ferramentas poderão ser empregadas em ensaios in vitro como moléculas bloqueadoras/competidoras para promover o melhor entendimento dos efeitos citotóxicos provocados pelos AGES.
MÉTODOS Obtenção dos compostos AGES-CML, diferentes proteínas foram utilizadas: albumina humana e bovina, ovalbumina e hemocianina de molusco empregando-se ácido glioxilico e NaCNBH3. As amostras sintetizadas foram caracterizadas por determinação do perfil eletroforético e utilizadas como imunógenos em camundongos Balb/C para produção de anticorpos policlonais e monoclonais (mAbs). Os anticorpos foram caracterizados por ELISA e Western Blotting. Soros de pacientes com DRC em hemodiálise foram usados para avaliação da eficácia dos mAbs em identificar níveis circulantes de CML.
RESULTADOS Os perfis de migração das amostras apresentaram alteração na mobilidade eletroforética quando comparados aos seus padrões, sugerindo a eficiência de glicação. Os soros dos camundongos imunizados apresentaram altos títulos de anticorpos policlonais, o que permitiu a obtenção de hibridomas produtores de mAbs capazes de reagir com os AGES-CML. Em teste de ELISA os mAbs competiram com CML presente nas amostras testadas como também em soro de paciente com DRC em tratamento dialítico.
CONCLUSÕES Aobtenção de AGES-CML foi confirmada em todas as moléculas produzidas e estruturas comuns entre elas foram reconhecidas pelos anticorpos policlonais e monoclonais sugerindo o caráter de especificidade contra o domínio CML. O estudo mais detalhado desses anticorpos permitirá a identificação e caracterização de toxinas urêmicas, como também, seu uso em metodologias de depuração/bloqueio de tais toxinas, de modo a promover melhorias no tratamento relacionado à DRC.


TLP: 213

Avaliação da expressão e função de receptores AT1 e AT2 em membrana nuclear de células mesangiais

Autor(es): Antônio da Silva Novaes; Fernanda Teixeira Borges; Mirian Aparecida Boim

Universidade Federal de São Paulo

INTRODUÇÃO: Atualmente se discute a presença de um sistema renina angiotensina (SRA) intracelular que resulta em ação intrácrina da angiotensina II (Ang II). A presença dos receptores AT1 e AT2 no compartimento intracelular pode mediar os efeitos não clássicos da Ang II como: crescimento, proliferação e regulação da expressão gênica de proteínas pró-inflamatórias e pró-fibróticas. A hipótese deste trabalho é testar a possibilidade de que a Ang II é capaz de induzir efeitos intracelulares através de sua ligação a seus receptores de membrana nuclear de células mesangiais humanas (CMH).
OBJETIVO: Verificar a expressão de receptores AT1 e AT2 na membrana nuclear de CMH e em núcleo isolado de CMH, e avaliar se a Ang II exógena é capaz de se ligar a esses receptores.
METODOLOGIA: Aexpressão proteica de AT1 e AT2 foi determinada por Western Blotting em extrato nuclear. A localização desses receptores foi avaliada por imunofluorescência. Para avaliar a capacidade de ligação da Ang II a esses receptores nucleares, foram estabelecidos os seguintes grupos de células: I – Controle: CHM e núcleos isolados incubados apenas com o anticorpo secundário conjugado com fluorocromo; II – CHM marcadas com anti-AT1 e anti-AT2; III – Núcleos marcados com anti-AT1 e anti-AT2; IV – núcleos marcados na presença de Losartan (bloqueador de AT1) e PD-123177 (bloqueador de AT2). Adicionalmente os grupos II, III e IV foram expostos a Ang II conjugada com fluorocromo FITC para avaliar a ligação com os receptores.
RESULTADOS: O extrato nuclear de CHM apresentou expressão proteica para os receptores AT1 e AT2. Esses receptores foram também observados por imunofluorescência na membrana nuclear de CMH e de núcleos isolados de CMH. A adição de Ang II no meio de cultura produziu marcação co-localizada com ambos os receptores, em CMH e em núcleos isolados, indicando que a Ang II exógena foi capaz de ligar aos receptores nucleares. Além disso, a marcação da Ang II nos núcleos na presença de Losartan e/ou PD-123177 apresentou significante redução da fluorescência em relação as núcleos expostos somente à Ang II marcada. Isso sugere que os receptores nucleares são semelhantes aos receptores AT1 e AT2, entretanto a fluorescência residual pode indicar a presença de outros tipos de receptores para AngII. Esses resultados corroboram com a hipótese da presença de receptores nucleares que podem ser ativados pela AngII e sugerem a possibilidade de ações nucleares da Ang II nos receptores AT1 e AT2.


TLP: 214

Efeitos do tabagismo sobre a progressão da doença renal em camundongos císticos por inativação do gene PKD1

Autor(es): Marciana Veloso de Souza; Andressa Godoy Amaral; Bruno Eduardo Balbo; Fernanda de Souza Messias; Luiz Fernando Onuchic

Faculdade de Medicina da USP

INTRODUÇÃO: O tabagismo se constitui em fator de risco para progressão de doença renal crônica e aumenta o risco de homens nefropatas evoluírem para doença renal crônica terminal (DRCT). Além disso, em pacientes do sexo masculino portadores de doença renal policística autossômica dominante (DRPAD), o tabagismo aumenta o risco de progressão para DRCT de forma dose-dependente.
OBJETIVOS: Utilizamos um modelo de camundongo cístico ortólogo à DRPAD humana (Pkd1cond/cond:Nestincre) para avaliar o efeito do tabagismo sobre dois parâmetros fundamentais associados à progressão da doença renal nesta moléstia: a concentração sérica de ureia (SU) e o índice cístico renal (ICR).
MÉTODOS: Nosso estudo incluiu 4 grupos experimentais: Pkd1cond/cond:Nestincre (cístico; CI), Pkd1cond/cond (controle não cístico; NC), Pkd1cond/cond:Nestincre exposto ao tabagismo (cístico fumante; CIF) e Pkd1cond/cond exposto ao tabagismo (não cístico fumante; NCF). Os grupos CIF e NCF foram expostos ao tabagismo desde a concepção até 16-18 semanas de idade, duas vezes ao dia, durante 30 min. Ao final do período experimental, coletamos amostras de sangue para determinação da SU em todos os grupos e analisamos os rins de animais CI e CIF por meio de ultrassonografia de alta resolução para determinação do ICR.
RESULTADOS: Camundongos CIF apresentaram níveis mais altos de SU que animais CI ([104,2 mg/dL (85,7-115,9) n=12] vs [75,6 mg/dL (67,8-82,2) n=10]; p<0,05) e que controles NC (vs [66,4 (62,6-74,6) n=8]); p<0,001). Camundongos NCF, por sua vez, também apresentaram SU elevada comparados a seus controles NC ([90,1 mg/dL (84,4-105,7) n=9] vs [66,4 (62,6-74,6) n=8]); p<0,01). SU não diferiu, entretanto, entre os grupos CIF e NCF e entre os grupos CI e NC. Vale destacar que camundongos CIF apresentaram um maior ICR que animais CI ([17,4% (6,0-31,7) n=12] vs [4,6% (2,7-8,4) n=11; p<0,05).
CONCLUSÕES: As análises de SU revelaram que o tabagismo apresentou um efeito deletério sobre a função renal de camundongos císticos e não císticos. Nossa avaliação comparativa do ICR também mostrou que o tabagismo aumentou o comprometimento cístico renal de camundongos CI, sugerindo um efeito de aceleração dos processos de cistogênese e/ou crescimento cístico. Nossos achados ampliam o entendimento de mecanismos envolvidos na progressão da doença renal associada à DRPAD e sugerem que o tabagismo possa se comportar como um fator de risco específico à evolução da doença renal cística nesta enfermidade.


TLP: 215

Produto da fermentaçao bacteriana intestinal atenua lesao e progressao da glomeruloesclerose focal e segmental experimental

Autor(es): Raphael José Ferreira Felizardo; Rafael Luiz Pereira; Reinaldo Correia Silva; Vinícius Andrade de Oliveira; Danilo Cândido de Almeida; Mariane Tami Amano; Marcos Antônio Cenedeze; Sylvia Mendes Carneiro; Álvaro Pacheco-Silva; Niels Olsen Saraiva Câmara

1. Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, São Paulo, Brasil
2. Universidade de São Paulo, São Paulo, São Paulo, Brasil
3. Instituto Butantan, São Paulo, São Paulo, Brasil

Nos últimos anos, estudos recentes ressaltam os profundos efeitos da dieta e dos produtos gerados pela microbiota intestinal na regulação da resposta imune, do desenvolvimento da diabetes, e do câncer de intestino. O butirato é um ácido graxo de cadeia curta, produzido pela microbiota intestinal por meio da fermentação anaeróbica de fibras e produtos não digeridos advindos da dieta, e imunologicamente importantes devido a suas já conhecidas propriedades em modular a resposta imune. Muitos estudos mostram a capacidade modulatória do butirato na resposta inflamatória intestinal e extra-intestinal, entretanto a participação do butirato em doenças renais ainda é desconhecida. A glomeruloesclerose segmental e focal (GESF) é uma das mais importantes causas de doença renal, caracterizada pela retração dos processos podais dos podócitos, e redução das proteínas envolvidas no diafragma em fenda e presentes na barreira de filtração glomerular. Estas alterações levam a proteinúria e ativam eventos inflamatórios e fibróticos como recrutamento de macrófagos por liberação de quimiocinas e deposição de matriz extracelular, culminando na perda progressiva da função glomerular. Portanto, o objetivo deste estudo é avaliar o potencial antifibrótico e anti-inflamatório do butirato na GESF experimental. Para provar nossa hipótese, camundongos Balb/c foram induzidos a desenvolver a GESF pela adriamicina e tratados com múltiplas doses intraperitoneais de butirato. Amostras de urina, sangue e tecido renal foram coletadas para análises. O tratamento com butirato reduziu dramaticamente os níveis de proteína na urina, atenuação da lesão podocitária, redução de perda de proteínas essenciais à sobrevivência do podócito e integridade da barreira de filtração glomerular. Expressão gênica de quimiocinas que promovem o recrutamento de macrófagos como MCP-1, MIP-1_, assim como IL-1_ e TNF-_ uma vez hiperegulados na doença foram hiporegulados pelo tratamento com butirato. Ainda, butirato modulou eventos fibróticos por redução da glomeruloesclerose e deposição de matriz. A expressão de moléculas envolvidas no remodelamento de matriz, como colágeno IV, TGF-ß e FSP-1 foram diminuídos com o tratamento com butirato. Este trabalho sugere uma relevante relação entre a microbiota residente e doenças renais, no qual o butirato pode atenuar ou preservar a sobrevivência do podócito evitando o dano glomerular. Suporte Financeiro: FAPESP (2012/15205-4), CAPES, CNPq.


TLP: 216

Efeito renoprotetor da administração oral de ácido alfalipóico em ratos com doença renal crônica

Autor(es): Fernando Tonholi Dal Lin; Letícia Baby Couto; Roberto Pecoits-Filho; Clarice Kazue Fujihara; Aline Borsato Hauser; Maria Fernanda Soares; Sze Mei Lo; Gerson Luiz Santos; Lia Sumie Nakao

Universidade Federal do Paraná

INTRODUÇÃO: A progressão da doença renal crônica (DRC) está associada a um aumento no estresse oxidativo sistêmico (Aveles et al. ,2010; Rodrigues et al. , 2012) e renal (Vaziri et al. ,2003). Nosso grupo demonstrou que o transplante renal em pacientes de DRC melhorou os níveis plasmáticos de tióis totais e carbonilas proteicas (biomarcadores de estresse oxidativo), indicando um papel das toxinas urêmicas na indução do estresse oxidativo (Aveles et al. ,2010). Neste contexto, a utilização de antioxidantes para melhorar os efeitos deletérios e oxidantes presentes na DRC parece ser uma estratégia interessante. O ácido alfa lipóico (ALA) é um reconhecido agente anti-inflamatório e possivelmente antioxidante. Recentemente, foi demonstrado que a administração de ALA via intraperitoneal em ratos que sofreram nefrectomia de 5/6 apresentou efeitos antioxidantes e renoprotetores (Yu et al. ,2012). Neste trabalho, investigamos o potencial renoprotetor do ALA em ratos com DRC, e tratados oralmente com ALA, uma via mais adequada quando se trata de pacientes.
MÉTODOS: Ratos machos Wistar sofreram a nefrectomia de 5/6 (grupo DRC) ou não (grupo Sham). No 7º dia pós-cirúrgico, o tratamento crônico por 53 dias com ALA foi iniciado em metade de ambos os grupos (DRC+ALA,n=8 e Sham+ALA,n=4). A outra metade só recebeu o veículo (grupos DRC,n=6 e Sham,n=3). ALA foi administrado em suspensão de carboximetilcelulose 0,1% na dose de 100 mg/kg/48h. Foram avaliados os efeitos do ALA no ganho de massa corpórea, níveis plasmáticos de ureia e creatinina (por kits comerciais), proteinúria (pelo método Bradford), glomeruloesclerose e danos tubulares (por análise histomorfométrica) 60 dias após a nefrectomia.
RESULTADOS: Nossos resultados mostraram que o grupo DRC apresentaram os níveis de ureia (97 vs 51 mg/dL p>0,05) e creatinina plasmática (0,84 vs 0,36 mg/dL p=0,05), proteinúria (109 vs 14 mg/24h p=0,005), ganho de massa corpórea, glomeruloesclerose (p=0,04) e danos tubulares (p=0,009) condizentes com a DRC, quando comparados ao grupo Sham. Contudo, o ALA não mostrou-se eficiente na renoproteção, pois em todos os parâmetros analisados no grupo DRC+ALA não houve melhora significativa em relação ao grupo DRC (creatinina p=0,23; ureia p=0,27; proteinúria p=0,97; glomeruloesclerose p=0,29 e danos tubulares: p=0,62). CONCLUSÃO: Os dados obtidos até o momento mostraram que a administração via oral do ALA na dose de 100 mg/kg a cada 2 dias não apresentou efeitos renoprotetores significativos.


TLP: 217

Estudo comparativo da biocompatibilidade entre artéria bovina descelularizada e prótese de politetrafluoretileno expandido como enxerto arteriovenoso em ovinos

Autor(es): Marcos Alexandre Vieira; Miguel Carlos Riella; Francisco Affonso Diniz da Costa; João Gabriel Roderjan; Eduardo Vieira; Flora Braga Vaz; Galvani Boch; Luciane Monica Deboni

Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR); Pró-Rim Joinville-SC ; Fundação Pró-Renal Curitiba-PR

INTRODUÇÃO: Adisfunção precoce do enxerto de politetrafluoretileno expandido (PTFEe) é um dos desafios a serem superados quanto ao acesso vascular para hemodiálise. A artéria torácica interna bovina descelularizada (ATIBD) pode ser uma opção. O estudo comparou dois grupos de ovinos, um com ATIBD e outro com PTFEe implantados entre a artéria carótida e a veia jugular.
MÉTODOS: A ATIBD foi descelularizada com dodecil sulfato de sódio. O comportamento biológico dos enxertos foi avaliado através da análise histológica nas colorações HE, alizarina red pH

4. 2 e 7. 0 e pentacrômico de Russel Movat’s. Foram consideradas as variáveis repovoamento celular, reendotelização, trombose, neovascularização, calcificação, hiperplasia neointimal, infiltrado inflamatório. Estudo com ecodoppler ultrassonografia foi utilizado para avaliar a presença de fluxo. Imunohistoquímica com anticorpo anti CD34 foi realizada.
RESULTADOS: O repovoamento celular ocorreu nos dois grupos. A matriz extracelular da ATIBD se mostrou preservada com repovoamento por células do ovino. Células endoteliais foram expressas através da análise imunohistoquímica com anticorpo anti-CD34. AATIBD se mostrou mais organizada. O grupo ATIBD não apresentou trombose. Trombose foi identificada em cinco animais do grupo PTFEe. Não houve diferença estatística entre os grupos considerando infiltrado inflamatório, neovascularização, calcificação, reendotelização, repovoamento celular e hiperplasia neointimal. O diâmetro interno do enxerto descelularizado foi maior na análise ultrassonográfica.
CONCLUSÃO: O grupo ATIBD apresentou resultados semelhantes ao PTFEe em diversas variáveis, porém não apresentou trombose e demonstrou adaptabilidade com maior diâmetro do enxerto e fluxo adequado.


TLP: 436

Comportamento da proteína c reativa ultra sensível em pacientes submetidos a exames contrastados

Autor(es): Danielle Calil de Sousa; Diego Cerqueira Alexandre; Mariana Franco Ferraz Santino; Iuna Almeida Deveza; José Carlos Carraro Eduardo; Tayná Gontijo de Carvalho

Universidade Federal Fluminense

INTRODUÇÃO: O diagnóstico de nefropatia induzida por contraste (NIC) se apóia no aumento _ 25-50% ou _ 0,5 mg/dl na creatinina basal ocorrendo 24-48 horas após o uso intravenoso de contraste, na ausência de outras causas. A proteína C reativa ultra-sensível (PCR-US) tem sido apontada como indicador de risco para a NIC. Por outro lado, aumento da PCR-US tem sido observado após exames hemodinâmicos com contraste iodado.
OBJETIVO: Avaliar se o aumento da PCR-US após administração de radiocontraste está relacionado ao agente de contraste ou ao cateterismo venoso profundo.
MATERIAL E MÉTODOS: Estudamos 51 pacientes, 30 homens/21 mulheres, idade média 60,19 anos (40 -80 anos), submetidos a exames com contraste de baixa osmolalidade (Iopamidol 612mg/ml ), volume entre 50 e 90 ml, 25 por cateterismo venoso profundo (exame hemodinâmico) e 26 por veia periférica (tomografia computadorizada). Creatinina sérica e PCR-US foram avaliadas antes e 48 horas após os exames.
RESULTADOS: NIC ocorreu em 27% dos pacientes. Houve aumento significativo na PCR-US no grupo submetido ao exame hemodinâmico (p<0,05). No grupo submetido à administração de contraste por veia periférica, não houve aumento significativo da PCR-US.
CONCLUSÃO: O aumento da PCR-US observado após administração de radiocontraste está relacionado ao procedimento invasivo (cateterismo venoso profundo) e não ao agente de contraste.

Temas Livres Pôsters – Pesquisa Básica Experimental

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