J. Bras. Nefrol. 2017;39(3):261-6.

Inquérito Brasileiro de Diálise Crônica 2016

Ricardo Cintra Sesso, Antonio Alberto Lopes, Fernando Saldanha Thomé, Jocemir Ronaldo Lugon, Carmen Tzanno Martins

DOI: 10.5935/0101-2800.20170049

Introdução:

Dados nacionais sobre diálise crônica são fundamentais no planejamento do tratamento.

Objetivo:

Apresentar dados do inquérito da Sociedade Brasileira de Nefrologia sobre os pacientes com doença renal crônica em tratamento dialítico em julho de 2016.

Métodos:

Levantamento de dados de unidades de diálise do país. A coleta de dados foi feita utilizando questionário preenchido ‘on-line’ pelas unidades de diálise.

Resultados:

309 (41%) das unidades responderam ao questionário. Em julho de 2016, o número total estimado de pacientes em diálise foi de 122.825. As estimativas nacionais das taxas de prevalência e de incidência de pacientes em tratamento dialítico por milhão da população (pmp) foram 596 (variação: 344 na região norte e 700 na sudeste) e 193, respectivamente. A taxa de incidência de nefropatia diabética na população em dialise crônica foi de 79 pmp. A taxa anual de mortalidade bruta foi de 18,2%. Dos pacientes prevalentes, 92% estavam em hemodiálise e 8% em diálise peritoneal, 29.268 (24%) estavam em fila de espera para transplante. Cateter venoso era usado como acesso em 20,5% dos pacientes em hemodiálise. As taxas de prevalência de sorologia positiva para hepatite B e C mostram tendência para redução de 2013 (1,4% e 4,2%, respectivamente) para 2016 (0,7% e 3,7%, respectivamente).

Conclusão:

O número absoluto de pacientes e as taxas de incidência e prevalência em diálise continuam a aumentar de forma constante; a taxa de mortalidade ficou estável. Há discrepâncias regionais e estaduais evidentes nessas taxas.

Inquérito Brasileiro de Diálise Crônica 2016

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