J. Bras. Nefrol. 2018;40(3):233-41.

Reflexões sobre a diálise no fim da vida

Manuel Carlos Martins Castro

DOI: 10.1590/2175-8239-JBN-3833

RESUMO

A população mundial está envelhecendo, e doenças como diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica estão aumentando o risco de doença renal crônica, com consequente elevação na prevalência de pacientes em diálise. A expansão dos serviços de saúde permitiu oferecer tratamento dialítico para um número cada vez maior de pacientes. Paralelamente, a sobrevida em diálise aumentou consideravelmente nas últimas duas décadas. Dessa maneira, os pacientes em diálise são cada vez mais numerosos, mais idosos e com maior número de comorbidades. Embora a diálise mantenha o equilíbrio hidroeletrolítico e metabólico, em diversos pacientes isso não está associado à melhora da qualidade de vida. Então, apesar do elevado custo social e financeiro da diálise, a recuperação do paciente pode ser apenas parcial. Nessas condições, é necessário avaliar individualmente o paciente em relação ao tratamento dialítico, o que implica reflexões sobre iniciar, manter ou suspender o tratamento. A equipe multidisciplinar envolvida no cuidado desses pacientes deve estar familiarizada com esses aspectos para abordar o paciente e seus familiares de forma ética e humanitária. Neste estudo, foi discutido o tratamento dialítico na fase final da vida e apresentada uma maneira sistemática para enfrentar esse dilema.

Reflexões sobre a diálise no fim da vida

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